Resenha De Peter Drucker

Peter Drucker: Uma jornada intelectual é um documentário produzido e escrito por Kem Witty, licenciado pela Eastern Education Television Network, INC., que nos leva a conhecer a vida de Peter Ferdinand Drucker, e entender por que ele é considerado o pai da administração moderna. Nos mostra como um imigrante europeu, um intelectual tornou-se guru de Gestão Corporativa na América.

O filme trás depoimentos de grandes executivos como A.G. Laughlev CEO da Procter & Gamble, Jack Welch (que por 20 anos liderou a General Eletric) além de depoimentos do próprio Drucker, contando histórias sobre sua carreira. Mostra a sua carreira sem igual cobrindo o século XX e XXI, através de depoimentos nos leva a ver como foi a vida de Drucker em Viena. Como ele absorveu uma formação inigualável não apenas em termos de conhecimento, mais também com as relações que seus pais tinham com importantes políticos, intelectuais, músicos e cientistas.

A narrativa do filme se inicia com depoimentos de algumas pessoas que conviveram com Drucker, falando que as pessoas o consideram um guru. Mostra o inicio vida de Drucker que começa antes da 1ª Guerra Mundial. Peter Ferdinand Drucker nasceu em Viena , em 1909, quando a cidade era ainda o coração cosmopolita do Império Austro-Húngaro. Era comum na época que se tivesse uma ampla educação em arte, historia, filosofia e se falasse entre 5 e 10 idiomas. O pai de Drucker foi um alto funcionário publico do governo austro-húngaro e sua mãe era uma mulher altamente educada, com formação especial em matérias médicas. A 1ª Guerra Mundial trouxe consequências econômicas e politicas deixando Viena empobrecida. Drucker cresceu consciente da sociedade a sua volta se sentia muito infeliz e odiava a Viena dos anos 20 em que cresceu e escapou assim que pode. Aos 18 anos deixou Viena e partiu para a Alemanha para trabalhar como escriturário de uma empresa de comércio em Hamburgo. Um ano depois, mudou-se para Frankfurt, onde foi para a Universidade e conseguiu um emprego como jornalista, em um dos maiores jornais diário da cidade.

Como jornalista ele vivenciou e cobriu a queda da democracia alemã e a ascensão dos nazistas. Durante anos convivendo com a emergência de Hitler na Alemanha, como um jornalista ativo Drucker disse que foi um dos primeiros a perceber Hitler como um perigo real. O que o fez, perceber Hitler como um perigo real foi ver que ele realmente queria dizer cada palavra que estava contida em “Mein Kampf” livro escrito pelo próprio Hitler. Um dos principais pontos para Drucker era que o poder centralizado, seria uma ameaça. Ele enxergou muito cedo o perigo desse tipo de tirania e reconheceu que ali não era um lugar onde poderia viver. Em 1933, logo depois de Hitler ter se tornado Chanceler da Alemanha, Drucker fugiu para Londres. Lá ele encontrou um trabalho como analista de ações num banco privado, sob a orientação de um homem que ele classifica como um dos seus três chefes durões.

Em Londres ele reencontrou Doris Schimdt, sua esposa a mais de 65 anos. Eles tinham estudados juntos em Frankfurt, imediatamente logo após seu casamento em 1937 partiram para os Estados Unidos, para trabalhar escrevendo matérias especiais para um grupo de jornais ingleses e viajar por todo o país. Em 1939 Drucker publicou seu primeiro livro: “The End of Economic Man”. Era uma análise da ascensão do totalitarismo fascista. O livro foi elogiado por muitos críticos, inclusive Winston Churchill no London Times.

No inicio da década de 40 Drucker iniciou a carreira de professor no Bennington College de Vermont. Ele ensinava ciências politicas e filosofia. Em 1942 ele publicou seu segundo livro “O Futuro do Homem Industrial”, neste livro ele descreve a corporação industrial como uma forma de organização social que oferece a possibilidade de solidariedade e cooperação entre operários. Ele escreveu sobre fabricas, sobre comunidade industrial, sobre grandes negócios sem nunca ter entrado em uma instituição destas.

Ele recebeu um convite da GM (General Motors) para fazer um estudo interno de como a GM operava. Foi quando Peter deu um passo atrás e olhou a General Motors, que foi a primeira organização que ele estudou, começou ver que, na organização industrial moderna, havia trabalho: gestão que era o trabalho de fazer com que esse todo operasse de maneira eficaz. A narrativa do filme indica que essa foi a primeira vez que alguém deu esse passo atrás e disse: Como é que pensamos nisso como um todo? E quais são as responsabilidades, quais são as tarefas importantes, qual é o verdadeiro trabalho de fazer essas pessoas trabalharem juntas de forma produtiva?

A partir de sua experiência, na General Motors, Drucker publicou um livro inovador: “O Conceito da Corporação”. Segundo Drucker, uma das principais conclusões deste livro que maior impacto, foi importância da descentralização, que se tornou o princípio organizador da grande corporação por mais de 40 anos. E outra conclusão foi necessidade de desenvolvimento sistemático de executivos. Drucker relata que, escolas de administração de empresas e programa de gestão derivaram deste livro. Drucker continua a falar do impacto do livro “O Conceito da Corporação”, que pela primeira vez, alguém tinha estudado, analisado e descrito os negócios como uma atividade organizada e não apenas uma atividade de comprar barato e vender caro. O conceito de corporação foi um sucesso e Drucker abriu seu escritório de consultoria que atendia as maiores corporações do país.

Nas décadas de 50 e 60, quando a indústria americana dominava o mundo, a General Eletric, IBM, Citibank e muitas outras empresas, recorreram a Peter Drucker. Ele diz que o trabalho de consultoria era o laboratório dele, era a onde ele fazia o seu aprendizado e que escrever ere sua profissão. Baseado em sua vasta experiência como consultor Drucker publicou em 1954 o seu livro mais famoso: “A Pratica da Gestão”, segundo Drucker ele escreveu este livro, porque não existiam livros sobre Gestão.

O filme relata que, apesar dos administradores americanos lerem os livros de Drucker, e muitos aplicarem seus ensinamentos, ele foi realmente aceito de coração pelos

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