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Resenha Do Documentário Ser E Ter

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Por:   •  1/5/2014  •  862 Palavras (4 Páginas)  •  241 Visualizações

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Filme documentário mostra a educação baseada em ter um professor e ser um profissional

Uma van desliza sob a neve em uma cidade pacata e rural no interior da França. A cada parada, uma criança entra, cumprimenta o motorista, se despede de sua mãe e observa pela janela o caminho que a levará a mais um dia de aula em uma escola pouco tradicional. Assim começa o filme documentário Ser e ter, que foi um dos selecionados oficiais do festival de Cannes de 2004 e recebeu cerca de 1,8 milhões de pessoas na estréia na França em 2002.

O filme se passa na pequena comunidade de Aubergne em uma escola bem distinta da realidade da educação brasileira. Existe apenas um professor e uma sala de aula com 12 crianças que tem de 4 a 10 anos. Ser e ter mostra um ensino individualizado no qual os estudantes TÊM um professor dedicado e paciente que os conduz da infância à adolescência e SÃO estimulados a pensar em suas profissões e no trabalho em grupo.

O método de aprendizado da escola mostra características de um modelo tradicional e ao mesmo tempo tentativas de um ensino próximo à metodologia do Ensino Baseado em Problemas (do inglês PBL - Problem-based Learning), em que os estudantes são o centro do aprendizado e juntos, de forma colaborativa, entendem o conhecimento e refletem sobre suas experiências.

Como a turma dessa escola no interior da França tem alunos desde o infantil até o final da escola primária, as crianças maiores ajudam as crianças menores e de fato aprendem em colaboração, compartilhando informações e tendo respeito mútuo, como ocorre no PBL. Entretanto, nessa escola o professor é ainda o grande elo para que o sistema dê certo, algo contrário ao PBL, em que o instrutor não providencia o conhecimento e sim guia ao conhecimento. Um exemplo disso ocorre no início do filme quando as crianças tentam escrever a palavra mãe e o professor faz o processo de alfabetização corrigindo uma a uma cada letra das crianças, fornecendo todas as informações de que precisam. "Você deve subir mais a perninha aqui para ficar igual ao meu", diz ele.

O professor de Aubergne mescla a figura de um educador e um pai e ensina até para um de seus alunos menores, Jojo, como lavar as mãos. A sua relação com os estudantes transcende a educação formal, como fica claro em uma de suas conversas com Nathalie, quando ele explica que, mesmo quando ela mudar de escola para cursar o ensino médio, eles ainda poderão continuar se vendo aos sábados para compartilhar as novidades. Essa abertura do professor é muito importante para Nathalie, já que ele foi a única pessoa com quem ela conseguiu se abrir e conversar com menos timidez.

Por outro lado, uma característica muito forte da escola é o incentivo ao trabalho, aproximando os alunos da realidade das profissões e da comunidade que os cerca, um dos pilares do PBL. O professor em todos os momentos usa a palavra trabalhar ao invés de estudar e parece preparar os alunos para o trabalho no campo, já que a comunidade é baseada na economia rural. Ele ensina a coletividade, faz perguntas sobre gado e permite que as crianças brinquem sob a chuva e a neve. Em uma das cenas do documentário, as crianças conversam com o professor sobre a profissão que querem ter quando crescer, uma aluna quer ser professora, outra veterinária, outro

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