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Resenha do filme Rosa

Por:   •  26/4/2015  •  Resenha  •  865 Palavras (4 Páginas)  •  507 Visualizações

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O Filme Rosa Luxemburgo estreou no ano de 1986 dirigido pela cineasta alemã Margarethe Von Trotta.

No filme “Rosa Luxemburgo” a narrativa é construída pela biografia de Rosa durante seu período politico e intelectual mais ativo, que vem desde suas atividades no Partido Social Democrata Polonês até seu assassinato na Alemanha. Durante todo filme a natureza humana da marxista Rosa Luxemburgo não se separa da politica revolucionária, da mulher, os conflitos políticos, dos afetivos e emotivos. Talvez, desta forma, a diretora conseguiu demonstrar o que foi essencial na vida de Rosa Luxemburgo, que durante toda sua vida procurou dar um sentido a seu propósito revolucionário, lutando contra qualquer tipo de burocracia partidária, contra análises ortodoxas do pensamento marxista da época e principalmente contra a possibilidade de fazer a revolução socialista de maneira verticalizada entre o Partido e o povo. A revolução para Rosa Luxemburgo tinha o propósito de um mundo melhor para as pessoas viverem, esta finalidade influenciou sua forma de atuação politica mostrada durante todo o filme. A ação e a experiência das lutas das massas sempre foram defendidas por ela levando a grandes discussões com os principais pensadores do SPD. Para Rosa, as massas proletárias só teriam consciência de classe através das lutas contra a monarquia alemã, a burguesia e o capitalismo. Esta conduta seria fundamental para a derrota do sistema e a construção de um socialismo democrático, que seria o único viável para ela. O Partido seria importante para a formação intelectual e grande instrumento dos proletários, mas o papel principal seria do povo. Ao chegar ao maior partido trabalhista do mundo no inicio do século vinte, Rosa teve que combater a visão do Partido Social Democrata Alemão de agente politico e intelectual condutor das massas que não estariam amadurecidas para se representar. Durante todo filme podemos ver este posicionamento socialista democrático de Rosa, principalmente em suas discussões com o intelectual marxista e dirigente da SPD, Karl. Tempos depois, Rosa critica o posicionamento de Lênin ao dissolver a Assembleia e estabelecer o Partido de Vanguarda como condutor revolucionário. Os conflitos teóricos e políticos de Rosa Luxemburgo com a Social democracia alemã eram frequentes e representava sua preocupação com o momento histórico de eliminação de uma monarquia e uma possível a revolução socialista. Desde sua chegada ao SPD, Rosa não quis apenas atuar na ala feminista do partido e estabeleceu uma posição crítica diante da condução dos lideres da Social Democracia que se preocupavam mais com a formação de alianças com setores burgueses da indústria alemã. Esta posição dos lideres do SPD estava presa em uma leitura ortodoxa da obra de Marx, feita por um grupo marxista do período conhecido como “revisionistas” que atuavam no Partido e faziam parte de sua liderança como Karl Liebknecht e Bernstein. Esta visão revisionista estava baseada nas etapas “mecânicas” que levariam ao socialismo, sendo fundamental o desenvolvimento econômico capitalista da Alemanha para criar condições de crise que levariam ao fim daquele sistema a sociedade socialista. Desta forma, a aliança com a burguesia era fundamental e o capitalismo cairia por si só. A posição da social democracia seria fazer reformas que diminuíssem a opressão do

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