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Proteção de armadura. Recinto fechado

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Por:   •  5/3/2014  •  Tese  •  2.597 Palavras (11 Páginas)  •  300 Visualizações

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PROTEÇÃO BLINDADA. O corpo fechado

Olá amigos.

Mais uma vez venho apresentar um novo colaborador do blog Campo de Batalha. Desta vez, o nosso novo "professor" é sargento do exército brasileiro chama Neison Santos, especialista nos carros de combate M-60A3 TTS, Leopard 1A1 e Leopard 1A5. Ele nos traz um bem escrito artigo sobre a evolução das blindagens aplicadas em carros de combate. Creio que não haja nenhum artigo em português publicado em um site com a abrangência desta matéria que orgulhosamente o nosso novo colaborador nos trás.

seja muito bem vindo Neison Santos

APRESENTAÇÃO Por Neison Santos

Setembro de 1916, Primeira Guerra Mundial, Guerra de trincheiras, praticamente estática e defensiva, onde as infantarias não conseguiam progredir por causa dos obstáculos construídos do lado alemão e aliados.

Em 15 de setembro de 1916, tropas alemães esperavam os costumeiros ataques de infantaria, que dentro de suas trincheiras e cercas de arame farpado, teriam vantagem, pois a infantaria aliada, não conseguiria progredir e seria alvo fácil. Para surpresa geral, no horizonte surgiam dois artefatos nunca antes vistos para confusão e desespero dos alemães. Um correspondente de Guerra relatou o fato da seguinte maneira:

“Sobre as crateras vinham dois gigantes. Os monstros aproximavam-se hesitantes e vacilantes, mas chegavam cada vez mais perto. Para eles, que pareciam movidos por forças sobrenaturais, não havia obstáculos. Os disparos das nossas metralhadoras e das nossas armas de mão ricocheteavam neles. Assim, eles conseguiram liquidar, sem esforço, os granadeiros das trincheiras avançadas".

Esse dia entrou para história com o surgimento do maior armamento terrestre até os dias atuais, “O Rei do Campo de Batalha”, o Carro de combate ou “tanque” como é conhecido pela maioria dos países.

Os novos tanques de guerra desencadearam a situação mais fatídica ocorrida até então numa frente de combate. Os "monstros" superavam obstáculos, em função dos quais milhares de soldados tinham morrido antes. Armas, trincheiras ou cercas de arame farpado, nada conseguia deter os poderosos veículos.

Desde esse dia acontecem disputas de engenharia, uma maneira de furar suas couraças, quando se conseguia um armamento que conseguisse esse feito, estudos eram feitos para tormar a proteção do veículo resistente a esse armamento e assim até os dias de hoje, uma guerra entra armas anticarro e blindagens.

Acima: O primeiro carro de combate do mundo foi o britânico Mark I.

A EVOLUÇÃO DAS BLINDAGENS

As blindagens podem ser divididas em gerações:

Primeira geração: Homogênia com chapas de aço(1916-final de 1950) Ex.: Mark, T- 34, M4 Shermman e M-41

Segunda geração: chapas de aço com face endurecida, bimetálicas ou homogênias de segunda solução(final de 1950- final de 1970) Ex.: M-60, Leopard 1, Cascavel, Urutu

Terceira geração: Materiais compostos, cerâmica, kevlar, titânio, etc. (final de 1970- dias atuais) Leopard 2, M1 Abrams, Challenger, EE T1/2 Osório

Quarta geração: Sao blindagens modulares reativas ativas ou passivas, colocadas sobrepostas a blindagem principal. Possuem a mais alta tecnologia em blindagem, como materias compostos e material expansível que aumenta seu diâmetro quando impactadas. Ex.: Leclerc, Merkava Mk 4. Como sao modulares podem ser colocadas em qualquer outro veículo, como por exemplo Leopard 2 A6, leopard C2 canadense(Leopard 1 A5).

I - PRIMEIRA GERAÇÃO

O Mark I possuía chapas de aço de aproximadamente 6 a 12 mm, que tornaram ele invulnerável para as armas da época, que eram desenvolvidas para furar um corpo humano ou pequenas fortificações mas alguns foram tomados pelos alemães que devido a sua baixa velocidade, permitia aos soldados de infantaria conseguir subir em seu topo e atirar pelas frestas, matando seus tripulantes De posse da viatura, os alemães conseguiam identificar como eram feitos e a sua proteção, melhorando seus armamentos de maneira rápida.

Desde já, tambem os britânicos aperfeiçoaram seu projeto, melhorando os defeitos encontrados na primeira versão, e tambem a blindagem, desafios antre armamentos e blindagens que seguem até hoje e seguirão por muito tempo.

Acima: O tanque Mark V, evolução do Mark I, II, III e IV, com melhor blindagem e chassi mais longo, para superar trincheiras alemães que foram aumentadas de tamanho para impedir a transposição dos Marks de versões anteriores. A evolução dos Marks foram até a versão X.

Notem que todas as evoluções a partir de agora seguirão com seus conceitos até os dias atuais.

Até o final da década de 30, não houve grandes mudanças nas blindagens que eram basicamente chapas de aço unidas por rebites, que após ser impactadas, os rebites quebravam e eram projetados para dentro e matavam ou feriam seus tripulantes, até que os russos inventaram a blindagem inclinada e soldada, uma revolução na blindagem pois, com uma chapa inclinada, alem de recochetearem com maior facilidade os projéteis, aumenta as dimensões, contando que os projéteis seguem uma trajetória paralela ao solo, por exemplo uma chapa de Aço de 5 cm, a um ângulo de 45 graus chega a uma superfície a ser penetrada de 14 cm e aumenta ainda mais quanto maior for a diferença de um ângulo reto de 90 graus (menor ângulo). A metodologia de blindagens inclinadas é um dos maiores fatores para uma blindagem bem sucedida até os dias de hoje.

Acima: O T 34, produzido em 1940, com a revolucionária blindagem soldada, sem rebites inclinada que, com uma chapa de 2,76 cm desenvolvia uma blindagem de 7 cm (70mm) graças a sua angulação.

II - SEGUNDA GERAÇÃO

Até o final da década de 50, o aço normal ou blindagem homogênia foi o principal material a ser utilizado em blindagens, e já era necessário melhorar a proteção dos veículos, a blindagem homogênia perde terreno para as de face endurecida, bimetálicas ou homogenias de segunda solução, que consistia em duas chapas de aço soldadas, e após fundidas em forma de “sanduíche” de forma que a chapa frontal seja endurecida por processos térmicos e a segunda chapa, a interna desenvolvida com um aço com maior tenacidade,

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