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Resenha Crítica Sobre O Documentário:

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Por:   •  28/4/2013  •  2.209 Palavras (9 Páginas)  •  4.010 Visualizações

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Resenha Crítica sobre o Documentário:

História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil

O documentário produzido pelo MEC em 2011 vem relatar a história do movimento político das pessoas com deficiência no Brasil que teve início no fim da década de 70.

A partir de 1979 começou a aparecer os movimentos das pessoas com deficiência, que até então eram invisíveis perante a sociedade, como se não existissem, as pessoas com deficiência viviam muito institucionalizadas e muitas reservadas ao âmbito familiar, eram considerados merecedores de caridade e não de cidadania, de direitos. Mas e hoje? Será que essa situação mudou? Atualmente muitos já estão inclusos na sociedade, não como deveriam, mas continuam invisíveis em algumas situações, por exemplo: se necessitarem de ajuda em algum lugar público será difícil achar alguém que se prontifique a ajuda-los, ou seja, em alguns casos ainda continuam como se não estivessem presente.

A partir desse movimento elas começaram a lutar e a falar por si mesmos, e a querer seus direitos, pois por muito tempo elas conviveram com as histórias narradas por pessoas como elas que vieram antes, de como era antes e tentavam passar isso para os mais novos.

Em 1854 foi criado o Instituto Benjamin Constant, e a partir dele as pessoas com deficiência visual começaram a ser incluídas na sociedade, na educação, começaram a ter uma formação formal, adquiriram o direito aos estudos.

Em 1856 foi criado o Instituto Nacional de Educação dos Surdos, antes dele não havia nada relacionado à educação dos surdos no Brasil, a sociedade via o surdo como doente, deficiente, incapaz de aprender e desenvolver.

As pessoas com deficiência eram retiradas da sociedade e colocadas em instituições porque a sociedade não sabia lidar com elas. E hoje sabem? Elas estão incluídas na sociedade, mas isso não quer dizer que a sociedade saiba lidar com elas hoje em dia, elas estão presentes na sociedade devido a um direito que adquiriram e a sociedade aceita porque a lei tem que ser respeitada, mas não quer dizer que a sociedade saiba lidar com elas.

Em 1932 foi criada Instituição Pestalozzi e em 1954 começaram a surgir as APAE’S, instituições responsáveis por lidar com as pessoas com deficiência intelectual.

A 1ª Pestalozzi foi fundada por uma mulher, que conhecia e buscava discutir sempre sobre as pessoas com deficiência e seus trabalhos na sociedade, ministrava cursos e tirava as dúvidas das pessoas que tinham interesse nessa área, a partir daí começaram a surgir outras Pestalozzi.

A 1ª APAE foi fundada a partir de um modelo dos Estados Unidos com o apoio de pais e amigos das associações dos Estados Unidos. Foi fundada porque o Estado não tinha responsabilidade acerca das pessoas com deficiência intelectual.

Em 1950 houve o surto de poli e começaram a surgir as instituições de reabilitação, que trabalhavam com as pessoas vítimas desse surto e também que possuíam outras deficiências.

1970 – Organizações “DE” e “PARA” pessoas com deficiência. As organizações para deficientes é as que trabalham a reabilitação, a organização de deficientes é onde eles trabalham por eles mesmos.

Em 1979 surgiu a Coalizão Pró-Federação Nacional de Entidades de Pessoas Deficientes, veio com o objetivo de organizar o movimento a nível nacional.

Em 1980 houve o I Encontro Nacional de Entidades de Pessoas Deficientes em Brasília. A partir desse encontro foi possível perceber que todos os estados lutavam pelos mesmos ideais, mas que pela falta de comunicação da época, eles não se uniam e não sabiam as reivindicações uns dos outros. (Cadeirantes queriam rampas, Cegos queriam o Braille e os Surdos queriam a língua de sinais).

1981 – O ano internacional das pessoas deficientes. Foi a ONU que em 1976 decretou que em 1981 seria o ano internacional das pessoas deficientes, e foi ela que introduziu a palavra pessoa ao termo deficiente.

Em 1980 por recomendação da ONU o governo brasileiro criou a Comissão Nacional do Ano Internacional das Pessoas Deficientes.

O ano de 1981, sendo o ano internacional das pessoas deficiente foi considerado um marco, porque a sociedade foi chamada a prestar atenção nas pessoas com deficiência. Mas depois disso a sociedade ainda presta atenção nessas pessoas? Tudo que ocorre de forma grandiosa e que a mídia dá destaque realmente chama a atenção de todos, mas infelizmente depois de um certo tempo acaba por cair no esquecimento.

Em 1981 houve também o I Congresso Brasileiro de Pessoas Deficientes e II Encontro Nacional de Entidades de Pessoas Deficientes em Recife. Foi também um marco na história do movimento, pois os organizadores mesmo com poucos recursos conseguiram organizar um grande encontro, numa época em que a palavra acessibilidade não existia. Nesse encontro começaram a questionar e lutar pelo que cada tipo de deficiente queria e por espaços específicos para cada um. Atualmente a palavra acessibilidade já está presente na sociedade, mas não existe como deveria, falta muito para que haja total acessibilidade dentro da sociedade para todos os deficientes, independente de qual seja sua deficiência, há acessibilidade em alguns lugares que foram feitas erroneamente, como por exemplo, uma calçada com sinalização (relevo) para deficientes visuais que acaba numa parede. Realmente há muito que se estudar sobre o assunto.

1983 – III Encontro Nacional de Entidades de Pessoas Deficientes em São Bernardo do Campo, a partir desse encontro houve uma dissolução do movimento, porque havia muitas diferenças em relação às pessoas deficientes de todas as categorias, pois todos julgavam sua deficiência sendo a mais importante, a mais necessitada do que as outras. Começaram a questionar quem seria o líder do poder, esquecendo-se que o que se buscava não era o poder, mas sim o direito das pessoas deficientes. Lutar e defender o SUS no atendimento as pessoas deficientes.

Em 1983 surge o AMA – Associação dos Amigos dos Autistas de São Paulo, nessa época até então não se sabia o que era autismo e nem havia instituições voltadas para eles.

1987/88 – Assembleia Nacional Constituinte – em 1986 começaram a discutir a Constituição Federal. Abriu-se uma brecha nessas discussões e a população podia participar mandando sugestões, a partir disso as comissões de pessoas deficientes passaram a participar das reuniões e a levar suas reivindicações e reclamações, os surdos não participavam porque não havia intérpretes e perdiam muito com isso, pois não eram ouvidos, muitas vezes estavam presente mas não sabiam o que estava acontecendo,

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