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Qualidade Vida no trabalho

Seminário: Qualidade Vida no trabalho. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/11/2013  •  Seminário  •  1.152 Palavras (5 Páginas)  •  1.193 Visualizações

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No Brasil a preocupação com a Qualidade de Vida no Trabalho demorou em acontecer, no entanto, diversos pesquisadores e organizações tiveram que desenvolver importantes trabalhos e discussões sobre o tema. Percebe-se que o bem-estar e a qualidade de vida individual estão recebendo mais atenção por parte das organizações, principalmente depois que algumas empresas obtiveram resultados mais eficazes com a implantação do programa de Qualidade de Vida no Trabalho. Contudo, o maior obstáculo para a implantação de programas deste tipo, é que alguns gestores ainda enxergam os investimentos no capital intelectual como um alto custo. Desta maneira, o sucesso do programa depende não só de fatores ligados ao indivíduo, mas depende diretamente de fatores como a cultura organizacional existente na empresa. (Macedo e Matos, 2008)

Com a globalização houve muitas mudanças no cenário internacional e principalmente no mercado empresarial brasileiro. No Brasil, na década de 1990, essas transformações tiveram um impacto ainda maior em função da abertura abrupta da economia, entre outras mudanças significativas, como a redução do papel do estado na economia. Tal processo levou as organizações brasileiras a se preocuparem com a qualidade dos seus produtos, uma vez que para importar ou exportar tornou-se necessário cumprir com os padrões de qualidade internacionais certificados pela ISO 9000.

Essa mudança provocou inúmeros efeitos no mercado interno do país, cujas empresas começaram a rever sua forma de fazer gestão, sua organização produtiva, entre outros aspectos, que provocaram um aumento muito grande na competitividade interna e externa às empresas. Estas começaram a se preocupar com a sobrevivência no mercado, levando-as a adotarem programas de qualidade total como uma forma de nele se garantirem.

Assim, tornou-se necessário criar um espaço de reflexão sobre o acirramento da competitividade a qualquer custo e de seus impactos na sociedade. Os diversos fatores envolvidos nessas mudanças se deram conta de que é muito complexo produzir com qualidade, se os principais agentes desse processo não possuem qualidade de vida dentro e fora do trabalho. A partir desse momento, começam a surgir as contradições inerentes a todo esse processo, pois o principal agente é o homem.

Houve então a necessidade dos estudos referentes à qualidade de vida no trabalho, que começaram tentando entender os padrões de comportamentos humanos que se articulavam com os mecanismos desta qualidade. Anteriormente, essa questão era totalmente secundária porque os setores de produção das fábricas tinham seu próprio departamento de controle de qualidade. Assim, naquela época, a qualidade não era assegurada por quem produzia, mas pelo setor de controle da qualidade, o que ainda acontece em inúmeras empresas brasileiras. Aos poucos qualidade total mostrou que todos os colaboradores tinham que ser responsáveis pela qualidade, ou seja, não só apenas por um setor da empresa.

Tal fato levou as empresas a terem que mudar toda uma cultura organizacional de funcionamento: antes o colaborador só tinha que produzir e, com as mudanças, ele teria que produzir com qualidade. Dessa maneira, o próprio colaborador começou a questionar a sua qualidade de vida, entrando em questão também o rigor dos padrões da ISO, como também as políticas de Recursos Humanos que começaram a se adaptar a essas novas exigências.

Padrões de culturas organizacionais tradicionais, como também comportamentos e hábitos foram modificados com o objetivo de mudar a qualidade da produção.

Contudo, ignorava-se o fato de que, para haver tais mudanças, tornava-se necessário entender a historia socioeconômica do trabalho, as expectativas, crenças e valores sobre Qualidade de Vida no Trabalho para investir na qualidade de vida daqueles colaboradores que são os principais responsáveis envolvidos em todo o processo de produção.

Assim torna-se necessário repensar os limites dos programas de qualidade de vida dentro do trabalho, uma vez que geralmente, eles não têm como atender a carências individuais e subjetivas que independem do ambiente de trabalho.

Pode-se chegar a conclusão pelos estudos encontrados que quanto mais se conhecer sobre os atributos, os sentidos, a subjetividade e as perspectivas do homem no trabalho maiores serão os padrões de Qualidade de Vida no Trabalho. As empresas precisam abrir espaços de convivência que possibilitem criar as condições facilitadoras para o aprimoramento das potencialidades e da subjetividade do trabalhador. Precisa-se romper com a objetividade

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