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Reconstituição Do Serviço Social

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Por:   •  7/4/2014  •  467 Palavras (2 Páginas)  •  359 Visualizações

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Institucionalização do Serviço Social

A partir dos anos 40/50, a questão social, expressão das desigualdades decorrentes do aprofundamento do capitalismo no Brasil, passa por grandes transformações, especialmente a partir do final da II Guerra Mundial. A aceleração industrial, as migrações campo-cidade, o intenso processo de urbanização, aliados ao crescimento das classes sociais urbanas, especialmente do operariado, vão exigir novas respostas do Estado e do empresariado à s necessidades de reprodução da vida social nas cidades. A questão social se põe como alvo da intervenção do Estado, por meio das políticas sociais públicas, ao mesmo tempo em que o empresariado, imbuído de um novo espírito social, substitui a mera repressão e assistência eventual por mecanismos que visam a colaboração entre capital e trabalho. É neste contexto, em plena ditadura de Vargas, que é criada, em 1942, a Legião Brasileira de Assistência -LBA, primeira instituição assistencial de porte nacional, bem como as grandes instituições patronais que irão configurar o que hoje conhecemos como sistema S - SESI, SENAI, SESC. Cunha-se, neste contexto, a figura emblemática do chamado “primeiro damismo” (que resiste até os dias atuais), que tem sua origem vinculada à presidência de honra da LBA assumida pela primeira dama, Darcy Vargas. A diversidade de serviços sociais e educacionais prestados por estas instituições, relacionados à s demandas de qualificação da força de trabalho e de sua reprodução física e espiritual, leva à incorporação institucional de contingentes de assistentes sociais, que passam a desenvolver ações educativas e normativas de ajustamento psicossocial dos trabalhadores, voltadas ao atendimento das novas necessidades relacionadas à integração de massas populacionais ao mercado de trabalho e à vida urbana. A criação das instituições assistenciais, com grande capilaridade no território nacional, amplia significativamente o mercado de trabalho do assistente social, agora investido de um mandato oficial, a partir do seu reconhecimento e legitimação pelo Estado e empresariado. Embora regulamentado como profissão liberal em 1949, o assistente social tem seu desempenho profissional majoritariamente vinculado a instituições públicas e privadas, como um dos responsáveis pela implementação das políticas sociais, o que irá definindo o seu perfil assalariado. A crescente centralização das políticas sociais pelo Estado gera o aumento da demanda pela execução de programas sociais no interior das instituições, induzindo o crescimento numérico das escolas e do meio profissional, com a conseqüente expansão do Serviço Social e elevação do status profissional. A realização do I Congresso Brasileiro de Serviço Social em 1947 é o início de uma tendência de valorização crescente dos encontros nacionais, cada vez mais massivos e reveladores dos debates e das polêmicas profissionais. A forte influência norte-americana na América Latina e no Brasil, a partir do segundo pós-guerra, irá penetrar também na profissão, com a incorporação das teorias estrutural-funcionalistas e das metodologias de intervenção, especialmente o Serviço Social de Caso e o Serviço Social de Grupo.

Março

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