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Resenha do Livro: Pedagogia da Autonomia - Paulo Freire

Por:   •  8/5/2018  •  Resenha  •  1.133 Palavras (5 Páginas)  •  653 Visualizações

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FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 41° reimpressão. São Paulo: Paz e Terra, 2010. [Data primeira publicação: 1996]

Luiz Carlos Carvalho Gomes

        Paulo Freire foi um educador, pedagogo e filósofo brasileiro (1921-1997), lançou mais de 30 livros, todos na área de educação ou também relacionados à educação, ganhou diversos prêmios, entre eles 29 títulos Doutor Honoris Causa, de universidades da Europa e da América e também é considerado Patrono da Educação Brasileira.

        Em seu livro, “Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa” ele explica em sua introdução, que é fundamental ao professor saber que ele não é um transferidor de conhecimento e que ele deve criar possibilidades para a sua produção e construção, junto do aluno. O autor diz que quanto mais se aprende criticamente, quanto mais insiste nesse aprendizado, mais se constrói o que ele chamou de “curiosidade epistemológica”. Esta curiosidade, seria uma curiosidade com rigor e métodos, diferente de uma curiosidade ingênua, sem aprofundamento, então, a curiosidade epistemológica requer insistência. A ideia de que o ensino e o aprender crítico, deve ir de contra o ensino bancário, é destacada por Freire como autoritário e que tira todo o envolvimento criativo do professor e o aluno. Dentro de três capítulos as ideias de Freire vão se desenvolvendo em cima dessas bases, apontadas acima.

        No 1° capítulo, “Não há docência sem discência”, freire vai nos passar o sentido da relação teoria/prática, destacando que o ensino passa pelo professor, que só ensina algo a alguém, se aprender junto desse ensinamento, e a medida para saber se realmente o aluno aprendeu, é verificar se ele é capaz de repetir ou recriar o que foi ensinado. Então o ensino, é algo que faz a curiosidade do seu aluno, estar em constante crescimento.

Trarei aqui algumas ideias de alguns tópicos deste capítulo. Freire destaca que é importante o saber ensinado, ser compreendido na sua razão, é importante que os alunos construam e reconstruam um ensinamento, até que ele seja compreendido. Ele destaca que um “intelectual memorizador” não é um modelo certo a ser seguido, já que este, apenas reproduz o que leu, então, ele pensa errado. O pensar certo, vem consequentemente do leitor aplicar o que aprende ou formula em sua cabeça, no contexto da sua realidade. Freire nos diz que seria muito positivo aproveitar a experiência do que é vivenciado pelos alunos, ele fala de um respeito ao conhecimento do aluno, em relação ao pensamento crítico, saber que os alunos possuem um conhecimento crítico sobre alguns pontos, como por exemplo: Os alunos sabem as qualidades que são visíveis no bairro vizinho e não existe no qual habita. Então, o professor poderia aproveitar e trabalhar em cima disso, do contexto social do aluno. Outro ponto importante que é destacado por freire, é que o ensino deve guiar os alunos a serem éticos, então, o professor tem que praticar o que prega, se não ele será um mal exemplo, e bem possivelmente, acabará criando conclusões erradas nas reflexões dos alunos. O ensinar deve, portanto, mostrar que devemos ser respeitosos com os outros e sempre procurar o caminho mais justo, respeitando que todos devem ter os mesmos direitos, o pensar certo, nos leva a não ter pensamentos preconceituosos de classe, raça, gênero e que guie para que a impunidade seja repudiada.

No 2° Capítulo “Ensinar não é transferir conhecimento”, Freire novamente nos traz a indagação de que o professor não passa conhecimento para um outro ser, e sim, ele ajuda a construir. Nos tópicos deste capítulo, ele destaca que precisamos ter consciência do inacabamento, ou seja, que tanto somos serem limitados como também somos seres criadores. O ser humano é criação, portanto linguagem, cultura e comunicação são exemplos da nossa capacidade criativa. Consequentemente, somos capazes também de intervir e saber quando intervir. Devemos saber ir além do que herdados geneticamente e também separar o que aprendemos socialmente, culturalmente e historicamente.

O ensinar deve ser respeitoso, não devo programar meu aluno a seguir um método ou uma linha. Devo sim, estar presente na sua formação, orientando. Ao mesmo tempo, o professor tem que ser uma figura diante do aluno, não é porque a pratica pedagógica é desvalorizado por muitos, que devo deixar transparecer isto para os alunos e sim, enfrentar as barreias sociais e do sistema escolar. Freire mostra toda sua posição ideológica neste livro, nos informando que em sua visão pedagógica, o professor ele tem que intervir, ter convicção de que mudança é sim possível, influenciar grupos populares a terem um senso crítico em relação aos problemas sócias, como violência e injustiça que os rodeiam, então, o professor tem que saber transmitir o seu saber, fazendo os indivíduos sentirem vontade de procurar respostas.

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