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Projeto Multidisciplinar 2

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Por:   •  15/10/2014  •  2.357 Palavras (10 Páginas)  •  335 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Considerando que o indivíduo é resultado histórico de um intenso e eterno movimento de ações, interpretações e ressignificações, necessita-se reconstruir o passado. E isso é feito por meio de relato dos acontecimentos principais que resultaram em ações transformadoras dos indivíduos no tempo. Isso é importante para contextualizar e entender o panorama atual, enxergando-o como resultado dessas transformações.

Cada geração assimila a herança cultural dos antepassados e estabelece projetos de mudanças, ou seja, está inserida no tempo: o presente não se esgota na ação que realiza, mas adquire sentido pelo passado e pelo futuro desejado. E a educação não é um fenômeno neutro, alheio a isso, uma vez que ela também sofre os efeitos da ideologia, cultura e política dos povos. As pessoas estão tão acostumadas com a “instituição escola” que, às vezes se esquecem de que nem sempre ela existiu, muito menos apresentou o modelo que hoje se observa.

Desta forma, a história da Educação também necessita se reconstruída, estudada e interpretada, para que se possam entender as maneiras pelas quais os povos transmitem sua cultura, a criação das instituições escolares, as teorias que as orientam e norteiam.

SOMOS FEITOS DE TEMPO?

O homem é em sua construção um ser histórico, já que ele acompanha as mudanças à medida que encara os problemas de ordem social e pessoal. Ora, historicamente o homem vem se transformando, as ações do homem hoje será história amanhã, todos têm um passado com o qual aprendemos e renovamos o futuro, assim a história vai se formando de geração em geração.

Onde há ser humano há cultura, onde quer que o ser humano toque, o que quer que faça está a modificar a realidade e a si próprio e, assim que interfere no mundo natural ou dele participa, está a criar um mundo cultural.

Portanto, a partir do momento que o homem tem uma cultura, parte-se do principio que somos feitos de tempo, pois carregamos histórias do passado, nossa cultura é passada para outras gerações, e cada seguimento social tem suas culturalidades e crenças que influenciam no modo de pensar e de agir, no entanto, nada fica estagnado, apesar da história ser passada de geração a geração, sendo assim não é possível pensar em uma natureza humana com características retrogradas eternizadas.

Desse modo a história passa a ser a interpretação do agir transformador do homem em todos os aspectos, no pensar, no agir, no sentir, no social e no pessoal.

Deve-se então, pensar que a mudança é resultado das relações sociais do indivíduo que se transforma com o decorrer do tempo, ou seja, não há como compreender o homem fora do seu contexto histórico-social definido.

Porém, todos os indivíduos assimilam sua herança cultural, mas estabelece mudanças conforme a ela ocorre no meio em que se insere. Assim, também é com a educação, os saberes e os valores históricos que são transmitidos ao longo do tempo através das concepções míticas, éticas e religiosas.

Partindo desse pressuposto o processo de evolução de uma sociedade se dá pelo conhecimento de sua história que segue uma linha: linear, mítica, e espiral, ou seja, cada época é vivida historicamente de um jeito mítico porque envolvem os heróis daquela época, linear, pois a história passa a ser datada em cada acontecimento e espiral porque se move, sendo assim a historia é viva e muda a todo instante, chegando à história moderna, uma história que foi e é construída por todos.

Assim sendo, a história da educação tem conceitos evolutivos dentro de cada época, para tanto, se faz necessário analisar o passado para recriar o futuro.

A ORIGEM DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NO BRASIL – A AÇÃO DOS JESUÍTAS COMO PARTE DO MOVIMENTO DA CONTRARREFORMA CATÓLICA.

O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois o lucro e os juros eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos enquanto a igreja arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma. Grande parte do clero desrespeitava as regras religiosas.

O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica, ele defendia teses que mostravam a necessidade da reforma da Igreja Católica.

Os bispos, padres e o papa ficaram com medo do avanço dos protestantes e com a perda dos fieis então se reúnem na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano.

Após a reforma, os jesuítas ligados entre si e à Igreja Católica por uma disciplina rigorosa, já desbravavam terras à procura de novos seguidores dentro de um contexto de contrarreforma.

Em 1549 os jesuítas chegaram ao Brasil com o objetivo de cristianizar as populações indígenas do território colonial. Época do Brasil – Colônia.

Dentre os jesuítas destacam-se: Padre Manoel da Nóbrega, Padre José de Anchieta e Padre Antônio Vieira. Seus objetivos eram: levar o catolicismo para regiões descobertas no século XVI, principalmente a América; catequizar os índios americanos, China e África, para evitar o avanço do protestantismo; e construir escolas católicas nas diversas regiões do mundo.

Durante 210 anos os jesuítas promoveram à catequese dos índios, a educação dos filhos dos colonos, a formação de novos sacerdotes e da elite intelectual, além do controle da fé e da moral dos habitantes da nova terra. Nesse período, muitos colégios foram criados, além de escolas de primeiras letras.

Era difícil a missão de instalar um sistema de educação em terras estranhas e de povo tribal, com suas culturas já afirmadas. O espírito do renascimento manifesta-se com a religião, com criticas a estrutura autoritária da igreja centrada no poder papal. Assim, a expansão da crença protestante, desencadeou forte reação, conhecida como contrarreforma a fim de recuperar o poder perdido do catolicismo.

No Brasil, mais especificamente no século XIX, o marco dessa época foi a progressiva institucionalização da escola e da lenta afirmação do lugar do Estado como principal provedor da educação.

A escola, aos poucos, ganha materiais, espaços, profissionais próprios para ela, e passa a ser vista a partir de então, como a principal instância de transmissão do saber e do conhecimento.

A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESCOLAR

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