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Resenha Do Livro O Que é Realidade

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Por:   •  17/9/2014  •  557 Palavras (3 Páginas)  •  2.227 Visualizações

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João – Francisco Duarte Júnior, Livro "O que é Realidade", Coleção primeiros passos – 115, Editora brasiliense 10ª edição, 1994, 4ª reimpressão, 2000.

"Quem compreende que o mundo e a verdade sobre o mundo são radicalmente humanos, está preparado para conceber que não existe um mundo-em-si, mas muitos mundos humanos, de acordo com as atitudes ou pontos de vista do sujeito existente".

(W. Luijpen)

O texto trata da relação entre o real e o irreal, mostra que a realidade é como o mundo é, ou seja, é um conceito extremamente complexo, que merece reflexões filosóficas aprofundadas.

A expressão utilizada pelo autor "cai na real", é uma expressão usada diariamente na linguagem coloquial "é uma gíria brasileira" onde o ser humano vive em sonhos de ilusão e precisa voltar a realidade.

O autor analisa cuidadosamente o sentido da vida humana, vida que, dotada de uma consciência reflexiva, construiu seus conceitos de realidade, a partir dos quais se exerce no mundo e se multiplica, alterando a cada momento a face do planeta.

Enfatiza que o homem não é um ser passivo, que apenas grava aquilo que se apresenta aos seus sentidos. Pelo contrário: o homem é o construtor do mundo, o edificador da realidade.

No Principio era a Palavra - É uma frase que está contida no texto bíblico do Apóstolo João. O autor faz essa referência para esclarecer que é pela palavra que se faz o mundo, ou isto que chamamos de mundo. A palavra é que nomeia tudo o que existe e se constrói em universo simbólico, impondo-lhes significados, o homem tem consciência de sua existência.

Pela palavra o homem criou também o tempo, ou a consciência dele. Posso pensar no meu passado, e não só no meu passado, mas no de toda a espécie humana: com a palavra encontro e crio significações para aquilo que vivi ontem, anteontem, ou para aquilo que outros homens viveram três séculos atrás.

O ser humano move-se, então, num mundo essencialmente simbólico, sendo os símbolos lingüísticos os preponderantes e básicos na edificação deste mundo, na construção da realidade. Como afirmou o filosofo Ludwig Wittgenstein, "os limites de minha linguagem denotam os limites de meu mundo". Ou seja: o mundo, para mim, circunscreve-se àquilo que pode ser captado por minha consciência, e minha consciência apreende as "coisas" através da linguagem que emprego e que ordena a minha realidade.

Edificações da Realidade - Ocorre a partir da linguagem do dia – dia, é socialmente edificada, a comunidade humana produz o conhecimento que necessita distribuindo-o e entendendo o eu, seu sentido teórico e prático.

A interpretação da realidade cotidiana fundamenta-se em propósitos práticos, propósitos que, em última análise, têm a ver com a nossa sobrevivência.

A realidade, socialmente edificada através da institucionalização, por este jogo dialético da reificação apresenta-se então aos homens como um dado objetivo e coercitivo, que lhes determina a consciência.

É preciso que se entenda claramente esta dialética que perfaz o mundo social humano, em suas três fases distintas, a fim de que não se fique com uma visão simplificada e mecanicista do processo. Ao refletirmos sobre como a realidade é edificada estamos construindo

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