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Produção Industrial Brasileira 2012

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Por:   •  23/8/2013  •  1.045 Palavras (5 Páginas)  •  292 Visualizações

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Produção Industrial Brasileira 2012

A produção industrial recuou 0,6% em novembro de 2012, quando comparada com outubro. A tendência é que esta atividade econômica termine o ano em forte queda, já que até agora o índice acumula perda de 2,6%. Será o primeiro ano de recuo desde 2009, quando agravou-se a crise internacional. O número, que por ser ainda livre de influências sazonais pode ser revisto, elimina a variação positiva de 0,1% observada no mês anterior.

A causa para o fraco desempenho da produção industrial pode ser explicada por uma conjunção de diversos fatores, explicou o gerente André Macedo, porta-voz do IBGE. Um deles é a queda de 2,8% na produção automotiva, que vinha registrando altas acentuadas desde a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O setor representa cerca de 50% do índice.

"Há um maior endividamento das famílias, uma expectativa mais baixa dos empresários em relação à recuperação da economia, o mercado internacional ainda está muito debilitado devido à crise, além da enorme quantidade de produtos importados", afirmou.

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês de 2011, o total da indústria apontou queda de 1,0% em novembro de 2012, após registrar avanço de 2,5% em outubro, mês em que interrompeu a seqüência de treze meses de taxas negativas nesse tipo de comparação. O recuo de novembro mostra que esta leve recuperação, apresentada durante os primeiros meses do segundo semestre, ainda não é sustentável.

Apesar da baixa produção industrial, os índices que medem o consumo interno não param de subir. Esta demanda, segundo Macedo, está sendo suprida pelo aumento das importações e pelos estoques acumulados das empresas brasileiras. Daí, a produção não apresentar recuperação.

Apesar da tendência negativa, a queda de novembro ainda é menos acentuada do que as registradas nos primeiros meses do ano, mostrando que os ganhos de outubro não foram totalmente perdidos. "Houve leve recuperação, mas não o suficiente para compensar as grandes perdas do começo do ano", afirmou Macedo.

Ainda não é possível fazer previsões para 2013 que considerem as mudanças no IPI anunciadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A partir de 31 de janeiro, as reduções vão diminuir gradativamente até julho, quando devem atingir o patamar normal. Alguns produtos, como máquina de lavar, manterão a redução indefinidamente. Junto com esta medida, o governo anunciou também desonerações na folha de pagamento de diversos setores, para estimular a produção industrial.

Estas mudanças deixam o cenário imprevisível para 2013, segundo Macedo. "Não dá para saber o cenário do ano que vem, até porque tem estas novas medidas, além, é claro, da redução constante de juros que vem acontecendo desde o começo do ano".

O especialista destacou ainda que as reduções do IPI para automóveis e produtos da linha branca surtiram efeitos em segmentos específicos da produção industrial, mas não conseguiram se disseminar para todo o setor.

Investimentos em baixa

Um dos dados mais preocupantes do estudo do IBGE ficou por conta de uma nova acentuada queda na produção de Bens de Capital, que representam o nível de investimento da economia. A taxa apresentou índices negativos durante todo o ano e em novembro, o recuo se repetiu, atingindo 10,3%. No ano, o saldo negativo acumulado já chega a 127,6%.

Especialistas apontam que sem um maior nível de investimento, o país continuará perdendo espaço na produção industrial. O famoso "Custo Brasil", que representa os altos valores pagos pela infra-estrutura ruim são apontados como fatores decisivos na hora de se investir, além do câmbio valorizado e os juros altos.

Setores empregadores continuam perdendo

A indústria de automóvel, altamente empregadora, continua apresentando resultados satisfatórios. Não se pode dizer o mesmo dos setores têxtil e calçados, também estratégicos para o nível de empregabilidade na indústria. Em novembro, houve queda de 1,4 para a produção de tecidos e recuo de 2,7 para a produção calçadista.

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