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Perspectivas, problemas e agenda para o desenvolvimento

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Por:   •  3/3/2014  •  Tese  •  868 Palavras (4 Páginas)  •  424 Visualizações

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ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ”

ESALQ/USP

CENTRO DE ESTUDO AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA CEPEA

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

Perspectivas, desafios e uma agenda para seu desenvolvimento

Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros

Com a colaboração de:

Mirian Rumenos Piedade Bacchi

Silvia Helena Galvão de Miranda

Daniela Bacchi Bartholomeu

Jose Vicente Caixeta Filho

Mauro Osaki

Piracicaba –SP

Julho de 2006

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

Perspectivas, desafios e uma agenda para seu desenvolvimento

Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros

(Julho/2006)

Sumário Executivo

A sociedade brasileira como um todo tem se beneficiado de várias maneiras do desempenho que o agronegócio vem apresentando desde a década de 1990. Sua produtividade vem crescendo rapidamente e as reduções de custo de produção têm sido repassadas ao consumidor na forma de preços mais acessíveis. Com isso, o poder aquisitivo das camadas mais pobres da população vem aumentando significativamente, criando, assim, espaço para uma ampliação e diversificação do seu consumo. Mesmo assim, uma expressiva parcela da população ainda passa por carência alimentar, principalmente por limitação de renda.

Ao mesmo tempo, o setor vem gerando substanciais superávits comerciais, que permitiram a solvência do País durante as turbulências de sucessivas crises internacionais e tem permitido inéditas reduções da dívida externa brasileira.

Apesar de - ou talvez devido a – esse excelente desempenho do ponto de vista da sociedade em geral, o agronegócio vem sendo vítima de crises cíclicas que demandam injeções de novos recursos e renegociação das dívidas em vencimento; ou seja, configura-se o caso de um setor sem sustentabilidade econômica. Como resolver esse aparente paradoxo?

A questão comporta diagnóstico em dois níveis: macroeconômico e setorial.

Do ponto de vista macroeconômico, o setor está submetido a duas dificuldades: o mercado interno evolui muito lentamente para que absorva a produção crescente do agronegócio sem quedas acentuadas de preço. O mercado externo tem sido em geral favorável – garantindo rentabilidade temporária; porém os saldos comerciais após algum tempo tendem a valorizar demasiadamente a moeda nacional, com conseqüente rebaixamento de preços internos. Ao mesmo acelera-se o processo de concentração tanto a jusante como a montante da agropecuária, fenômeno que pode propiciar incremento de margens com prejuízo ao produtor. Enfim, o agronegócio flutua ao sabor dos ciclos internos e externos, alternando momentos de euforia e de depressão. Como superar essa dificuldade?

Em primeiro lugar é preciso localizar a causa da não-sutentabilidade do agronegócio num processo de expressiva transferência de renda – através de queda acentuada de preços em relação a 1994 - desse setor para a sociedade como um todo. Na última década, essa transferência pode ter ultrapassado a casa do R$1 trilhão; atualmente, ela parece ter-se estabilizado em torno de R$ 150 bilhões por ano. Existem fortes indicações de que essas transferências provieram desproporcionalmente dos menores produtores (agricultura familiar). Só no biênio 2005 e 2006 o setor de lavouras especificamente perdeu cerca de R$25 bilhões em relação a 2004, devido

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