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QUALIDADE DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DA SAÚDE: FATOR QUE INFLUENCIA NA QUALIDADE DO ATENDIMENTO DO PROFISSIONAL DA REDE PÚBLICA DE SAÚDE.

Por:   •  12/11/2017  •  Artigo  •  4.395 Palavras (18 Páginas)  •  420 Visualizações

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QUALIDADE DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DA SAÚDE: FATOR QUE INFLUENCIA NA QUALIDADE DO ATENDIMENTO DO PROFISSIONAL DA REDE PÚBLICA DE SAÚDE.

Edvaldo Tavares da Silva¹

RESUMO

Desde muito tempo a qualidade da saúde pública no Brasil vem sendo questionada. Em um passado recente, a situação estava mais crítica devido a acontecimentos que acabaram por pegar o país desprevenido ocasionando mudanças significativas na forma de agir e no planejar de ações sociais, econômicas e na área da saúde. O tema desse estudo focaliza a qualidade de trabalho do profissional da saúde e decidiu-se delimitar para qualidade de trabalho desse profissional como fator que influencia na qualidade do atendimento na rede pública de saúde. A metodologia utilizada neste trabalho foi pesquisa bibliográfica através de consulta feita a vários autores, sites e artigos sobre o tema em questão nas bases de dados online MEDLINE, LILACS, PUBMED e em livros. O trabalho que se desenhou sobre essa temática, teve como objetivo analisar a visão de autores sobre a relação que pode existir entre qualidade da assistência e do trabalho dos profissionais de saúde no atendimento em hospitais públicos, e como ele pode ser encarado como fator que influencia na qualidade do atendimento do profissional da rede pública de saúde além de entender as dificuldades enfrentadas por eles. Compreendendo assim como a precariedade do sistema público de saúde afeta a qualidade do atendimento.

Palavras-chave: Atendimento. Qualidade. Saúde. Avaliação em Saúde. Qualidade da Assistência à Saúde.

Introdução

Segundo Silva, Braga (2011) o hospital surgiu como instrumento terapêutico desde muito tempo, e teve sua origem no século XVIII e hoje se perpetua como um local onde as pessoas procuram intervenções para melhoria de sua saúde. Mas nem sempre foi assim. Segundo o autor acima supracitado, a priori a principal finalidade dos hospitais era prestar assistência espiritual, material e caridosa para os mais necessitados que na grande maioria das vezes estavam apenas esperando a morte.

Então nessa perspectiva segundo Silva, Braga (2011) "os hospitais acabavam se tornando locais de morte e exclusão, pois abrigavam aqueles que poderiam trazer algum tipo de problema sanitário ou de salubridade aos indivíduos considerados como sadios".

Nesse período, como afirma Filho (2008), os religiosos detinham “o poder da cura” e eram eles os responsáveis por cuidar desses locais que eram amplamente denominadas de casas de misericórdia. Mas o que realmente incomodava ou tornava tal ambiente impróprio era o fato de que conforme afirma Filho (2008, p. 10):

Em suas enfermarias misturavam-se pacientes de todos os tipos, sendo comum dois ou mais doentes dividirem o mesmo leito. É claro que tal ‘tratamento’ somado a higiene dos hospitais, fazia com que houvesse infecções e consequentemente a morte (FILHO, 2008, p.10).

Oguisso (2007) afirma também que:

O cristianismo exerceu enorme influência na ação de cuidar, pois ao valorizar o cuidado com pobres e doentes, fez com que pessoas da nobreza, como reis e rainhas, se despojassem de seus bens para se dedicar à caridade ou transformassem seus palácios em abrigos ao menos favorecidos. ( OGUISSO, 2007, p. 12)

Segundo Filho (2008) historicamente, as instituições de saúde vêm sendo amplamente difundidas e uma coisa deve ser levada em consideração é que o meio social, econômico e psicológico acaba que afetando tanto a qualidade da saúde como também a qualidade da assistência àqueles que procuram tal serviço.

Cianciarullo (2003) também afirma que os progressos alcançados na medicina curativa e assistencial aliados ao desenvolvimento tecnológico acabaram que modificando a forma de atuação dos profissionais de saúde o que diretamente afeta a assistência prestada.

Filho (2008) afirma que desde a proclamação da república, novos ideais surgiram com o “Ordem e Progresso”, ao passo que para se alcançar essa ordem e esse progresso era necessário contar com pessoas municiadas de educação e de saúde física e mental. Surgem então os primeiros traços de políticas de saúde do Brasil, diferentemente das ações anteriores (saúde no Brasil colônia) essas beneficiavam todas as classes sociais e efetivadas não somente em caso de surto epidêmico, e estendiam-se por todo tempo.

A partir de então, como afirma Filho (2008), a população passou a ser vista como a força motora rumo à modernização e para tal seria necessário investimento em fatores como educação, alimentação, habitação, transporte e trabalho, ou seja, fatores sociais. E isso se confirma quando Filho (2008) diz que a ideia formada de como a população constituía capital humano foi importante e necessária, uma vez que:

A incorporação dos novos conhecimentos clínicos e epidemiológicos às práticas de proteção de saúde coletiva levaram os governos republicanos, pela primeira vez na história do país, a elaborar minuciosamente planos de combate às enfermidades que reduziam a vida produtiva “útil” da população (FILHO, 2008, p.14).  

Filho (2008) nos fala que tempos depois da proclamação da república a população continuava miserável e enfrentando várias doenças, principalmente o homem do campo que para uma economia baseada na agricultura e sem equipamentos modernos para dar suporte na produção, o trabalhador rural não poderia, doente, ser eficientemente utilizado nesse processo.

Filho (2008, p. 21) ainda destaca que:

Em 1918, o Brasil tinha uma população rural em torno de vinte milhões de pessoas; havia 17 milhões de enfraquecidos pelos parasitas intestinais, três milhões de vítimas da doença de Chagas, dez milhões de atacados de malária e ainda cinco milhões de tuberculosos. Mesmo considerando apenas esse pequeno conjunto de doenças, podemos concluir que as pessoas padeciam geralmente de mais de uma enfermidade. Juntando a esse quadro a subnutrição e o alcoolismo, conclui-se que o homem rural brasileiro era acima de tudo um personagem doente (FILHO, 2008, p.21).

 A partir de então Filho (2008) diz que começa a surgir então os institutos com importantíssima contribuição para a saúde do país até hoje. Sua missão era acabar com o problema sanitário erradicando endemias e epidemias que assolavam a população.

De acordo com Ibanez (2011, p.111) “enfim, o SUS, a mais ambiciosa e abrangente política pública de saúde já formulada no país, emerge completamente sitiado pela conformidade da relação Estado/Sociedade nesse momento histórico”. 

A verdade, segundo Ibanez (2011) é que à saúde pública nunca foi dada a atenção e a devida importância ao qual merece, uma vez que os recursos destinados a saúde não são suficientes e boa parte deste é desviado antes e depois de serem empregados.

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