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Por:   •  23/2/2014  •  Resenha  •  356 Palavras (2 Páginas)  •  259 Visualizações

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É comum as pessoas pensarem que uma provável "natureza" da mulher ou do homem seria determinante do comportamento. A epígrafe do capítulo descreve uma situação em que são questionados os papéis tradicionalmente atribuídos ao homem e à mulher. A propósito disso, se observarmos a história da humanidade, constataremos que as noções de feminilidade e de virilidade têm fortes componentes culturais e portanto mudam de acordo com o tempo e o lugar.

O mesmo ocorre se indagarmos a respeito do que é o ser humano em geral. Esse conceito se encontra permeado de concepções subjacentes, nem sempre claramente explicitadas e que, recebidas pela herança cultural, representam de início um saber não-crítico, que não passou pelo crivo da reflexão. Por isso mesmo se tomam, às vezes, noções inquestionáveis, como se fossem verdades imutáveis.

Se prestarmos atenção, para cada concepção não-refletida existem pressupostos teóricos que precisariam ser examinados. Quando fazemos a pergunta fundamental o que é o ser humano?, as pessoas respondem de diferentes maneiras. Vejamos alguns exemplos:

- Aquele lá? Não é gente, mais parece um bicho! (Pressupõe que se saiba fazer a distinção entre o ser humano e o animal.)

- Desde que o ser humano existe, há pobres e ricos. Por que haveria de mudar? (Pressupõe que a natureza humana é imutável, prevalece também uma concepção estática da história humana.)

- O que seria de mim sem a graça de Deus? (Nessa frase, de cunho religioso, a humanidade é explicada pelo divino: o ser humano nada é sem a fé.)

- Eu uso a cabeça e não me deixo arrastar pelas paixões. (Pressupõe que o ser humano é por excelência racional e que as paixões são fraquezas que o desviam de um caminho tido como correto.)

- De que adianta a vida se não houver futebol e carnaval? (O ser humano é não apenas racional, mas sobretudo um ser de desejo: o prazer é fundamental.)

- Não adianta lutar contra o destino. O que tem de ser, será. (O ser humano não é livre, mas predestinado.)

- A ocasião faz o ladrão. (A natureza humana é má, sempre tende para o mal.)

Com esses exemplos, percebemos várias concepções subjacentes à condição humana.

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