Relatório De Impacto Ambiental- Praia Da Mococa, Caraguatatuba,sp

Legislação Ambiental

Relatório de Impacto

Condomínio Mococa

Controle Ambiental

Manhã

Sabrina Barros

Profº Daniel Forjaz

Sumário

Impacto Condomínio Mococa 2

Introdução 3

Área da construção 4

A realidade Ambiental encontrada 5

Minha Opiniao 19

Agradecimentos 19

Impacto Condomínio Mococa

Introdução

O desenvolvimento econômico chamado de progresso muitas vezes afeta diretamente a natureza.

No dia 12 de junho de 2014 por volta das 8:30 hrs, foi realizada a visita em campo na área que será construído o condomínio na praia da Mococa(Gleba porto Verde Mar), uma região rica em biodiversidade, constituída de manguezal, restinga, vegetação escrube e muita Mata Atlântica.

A visita ao local foi ministrada pelo professor Daniel Forjaz e contou com a participação dos alunos do curso técnico em Controle Ambiental do período da manhã e da tarde do Centro Universitário Módulo.

O Condominio Residencial Villagio Porto Fino apresenta um laudo ambiental equivocado

Área da construção

A área da empresa Porto Verde Mar Comercial de Empreendimentos Imobiliários Ltda., possui área de 82.140,40 m².

O laudo ambiental feito por tal empresa alega que não possui flora nem fauna significativa no local, e que não possui áreas vulneráveis, porém a praia tem área de restinga, e terreno de marinha, uma que está enquadrada em área de APP (área de preservação permanente), e a outra que é área de terreno de marinha, onde não se deve construir nada tendo em vista que é patrimônio da União.

Porém a visita técnica feita no local do empreendimento nos mostrou que a situação é bem diferente do que está descrita no laudo ambiental apresentado, e irei listar aqui o que vi na área que o laudo da empresa não mostra, através de fotos.

A realidade ambiental encontrada

A área em questão se encontra bem próxima ao rio da Mococa, onde existe uma pequena área de manguezal, habitat de muitas espécies.

(Foto: Sabrina Barros)

(Foto: Sabrina Barros)

Logo quando chegamos próximos a área foi avistado um Ouriço Cacheiro (Coendou insidiosus) provavelmente atropelado, constatando a existência de um corredor ecológico.

(Foto: Sabrina Barros)

Na área existe uma vegetação recuperada em estágio médio com ótima qualidade ambiental, com um dossel de 10 metros e 40 cm de dap (diâmetro altura do peito). Dentre as árvores encontradas no local estão o pau jacaré (Piptadenia gonoachanta), o coqueiro Jerivá (Syagrus romanzoffiana), Mulungu(Erytrina velutina), Guapuruvu (Schizolobium parahyba).

(Foto: Sabrina Barros)

Foram avistadas tocas, o que garante a presença de fauna no local, podendo ter tatus, ouriços, porcos espinhos.

(Foto: Sabrina Barros)

Os coquinhos do Chapéu de sol (Terminalia catappa) apontam a presença de uma quiróptero fauna no local, já que não havia um chapéu de tão próximo, nos mostra que existe alimentação e reprodução de morcegos na área.

(Foto: Sabrina Barros)

Grandes fungos presentes comprovam a qualidade ambiental excelente.

(Foto: Sabrina Barros)

Existente no local uma área de pequena de manguezal com 5 á 6 metros de largura.

O manguezal é um dos ecossistemas mais ameaçados devido a urbanização e o preconceito que existia sobre seu aspecto, além de ser um ecossistema bem fragilizado é chamado berçário da vida, pois mais de 90% das espécies de peixes marinhos vem desovar no mangue, além de ser habitat para muitas espécies de aves migratórias, que usam o mangue para se alimentar, além disso o mangue é rico em matéria orgânica e é o responsável por levar os nutrientes para o mar, muitas espécies dependem desse ecossistema.

(Foto: Sabrina Barros)

(Foto: Daniel Forjaz)

A área é ótima para observação de aves, foi avistados vários Canarinhos da terra(Sicalis Flaveola Brasiliensis), e outras aves que não conseguimos registrar em fotos, porém foi avistados Tiês de sangue, Rolinhas, Bem –te- vis, pardais e ouvimos sons de papagaios ou periquitos.

(Foto: Sabrina Barros)

Presença de toca no alto de uma árvore revela que pode existir papagaios ou pica paus.

(Foto: Sabrina Barros)

Avistou se na margem do rio da Mococa pegadas de alguma ave, muitas aves migram para área em questão afim de encontrar alimento com mais facilidade.

(Foto: Sabrina Barros)

Rizofóras, vegetação