TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Pesquisa Sobre Teoricos

Dissertações: Pesquisa Sobre Teoricos. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  30/6/2014  •  10.068 Palavras (41 Páginas)  •  300 Visualizações

Página 1 de 41

• Jean-Jacques Rousseau

Importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata.

Um dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo

Nascimento: 28 de junho de 1712, Genebra, Suíça

Falecimento: 2 de julho de 1778, Ermenonville, França

No ano de 1712 em Genebra, no dia vinte e oito de junho nasce Jean-Jacques Rousseau. Sua família era de relojoeiros. Possuíam pequena fortuna. O pai Isaac, era despreocupado e instável, até mesmo um pouco agressivo. Sua mãe Suzane morreu uma semana após o parto. Jean tinha um irmão desaparecido que não conheceu. Chamava-se François.

Rousseau fala de Suzane com emoção. Ela desenhava, cantava e lia. Foi de sua coleção de romances que Jean tirou a primeira parte de sua educação. Ele e o pai ficavam horas lendo depois da ceia.

Jean morou em Bossey por dois anos. Gostava da vida campestre e dos brinquedos. A música, era uma de suas grandes paixões. Estudou geometria, começando por Euclides. Formou um armazém de ideias dos autores, na esquematização do conhecimento adquirido e à tarde, estudava história e geografia.

Rousseau teve cinco filhos com Thérese, com a qual casou-se. A partir de 1772 redige Diálogos. Vive uma vida reservada. Vai para Ermonville, em 1778 onde morre pouco depois.

Rousseau foi um escritor fecundo e trabalhou febrilmente em longo período de vida.

Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens.

Essa obra filosófica é continuação do Discurso sobre as ciências e as artes, onde exerce a crítica moral e política. Rousseau fala de uma reforma social e política. Tenta encontrar o que é natural no homem e não foi corrompido pela sociedade. Ele descreve, em especulação abstrata e racional, como era o homem no estado de natureza. É nesse livro que se encontra bem demonstrado o princípio de que o homem é bom e a sociedade o corrompe. O homem mal governado é rico apenas em vícios.

Esse livro de Rousseau marca uma ruptura e um progresso em relação ao discurso das artes. Tem maior perspectiva histórica e antropológica. Nesse livro estão caracterizados os aspectos que vieram a fazer dele um precursor do romantismo. Rousseau também fala de ecologia, quando ninguém falava, e defende os povos selvagens, que naquela época (1753) costumavam ser explorados e mal compreendidos. O homem da natureza que descreve encontrou em si mesmo, quando buscava uma meditação voltada para dentro nos campos de Sait German. Ele admite que é muito difícil, senão impossível, o homem voltar ao estado de natureza. Em certo trecho, Rousseau abençoa o momento em que o homem começou a se civilizar, sem contudo deixar de exercer a análise crítica.

Na época da publicação, já é um escritor célebre. Partindo do tema da Academia de Dijon, Rousseau tenta ver a natureza fora da perspectiva social, identificando o que o homem corrompeu do estado natural através da civilização e quais são os males que vem com ela. A origem desses males vem do homem, e ele sempre os atribuía à natureza. Desde 1743, Rousseau estudava os clássicos de política. A moral e a política estão juntas em Platão, Aristóteles, Spinoza, Montesquieu, Grotius, Pufendorf, Hobbes e Locke. Rousseau tem influência, mas não concordância, desses quatro últimos.

Hobbes falou do estado de natureza para justificar o absolutismo e a origem da sociedade. Para Hobbes, o homem no estado de natureza é competitivo e egocêntrico, senso o homem o lobo do próprio homem. A sociedade regida pela política seria necessária para controlar o instinto violento do homem.

Pufendorf são iguais no estado de natureza e a autoridade não é legitimada, ningúem manda em ninguém. A autoridade política deriva de um contrato. Para Locke, a sociedade garante os direitos naturais como o direito à propriedade. Pufendorf opõe-se a Hobbes, pois diz que no estado de natureza existe a sociabilidade e a razão.

Rousseau recusa as teorias dos dois. Para ele a razão só veio com a sociedade e com a linguagem. O estado de natureza não tem existência histórica. A utilidade dessa hipótese serve para esclarecer a natureza das coisa, serve como referência. Permite julgar moralmente a degradação do homem social.

Esse livro deve ser lido antes de o Do Contrato Social. Já esboça nele seu projeto de justificar o governo, da passagem do estado de natureza em que o homem é solitário, para a sociedade civil, onde o povo e o soberano devem ser a mesma pessoa. Vamos então ver, em algumas passagens com as palavras de Rousseau, um resumo desse importante discurso.

Resumo- O livro começa com uma citação de A política, de Aristóteles, que diz ser preciso estudar o que é natural nos seres que vivem conforme a natureza. Ele se dirige aos cidadãos de Genebra, e não apenas aos que detém o poder. Genebra era governada por um grupo de vinte e cinco homens na época.

Na natureza , existe a igualdade. A desigualdade provém dos homens. Rousseau fala que se pudesse escolher onde nascer, escolheria um lugar onde o amor entre os cidadãos fosse maior que o amor à pátria. Rousseau tem Esparta como exemplo. Lá se vivia uma vida dura, em exposição aos elementos naturais e com vigor físico. A relação entre as pessoas é direta é igual.

Rousseau critica o absolutismo francês, e prefere a democracia. A lei deve ser igual para todos, e ninguém deve se por acima dela. Esses tópicos estarão presentes no Do contrato social. Os costumes, através de gerações levam à obediência passiva. Hume, em seus Discursos morais, políticos e literários também fala coisa semelhante. A liberdade é boa e nutre os fortes, mas abate os fracos. Na pátria que Rousseau queria ter nascido, os homens, acostumados à independência, são dignos dela. Nela, o domínio da fronteira não seria motivo de guerra. O direito de legislar seria comum a todos os cidadãos. No Do contrato social, Rousseau fala da figura do legislador, que deve representar a vontade geral.

Rousseau diz que teria fugido de uma república onde o povo fosse por si só e dispensasse os magistrados, vindo diretamente do estado de natureza. Isso foi o motivo da perdição da república de Atenas. No discurso que pronunciaria aos seus concidadãos, Rousseau diria que a felicidade se torna duradoura se bem usufruída. O amargor e a desconfiança levam à desgraça e à ruptura do Estado. Deve-se meditar sobre isso, procurando o coração. Deve-se preferir a moderação, simplicidade e respeito às leis. O discurso é uma crítica aos cidadãos que eram contra

...

Baixar como (para membros premium)  txt (64 Kb)  
Continuar por mais 40 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com