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Projeto Politico Pedagógico

Artigo: Projeto Politico Pedagógico. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  16/11/2014  •  2.040 Palavras (9 Páginas)  •  200 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 4

4 CONCLUSÃO 10

1 INTRODUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico surgiu da necessidade de trabalhar projetos. Mas, esse projeto não poderia estar "solto”. Teria que ser uma decisão tomada em conjunto por todos os integrantes da escola e todos seriam e são responsáveis para o bom êxito do PPP.

Ele surgiu na década de 90 e aos poucos todas as escolas estão se estruturando e aprendendo tendo como norte o PPP. Escolhe-se coletivamente um tema e esse tema deverá ser trabalhado por toda unidade escolar.No final do ano letivo,faz-se um balanço,se o tema escolhido pela escola foi trabalhado por todos e se houve uma mudança de postura ao trabalharmos o projeto(tema) escolhido. Todavia, articular e construir espaços participativos, produzir no coletivo um projeto que diga não apenas o que a escola é hoje, mas também aponte para o que pretende ser, exige método, organização e sistematização.

2 DESENVOLVIMENTO

Discutir as dimensões político e pedagógico dos projetos de escola pode parecer um assunto já esgotado. Também não são poucos os que acreditam que a proposta de construção de PPP nas e pelas escolas também já se esgotou, preferindo aderir a novas linguagens, quase sempre oriundas do universo gerencial, consideradas mais “modernas”, um projeto dessa natureza; é preciso muito trabalho organizado se quisermos, de fato, que o projeto proposto desencadeie mudanças na direção de uma formação educativa e cultural, de qualidade, para todas as crianças e jovens que frequentam a escola Ao discutir a questão da práxis, compreendida como prática transformadora chama à atenção a necessidade de ações intencionalmente organizadas, planejadas, sistematizadas para a realização de práticas transformadoras. É preciso fazer um problema do óbvio, daquilo que se forma o cotidiano, como meio de ressaltar, de sentir o mundo mais vivamente e de poder voltar a encontrar o significado daquilo que nos rodeia instituições. A expressão Projeto Político Pedagógico, tem se consagrado no ambiente educacional no Brasil, aparecendo como exigência em planos e editais. Provavelmente para dar destaque ao termo político, uma vez que por muitas décadas foi propagado que a educação era neutra e que o saber não dependia das escolhas humanas. Frisa-se assim, que há sempre escolhas sendo feitas e que não podemos ignorar esses processos decisórios.

O Projeto Político Pedagógico (PPP) não nasceu apenas com a LDB (LDB 9394/96) (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira) lei 9.394/96 no inciso I do Artigo 12 que estabelece que, respeitando as normas comuns e as do seu sistema de ensino, os estabelecimentos de ensino terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica: o Projeto Político Pedagógico (PPP). É a legislação que regulamenta o sistema educacional (público ou privado) do Brasil (da educação básica ao ensino superior) em vigor.

O que houve foi uma obrigatoriedade mais explícita nessa lei.

Precariamente ou não, o projeto pedagógico sempre existiu nas Escolas: de modo consciente ou não, sendo coerente ou incoerente, excludente ou includente, as decisões são tomadas pelos que se sentem responsáveis pelas escolas que agem segundo o que acreditam ser o verdadeiro, o mais correto e o melhor, com base nas suas concepções, na sua visão de mundo, nos seus valores. Ele não é para figurar na prateleira, mas deve ser um guia de ação e de gestão da Escola analisado coletivamente, definindo os valores e finalidades em que se basearam as decisões e elegendo prioridades. É a construção da autonomia escolar em parceria; mas é também o compromisso, criado por essa autonomia, de fazer uma escola de todos, de usuários e servidores, unidos por um mesmo propósito em torno da educação. Adesões pouco críticas a “conceitos midiáticos”, ou a fácil penetração dos modismos no campo da educação têm levado muitos educadores a descartar conceitos e propostas, vinculados muitas vezes ao ideário crítico, em favor de uma suposta eficiência técnica

Não se constrói um projeto sem uma direção política, um norte, um rumo. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é também político, O projeto pedagógico da escola é, por isso mesmo, sempre um processo inconcluso, uma etapa em direção a uma finalidade que permanece como horizonte da escola.

Compreender o caráter político e pedagógico do PPP nos leva a considerar dois outros aspectos:

1) a função social da educação e da escola em uma sociedade cada vez mais excludente, compreendendo que a educação, como campo de mediações sociais, define-se sempre por seu caráter intencional e político. Pode, assim, contraditoriamente, tanto reforçar, manter, reproduzir formas de dominação e de exclusão como constituir-se em espaço emancipatório, de construção de um novo projeto social, que atenda as necessidades da grande maioria da população.

2) a necessária organicidade entre o PPP e os anseios da comunidade escolar, implicando a efetiva participação de todos em todos os seus momentos (elaboração, implementação, acompanhamento, avaliação). Dessa perspectiva, o projeto se expressa como uma totalidade (presente-futuro), englobando todas as dimensões da vida escolar; não se reduz a uma somatória de planos ou de sugestões, não é transposição ou cópia de projetos elaborados em outras realidades escolares; não é documento “esquecido em gavetas” Compreender essa dialética entre o político e o pedagógico torna-se imprescindível para que o PPP não se torne um documento pleno de intenções e vazio de ações; de pouco adianta declarar que a finalidade da escola é “formar um sujeito crítico, criativo, participativo”, ou anunciar sua vinculação às teorias críticas se, nas suas práticas pedagógicas cotidianas, perduram estruturas de poder autoritárias, currículos engessados, experiências culturais empobrecidas. Ao contrário, é desvelando essas condições, afirmando seu caráter político, que a escola, por meio de seu Projeto Político-Pedagógico, pode mobilizar forças para mudanças qualitativas.

Há problematizações geradas: por um lado, conhecer, explicitar e discutir concepções e valores nem sempre revelados, mas sempre presentes como orientações imiscuídas em nossas práticas cotidianas e, por outro, reconstruir essas concepções, reorientar ações, a partir do desvelamento

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