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Primavera Árabe: Impactos Políticos e Socio Econômicos

Por:   •  6/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.986 Palavras (8 Páginas)  •  293 Visualizações

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Primavera Árabe:

Impactos políticos e socio econômicos

São Paulo

Junho 2013

1. Introdução

Primavera Árabe

Primavera Árabe é o nome dado à onda de protestos, revoltas e revoluções populares contra governos do mundo árabe que eclodiu em 2011. A raiz dos protestos é o agravamento da situação dos países, provocado pela crise econômica e pela falta de democracia, onde a população foi às ruas contra os ditadores e autocratas que assumiram o controle de seus países durante várias e várias décadas. A primavera Árabe pode ser considerada como um período de transformações históricas nos rumos da política mundial. Tudo começou em dezembro de 2010 na Tunísia, com a derrubada do ditador Zine El Abidini Ben Ali. Em seguida, a onda de protestos se arrastou para outros países.

O estopim que marcou o início dessa revolução foi o episódio envolvendo o jovem Mohamed Bouazizi, que vivia com sua família através da venda de frutas e que teve os seus produtos confiscados pela polícia por se recusar a pagar propina. Bouazizi ateou fogo em seu próprio corpo como uma forma de protesto contra a corrupção policial e os maus tratos marcando um evento que abalou a população de todo o país e que fomentou a concretização da revolta popular.

O termo Primavera Árabe é uma alusão à Primavera de Praga. A Primavera de Praga foi um movimento dos intelectuais reformistas do Partido Comunista Tcheco, cujo objetivo era modificar as estruturas políticas, econômicas e sociais naquele país. O líder do movimento era Alexander Dubcek, que lançou estas posturas políticas em 5 de abril de 1968.

2. Países Afetados

Os protestos acontecem em 18 países árabes: Saara Ocidental, Mauritânia, Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Egito, Líbano, Palestina, Sudão, Jordânia, Síria, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Barein, Omã e Iêmen.

Neste trabalho abordaremos seis deles: Marrocos, Egito, Líbia, Tunísia, Síria e Jordânia, que julgamos mais importantes na história dos movimentos.

3. Egito

No Egito pode-se determinar como principal efeito da Primavera Árabe a renúncia do então ditador do país em 2011 , Hosni Mubarak, o qual já estava no poder desde 1981, em razão da grande instatisfação popular com o seu governo.

Além disso,Mubarak ainda é acusado de comandar a repressão aos manifestantes no país e pode ser condenado à pena de morte.

Essas manifestações contra a ditadura no país obtiveram grandes resultados sendo o principal deles a possibilidade dos cidadãos elegerem o presidente de seu país nas próximas eleições já que,após ter renunciado, Hosni Mubarak além de ter descartado sua participação nas eleições, acabou com todas as frentes de poder existentes em sua ditadura.

Assim, em Junho de 2011, Mohammed Morsi é eleito presidente egípcio.

No que diz respeito ao aspecto econômico,após a queda de Mubarak o Egito vêem passando por um intenso processo de transição ,o qual trouxe impactos negativos para o país, como por exemplo a alta dos preços e uma menor quantidade de empregos para os egípcios. Além disso, outro fator bastante afetado foi o Turismo do país que também obteve um número bastante reduzido de turistas após a revolução.

4. Tunísia

A Tunísia manteve governos provisórios até o final do ano de 2011 e houve eleições para assembleia constituinte em outubro. Coube a estas assembleias definir o sistema político e eleitoral para que fosse possível que a população escolhesse um novo governo.

A assembleia constituinte aprovou em dezembro de 2011 uma constituição provisória, contendo 26 artigos, além disso, a assembleia nomeou o primeiro presidente eleito de forma democrática no país, o medico Moncef Marzouki.

A constituição provisória foi aprovada pela aliança de islamistas, esquerdistas e nacionalistas, porém uma parte da oposição não participou das votações por acreditar que a constituição era outra forma de ditadura.

Foi anunciada também a abertura das inscrições para os candidatos a presidência da republica, por Mustafa Ben Yafaar, presidente da assembleia.

5. Líbia

De Fevereiro até Outubro de 2011, a revolta na Líbia é conhecida como Guerra Civil Líbia ou Revolução Líbia e ocorreu sob a influência das revoltas na Tunísia, tendo como objetivo acabar com a ditadura de Muammar Kadhafi. Em razão da repressão do regime ditatorial, essa foi uma das revoluções mais sangrentas da Primavera Árabe.

Outro marco desse episódio foi a intervenção das forças militares da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), comandadas, principalmente, pela frente da União Europeia. O ditador líbio foi morto após intensos combates com os rebeldes no dia 20 de Outubro de 2011.

A Líbia inaugurou uma nova era depois da morte do ex-ditador Muamar Kadafi, que assumiu o poder com um golpe militar em 1969. Coronel, então com 27 anos, ele depôs a monarquia e implantou a ditadura no país. Kadafi nacionalizou boa parte das atividades econômicas do país, entre elas a extração de petróleo. Após anos de repressões e relações internacionais tensas, e na onda da Primavera Árabe, têm início violentos protestos contra o regime militar.

Embalados pelos protestos que se espalham pelos países árabes ao longo dos primeiros meses de 2011, manifestantes tomaram as ruas da Líbia, em ação contrária à prisão de Fathi Terbil, advogado e ativista dos direitos humanos responsável por ações jurídicas de um grupo de famílias de prisioneiros mortos no Massacre de Abu Salim, em 1996. Desde fevereiro, protestos se espalharam no país, exigindo a saída de Kadafi do poder.

Em razão dos conflitos, e apesar da sangrenta reação das forças pró-Kadafi, o ditador acabou perdendo o controle de boa parte do país - culminando na tomada da capital, Trípoli, em agosto. Os opositores passaram então a uma caça ao ex-líder. Em outubro, o Conselho Nacional de Transição (CNT) anunciou a captura - e depois a morte - de Kadafi. Poucos momentos depois, uma multidão ocupou as ruas de Trípoli

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