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Rajetória De Crescimento E Instabilidade Das Economias Nacionais Dos Países: BRASIL, EUA E CHINA (1960 - 2012)

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Por:   •  16/9/2014  •  2.416 Palavras (10 Páginas)  •  434 Visualizações

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Trajetória de Crescimento e Instabilidade das Economias Nacionais

dos países: BRASIL, EUA e CHINA (1960 – 2012)

O presente trabalho é uma pesquisa que visa explicar ciclos econômicos, identificando períodos de prosperidade e depressão, dos seguintes países: Brasil, EUA e China. Coletamos e organizamos os dados das variáveis econômicas desses países e apresentaremos através de tabelas e gráficos de forma a caracterizar evidências empíricas de instabilidade, principalmente analisando o PIB (agregados macroeconômicos).

O objeto do estudo específico deste grande tema da macroeconomia, que é a instabilidade, está exposto através de dados estatísticos, com formação de data base e de índices definindo-se um ano-base. As principais variáveis macroeconômicas utilizadas estão expostas no PIB das economias nacionais destes países. A partir de dados primários, fizemos o tratamento estatístico, principalmente utilizando preços constantes para fazer as comparações em termos reais. Também fizemos a transformação das variáveis em índices com ano base igual a 100, para uma melhor noção da trajetória ao longo do tempo.

Quando se procura comparar ou analisar o comportamento do PIB de um país ao longo do tempo, é preciso diferenciar o PIB nominal do PIB real. O primeiro diz respeito ao valor do PIB calculado a preços correntes, ou seja, no ano em que o produto foi produzido e comercializado, já o segundo é calculado a preços constantes, onde é escolhido um ano-base onde é feito o cálculo do PIB eliminando assim o efeito da inflação. Para avaliações mais consistentes, o mais indicado é o uso de seu valor real, que leva em conta apenas as variações nas quantidades produzidas dos bens, e não nas alterações de seus preços de mercado. Para isso, faz-se uso de um deflator (normalmente um índice de preços) que isola o crescimento real do produto daquele que se deu artificialmente devido ao aumento dos preços da economia.

I – Trajetória do PIB a preços constantes (PIB Real) e identificação de períodos de prosperidade e depressão

BRASIL

Produto Interno Bruto (PIB)

Frequência: Anual de 1960 até 2012

Unidade: R$ (milhões)

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Sistema de Contas Nacionais Referência 2000 (IBGE/SCN 2000 Anual)

PIB (preços 2012)

Frequência: Anual de 1960 até 2012

Unidade: R$ de 2012 (milhões)

Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)

Como podemos observar nos gráficos acima, a economia brasileira viveu vários ciclos ao longo da história do Brasil. Em cada ciclo, um setor foi privilegiado em detrimento de outros, e provocaram sucessivas mudanças sociais, populacionais, políticas e culturais dentro da sociedade brasileira.

Produto interno bruto (PIB): variação real anual

Frequência: Anual de 1960 até 2012

Unidade: (% a.a.)

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Sistema de Contas Nacionais Referência 2000 (IBGE/SCN 2000 Anual)

Como podemos observar no gráfico acima, há diversos momentos de prosperidade e depressão, que são explicados pelos eventos abaixo.

Ciclo da soja (1970 – atualmente): desde a década de 1970, o novo produto que impulsionou a economia de exportação foi a soja. O modelo adotado para o plantio de soja foi a monocultura extensiva e mecanizada, gerando muita riqueza para o país através de um novo setor chamado de “agronegócio”.

Industrialização e desenvolvimentismo (1945 – 1964): valendo-se de políticas econômicas desenvolvimentistas desde a Era Vargas, na década de 1930, o Brasil desenvolveu grande parte de sua infraestrutura em pouco tempo e alcançou elevadas taxas de crescimento econômico. Todavia, o governo muitas vezes manteve suas contas em desequilíbrio, multiplicando a dívida externa e desencadeando uma grande onda inflacionária.

Milagre econômico (1969 – 1973): um crescimento acelerado da indústria gerou empregos e aumentou a renda de muitos trabalhadores. Houve, porém, ampliação da concentração de renda. O principal motivo era a defasagem dos salários mais baixos. Por exemplo, o salário mínimo real, apesar de cair menos do que no período entre 1964 e 1966, quando sofreu uma diminuição de 25%, baixou mais 15% entre 1967 e 1973. Era a famosa teoria de "fazer crescer o bolo, para dividir depois". A industrialização foi centralizada propositalmente no eixo Rio – São Paulo, o que destruiu a economia de outras regiões do país que não receberam o mesmo nível de subsídios e investimentos, principalmente o Sertão Nordestino, o que ocasionou a migração em massa destas regiões preteridas pelo governo federal para as regiões mais subsidiadas pelo mesmo com mais investimentos, o que só ampliou a níveis jamais vistos antes problemas que até hoje perduram, tais como decadência urbana, favelização, criminalidade, etc.

Recessão e crise monetária (1973 – 1990): da crise do petróleo até o início dos anos 1990, o Brasil viveu um período prolongado de instabilidade monetária e de recessão, com altíssimos índices de inflação (hiperinflação) combinados com arrocho salarial, aumento da dívida externa e crescimento pífio. Já na década de 1980, o governo brasileiro desenvolveu vários planos econômicos que visavam o controle da inflação, sem nenhum sucesso. O resultado foi o não pagamento de dívidas com credores internacionais (moratória), o que resultou em graves problemas econômicos que perdurariam por anos. Não foi por acaso que os anos 1980, na economia brasileira, ganharam o apelido de "década perdida".

Abertura Econômica (1990 – 2005): o governo Fernando Collor teve como principal lema a falência do projeto desenvolvimentista como motor de crescimento. Em particular, a baixa qualidade dos automóveis e computadores nacionais, protegidos por altas barreiras alfandegárias foi utilizada como exemplo da incapacidade do governo como grande empresário.

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