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Produção e consumo na família

Tese: Produção e consumo na família. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  2/11/2013  •  Tese  •  4.984 Palavras (20 Páginas)  •  213 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Atualmente, muito se tem falado sobre o termo sociedade de consumo que se estabeleceu para designar uma nova formação social, sobretudo a partir da segunda metade do século XX. Ela é determinada não apenas pela produção de objetos, serviços e bens materiais e culturais, mas também por seu consumo acelerado.

O consumo, segundo Silva (1999), é a parte indissociável do cotidiano do ser humano, independentemente de sua classe social; desde o nascimento e em todos os períodos de sua existência, o ser humano está sempre consumindo e os motivos vão desde a sua necessidade de sobrevivência até o consumo por simples desejo.

O ato de consumir é comum a todos os seres do universo e para que o consumo seja efetuado é preciso que se tenham recursos disponíveis. Os recursos são os meios que as pessoas possuem para satisfazer suas necessidades, eles podem ser materiais (dinheiro, bens) ou humanos (habilidades, tempo). Os recursos, por sua vez, são escassos, isto quer dizer que não são suficientes para atender a todos os desejos e necessidades das famílias, daí surge a necessidade de se planejar e tomar decisões. Este consiste na escolha de como utilizar os recursos e envolve reconhecimento da necessidade, procura por alternativas, avaliação das alternativas e aceitação das responsabilidades da decisão (SILVA et al, 1995).

No cotidiano das famílias, cada membro assume o caráter de consumidor ao utilizar dos recursos que lhe são disponíveis, e para isso é necessário que haja um planejamento dos gastos a serem efetivados. De acordo com Almeida (2003), o consumidor é aquele que utiliza o recurso disponível como destinatário final, ou seja, utiliza o bem ou serviço para uso próprio .

A produção e consumo na família estão estreitamente ligados ao seu poder aquisitivo e à situação econômica da sociedade. Assim dois dos fatores determinantes na família é a posse e o uso de recursos. A família deve possuir recursos para satisfazer suas necessidades e estes devem ser distribuídos entre seus membros e devem fornecer alternativas para uma escolha do grupo familiar, afim de melhorar sua qualidade de vida (SILVA et al, 1995).

A fartura de recursos permite uma maior realização de desejos e necessidades, e um número maior de metas alcançadas. Porém é necessário combinar os recursos disponíveis e usá-los de forma eficiente para que eles dêem um retorno satisfatório promovendo o bem-estar individual e familiar.

A administração é o processo de usar os recursos para atingir objetivos. A falta de administração ou as práticas que prejudicam a administração do dinheiro pode levar à “déficits” financeiros, que vêm levando cada vez mais o trabalhador e sua família ao endividamento, gerando inúmeros problemas (FREITAS, 2005).

No entanto, a população não conseguindo programar da melhor forma seus gastos, endivida-se, gerando um aumento do número de cheques sem fundo e de inadimplências. O processo de endividamento que os trabalhadores brasileiros vêm passando, geram inúmeros problemas à família que depende deste para sua sobrevivência. Com o intuito de pagar dívidas, recuperar o equilíbrio financeiro, solucionar imprevistos e aproveitar oportunidades, os trabalhadores brasileiros vêm recorrendo à empréstimos de instituições que oferecem diversas formas facilitadas de pagamento do crédito (FREITAS, 2005).

São inúmeras as linhas de crédito oferecidas pelo mercado atual, os mais usados são os cheques especiais e empréstimos rápidos. O empréstimo, em especial, é caracterizado como uma linha de crédito disponibilizado pelos bancos ou financeiras que independe do destino do dinheiro, sendo então diferente do DCD (Crédito Direto ao Consumidor) que está vinculado à compra de bens específicos ( PROCON )

Pesquisas mostram que o número de endividamentos da população cresce a cada ano, acompanhado o aumento da população de baixa renda. Os mais pobres não dispondo de recursos e conhecimentos para se protegerem da inflação, enquanto os mais ricos ainda se beneficiam com a alta interna dos juros e generalização dos preços, recorrem cada vez mais a linhas de crédito fácil para resolverem seus problemas. Isso mostra a relação direta da debilidade da política nacional social, ou seja, a persistência da desigualdade social e o endividamento da população brasileira (www.scielo.br/scielophp?script=sci_arttex&ti...).

De acordo com esse contexto, faz-se necessário um estudo que evidencie quais os motivos que estão levando os funcionários públicos, juntamente de suas famílias, à recorrerem a este tipo de crédito, para verificar se utilizam algum planejamento para o consumo, ou se utilizassem, talvez não seria necessário adquirir empréstimo, e evitaria assim um futuro endividamento.

2-OBJETIVOS

O objetivo geral deste trabalho foi o de analisar os principais motivos que levam os trabalhadores, juntamente de suas famílias, à recorrerem a empréstimos, bem como se a adoção de um planejamento orçamentário influenciaria na aquisição ou não desse tipo de crédito, evitando um futuro endividamento.

E especificamente, pretendeu-se:

- Detectar o perfil econômico dos entrevistados;

- Conhecer a forma como administram os recursos disponíveis para atender as necessidades de todos;

- Identificar como o funcionário gasta seu salário, assim como verificar qual é o sua maior despesa;

- Compreender quais os motivos que levaram os funcionários públicos à aquisição de empréstimos e grau de satisfação;

- Verificar a relação entre a idade média e o nível de escolaridade dos funcionários (servidores e professores) e aquisição de empréstimos nas instituições de crédito da Universidade Federal de Viçosa (UFV);

- Identificar a relação entre gênero, enquanto chefe de família, e administração dos recursos;

- Conhecer a importância do orçamento doméstico para as famílias e sua influência na distribuição dos recursos entre os membros.

3-METODOLOGIA

3.1- Local de Estudo

Viçosa localiza-se na Zona da Mata de Minas Gerais, possui aproximadamente 60.000 habitantes. A presença da Universidade Federal de Viçosa (UFV), fornece a essa cidade a característica de cidade universitária e por esse motivo possui uma população flutuante de aproximadamente 15.000 estudantes.

A UFV contribuiu

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