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Pergunta racial na escola

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Por:   •  5/5/2014  •  Tese  •  1.170 Palavras (5 Páginas)  •  236 Visualizações

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A questão racial na escola

A escola é hoje um local ideal para nós promovermos um encontro de direitos, como de pais, alunos, professores, servidores, gestores e colaboradores da comunidade.

É um ponto ideal para um estágio de sociabilidade.

E isto pode definir como encontro de diversidades.

Essas diversidades traz também virtudes e defeitos humanos como a ideologia do racismo, a discriminação social e racial, o preconceito racial e social, e sito quando nós lemos a obra "teologia e Negritude de José Geraldo da Rocha ele coloca que a grande tarefa da educação há de ser a busca de caminhos e métodos para rever o que se ensina e como se ensina, nas escolas públicas e privadas, as questões relativa a comunidade negra.

A educação é um campo com seqüelas profundas de racismo e para não dizer o veiculo de comunicação da ideologia branca.

Lendo José Oliveira de Meira Penna, no seu trabalho "preto no branco, estudo dos problemas de raça no Brasil ele afirma que a máscara brasileira é do branco europeu, qualquer que seja a pigmentação da pele, o achatamento do nariz ou a obliqüidade dos olhos.

Toda essa teoria esta a muito tempo no Brasil, dai o boicote é entendido, como a necessidade dos professores, melhorar os seus apontamentos, reconfigurar-se reorganizar-se muito além da cidadania e sim pra uma verdadeira revolução social

Fonte:jornaldedebates.uol.com.br/debate/que-tipo-professor-escola-publica-precisa/artigo/questao-racial-na-escolaO

Preconceito racial na escola

Diversos autores preocuparam-se com a relação entre racismo e educação, desenvolvendo pesquisas nessa linha. Uma delas foi realizada por Gusmão (1999), com crianças pobres de periferia urbana ou do meio rural, e tinha como objetivo verificar de que forma estigmas e estereótipos se fixam na vida do negro.

Para tal, foram analisados desenhos nos quais foi possível observar como se estrutura o mundo simbólico e de que forma as crianças olham o mundo e são olhadas por ele. No universo investigado, incluiu-se também o sistema educacional.

Por meio dos desenhos, foi possível observar qual a compreensão tida pelos dois mundos: brancos/negros. O branco foi representado como vinculado ao que é civilizado, urbano, bem apresentado, sorridente, enquanto o negro seria o inverso: meio rural ligado ao trabalho físico, desprovido de dinheiro e de possibilidades.

A imagem do negro é mutilada de atribuições positivas, é representada pelas crianças como um mundo triste, marcado pela violência e pela distância real e simbólica entre brancos e negros.

Cada população parece ter seus lugares bastante delimitados no imaginário coletivo, transbordando para o convívio social. Algumas crianças mostraram-se hostis frente a essa postulação, vem demostrando a sua indignação contra conteúdos discriminatórios.

Mas, haveria ainda os que se "adaptam" ao discurso do opressor, percebendo-se como selvagens, sem humanidade, impossibilitados de protestar contra sua condição por se sentirem amordaçados pela internalização maciça dos padrões dominantes.

Em outra pesquisa realizada com crianças de escola pública de Campinas, Oliveira (1994) investigou como eram estabelecidas as relações entre crianças negras e brancas em uma sala de aula. Foi observado que os dois grupos se relacionavam de modo tenso, segregando, excluindo.

A criança negra mantinha-se em uma postura introvertida, recusando-se em muitos momentos a participar das atividades propostas, com medo de que os outros rissem dela, ou seja, para não ser rejeitada ou ridicularizada, ela preferia calar sua voz e sua dor. Isso ilustra o quanto uma situação social pode silenciar as crianças negras, reduzindo-as a um estado quase de mutismo e invisibilidade em sala de aula, levando-as a profundo desconforto, intensificado pelo sentimento de não-pertença.

Em atividade proposta em sala de aula, foi solicitado às crianças que falassem sobre si em uma redação. A criança negra se auto-referia de modo depreciativo, descrevendo-se a partir do discurso dos seus colegas: "feia, preta, fedorenta, cabelo duro". Não se sentia desejada, portanto, pelos meninos como as suas outras colegas que tinham um cabelo grande e liso.

A criança negra poderá ser submetida a uma violência simbólica, manifestada pela ausência da figura do negro no contexto escolar, ou pela linguagem verbal – insultos e piadas – proveniente do seu grupo social, demonstrando de modo explícito o desrespeito dirigido a essa população, aprendido muito cedo pelas crianças brancas.

A criança negra poderá incorporar esse discurso e sentir-se marginalizada, desvalorizada e excluída, sendo levada a falso entendimento

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