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RE: Atividade 1 - Avaliação

Artigo: RE: Atividade 1 - Avaliação. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  19/10/2014  •  1.658 Palavras (7 Páginas)  •  260 Visualizações

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REVISÃO DAS TEORIAS VOCACIONAIS

Para elucidar as dúvidas e questionamentos, encontraram-se no contexto das teorias

vocacionais argumentos e conceitos aderentes ao tema. A exploração dessas teorias limitou-se lhes

observar a colaboração na explicação dos fatores de influência na escolha, em particular pelo curso

de graduação em Administração.

Constatou-se em revisão literária a existência de uma ampla diversidade dessas teorias, cada

qual abordando a escolha profissional segundo uma dimensão particular, em certos aspectos

permitindo uma complementaridade para o subsídio aos orientadores. Silva (1996) também conclui

sobre a parcialidade das teorias existentes, mas garante que duas instâncias – afetiva e

socioeconômica – são determinantes na escolha da profissão e aponta a necessidade de mediação e

articulação entre elas.

Pela adequação e estruturação apresentada, este trabalho toma por base uma classificação

das teorias proposta por Crites (1974), destacada por sua ampla utilização nos estudos do tema. O

autor divide as teorias vocacionais em grandes grupos: psicológicas, não-psicológicas

(sociológicas e econômicas) e gerais (interdisciplinares). Foram selecionadas, dentro de cada um

dos grupos, algumas teorias de especial relevância para o propósito da pesquisa que favorecessem a

criação de indicadores relativos a fatores de influência passíveis de mensuração junto a alunos.

Teorias psicológicas

A abordagem psicológica estabelece a escolha profissional vinculada a características

pessoais do indivíduo. As teorias enquadradas nesta segmentação procuram explicar os fatores

psicológicos envolvidos no processo da escolha e no ajustamento profissional, com o pressuposto

básico da liberdade de opção, do controle e poder das pessoas sobre o seu destino. Dentro desta

categoria, destacaram-se quatro teorias, cujas essências são a seguir apresentadas:

a) A Teoria do Autoconceito e do Desenvolvimento Vocacional, de Super e Bohn Jr. (1980), que

evidencia a exploração da carreira ao longo da vida, e não a escolha profissional ocorrendo

num dado momento. Os autores destacam o autoconceito, continuamente alterado a partir

das experiências com outros indivíduos e nas situações da vida, como um conceito

particularmente útil no relacionamento de personalidade e ocupações. Para eles, as

características pessoais terminam por orientar a escolha pela profissão, a partir da imagem

que fazem de profissionais das diferentes ocupações, e sua identificação com essas pessoas.

E, quando uma pessoa escolhe uma profissão, está elegendo um modo de atualizar seu

conceito de si mesma. (SUPER; BOHN JR., 1980).

b) A teoria de Gelatt (1962), que propõe um sistema racional para o indivíduo decidir entre duas

ou mais alternativas. Seu modelo prevê três fases para o processo de escolha: por meio de

um sistema preditivo, o indivíduo avalia as alternativas possíveis, as consequências das

decisões, e a probabilidade de que elas ocorram; na sequencia, estabelece como desejáveis

aquelas que ele valoriza como fonte de prazer; finalmente, utilizando um critério de decisão, Maurício Scagliante Bomtempo, Dirceu da Silva, Otávio Bandeira De Lamônica Freire

PRETEXTO 2012 Belo Horizonte v. 13 n. 3 p. 108 – 129 jul./set. ISSN 1517-672 x (Revista impressa) ISSN 1984-6983 (Revista online) 111

ele seleciona a alternativa, confrontando a probabilidade de concretizá-la e a sua

desejabilidade.

c) A teoria de Hershenson e Roth (1966), que estabelece que o indivíduo toma sucessivas

decisões, afunilando as alternativas de escolha, de forma que se torna muito difícil reverter os

primeiros descartes no final do processo decisório. O processo desenvolve-se, assim, por

duas tendências: progressiva eliminação de alternativas e reforço das alternativas não

excluídas, restringindo gradativamente a gama de opções e aumentando a certeza de

decisão (PIMENTA, 1979).

d) A teoria tipológica de Holland (1975), que concebe seis diferentes tipos de personalidade,

onde cada tipo é o resultado da interação entre uma herança determinada e uma variedade

de fatores culturais e pessoais, que criam no indivíduo características de capacidades

perceptivas e predisposições especiais, valores e aspirações voltadas para determinado tipo

de trabalho. Ainda, o autor apresenta que: “As pessoas buscam ambientes e vocações que

lhes permitam exercer suas habilidades e capacidades, expressar suas atitudes e valores

(...)” (HOLLAND, 1975, p.23).

Essa teoria contempla que nenhum indivíduo é um “tipo puro”, mas concentra

predominantemente as características de um dos tipos. O gerente de negócios, nesse contexto, é

enquadrado predominantemente no tipo Empreendedor, que se vê como: dominante, sociável,

aventureiro, impulsivo, desejoso de alto

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