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Questão Social No Brasil

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Por:   •  15/5/2014  •  1.139 Palavras (5 Páginas)  •  406 Visualizações

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Originalmente, a questão social foi constituída em torno das transformações econômicas, políticas e sociais ocorridas na Europa do Século XIX, devidas à industrialização. Inicialmente essa questão foi levantada quando com a tomada de consciência da sociedade, ou parte dela, dos problemas decorrentes do trabalho urbano e da pauperização como fenômeno social. Hoje a “questão social” é a expressão das desigualdades e lutas sociais em suas múltiplas manifestações e todos os segmentos sociais envolvidos (trabalhadores e desprotegidos) são heterogêneos. Aqui serão abordados o inicio do serviço social no Brasil, as primeiras manifestações da época onde os povos lutavam por direito a liberdade individual e à vida digna, direito igualdade e fraternidade, a questão social atualmente e a função dos assistentes sociais.

2 DESENVOLVIMENTO

Expressões da Questão Social

A expressão “questão social”, tem um histórico recente, começou a ser utilizada na terceira década do século XlX, surge para nomear o fenômeno do pauperismo. A pauperização da população trabalhadora é o resultado do capitalismo industrial e crescia da mesma maneira que aumentava a produção” Segundo Netto.

A proposta inicial das Políticas Sociais no país era uma tentativa de suprir as necessidades e as reivindicações da classe trabalhadora e de diminuir as expressões da Questão Social.

Assim, é que, no início do Serviço Social no Brasil, o objeto definido era o homem, mas um homem específico: o homem morador de favelas, pobre, analfabeto, desempregado, etc. Enfim, entendia-se que esse homem era incapaz, por sua própria natureza, de “ascender” socialmente. Daí que o objeto do Serviço Social era este homem, tendo por objetivo moldá-lo, integrá-lo, aos valores, moral e costumes defendidos pela filosofia neotomista.

Posteriormente, o Serviço Social ultrapassa a idéia do homem como objeto profissional. Passa-se à compreensão de que a situação deste homem – analfabeto, pobre, desempregado, etc. – é fruto, não só de uma incapacidade individual mas, também, de um conjunto de situações que merecem a intervenção profissional. O objeto do Serviço Social se coloca, então, como a situação social problema:

“... o Serviço Social atua na base das inter-relações do binômio indivíduo-sociedade. [...] Como prática institucionalizada, o Serviço Social se caracteriza pela atuação junto a indivíduos com desajustamentos familiares e sociais. Tais desajustamentos muitas vezes decorrem de estruturas sociais inadequadas” (Documento de Araxá, 1965, p.11).

No final do século XlX e inicio do século XX, quando a pobreza não podia ser mantida como a face oculta do capitalismo, a influência histórica da Igreja Católica e de seus documentos do magistério eclesiástico forneceram as primeiras estratégias de alívio. A modernização capitalista desse período trouxe uma nova organização societária pautada na exploração, na manutenção das desigualdades e na imposição de regras de existência. Diante do rompimento e da decadência das formas protetivas do regime feudal, a condição de vida da população nesse período a que estamos nos referindo se modificou.

O Serviço Social no Brasil se insere, desde 1930, como uma especialização da questão social. Como tal, a profissão, interna e externamente, sofre as influências das mutações da mesma, enquanto expressão constituída e constituinte dos processos de alienação, antagonismo, desigualdade, discriminação e injustiça social presentes nos modos de ser e aparecer do capitalismo na sociedade brasileira. Nesse processo internaliza valores e concepções de mundo, produz e intercambia conhecimentos e práticas, resiste e/ou se molda às velhas ou novas formas de enfrentamento da questão social pelo Estado, pelas classes sociais e pelo conjunto da sociedade. Nos primórdios da profissão a questão social era vista e tratada como questão moral, religiosa, inerente à natureza desajustada e patológica dos indivíduos e grupos sociais com os quais mantinha relações profissionais. A partir do Movimento de Reconceituação e, sobretudo, pós 1980, a questão social passa a ser considerada como expressão dos antagonismos e desigualdades da sociedade capitalista brasileira, portanto, sendo vista como “questão política” inerente às condições de vida indignas e desumanas da maioria da população e expressão dos movimentos persistentes desta em resistir, tornar-se cidadã em plenitude e dar novos rumos a essa sociedade. A questão social hoje, mais do que nunca, é complexa, adquire dimensões amplas e profundas. Adentra-se a um novo milênio com incertezas, crises e de dilemas de toda ordem e natureza. Um milênio com progressos imensuráveis, mas também misérias incomensuráveis e violências diversas em todos os cantos e lugares. Vivencia-se a era da globalização dos países, das regiões, da idéias, dos costumes,

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