Resenha Crítica Do Filme "O Nome Da Rosa"

O dogmatismo religioso

O filme “O nome da rosa” lançado em 1986 na direção de Jean-Jacques Annaud que é um cineasta francês, roteirista e produtor, que foi baseado no romance homônimo do crítico literário italiano Umberto Eco. O projeto levou cinco anos para sair do papel, mas obteve uma bilheteria mundial equivalente a US$ 77 milhões. E contou com filmagens na Itália e na Alemanha.

O filme “O nome da rosa” se passa no momento da sociedade medieval do séc. XIV, marcada pela desintegração do feudalismo e a formação do capitalismo na Europa Ocidental, na época em que a igreja controlava o estado e retirava do povo o direito ao conhecimento. É possível observar, as ocorrências na idade média quando era normal à atitude de colocar Deus e aqueles investidos da autoridade religiosa no centro de qualquer visão do mundo. Este período que transcorre o filme, inicia-se o renascimento que atrita com a igreja. Um monge Franciscano e Renascentista foi designado para investigar os vários crimes que estavam ocorrendo no mosteiro, no qual, eram mortes similares, todos eram encontrados com a língua e os dedos roxos, no qual, o monge Willian de Braskerville usava da ciência para solucionar os crimes do mosteiro.

A história se passa na Itália no ano de 1327, época onde cristianismo era a crença religiosa predominante e a vida na sociedade era determinada pelos ensinamentos e pela ação da Igreja Católica. Os poucos livros cristãos que restavam eram conservados nas bibliotecas das igrejas, onde somente os monges copistas tinham acesso, no qual, eram os únicos que dominavam a escrita, e o latim. A igreja não aceitava que as pessoas ficassem contra os dogmas religiosos, pois assim a Igreja Católica diminuiria o poder sobre a sociedade, por isso era um mal rentável para a Igreja, que para punir crimes contra a Igreja houve a instauração da Santa Inquisição.

Vale ressaltar que foi através da ciência que o monge franciscano William desvendou os mistérios da Igreja, no qual, os mortos eram encontrados com a língua e os dedos roxos e, no decorrer da história, verificamos que eles desfolhavam os livros, cujas páginas estavam envenenadas, onde morreria antes que informasse o conteúdo da leitura, um dos livros proibidos, era o de Aristóteles, onde era visto como uma grande heresia pelas autoridades da Igreja, pois ameaçava a consistência da autoridade da mesma, assim como o temor constante dos fiéis.

O nome da rosa é recomendado para aqueles que cursam Direito e reconhecem a influência e o poder da Igreja Católica no contexto medieval e histórico.

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