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Resenha Sobre O Livro Caso Escola Base

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Por:   •  28/8/2014  •  587 Palavras (3 Páginas)  •  956 Visualizações

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No ano de 1994 as mães de duas crianças identificadas como Carla e Fabio foram registrar uma queixa contra os diretores da Escola de Educação Infantil Base. As crianças estudavam nessa escola e tinham 4 anos na época. As mães das duas crianças alegavam que os donos da escola, Icushiro e Aparecida, e também Maurício e Paula estavam abusando sexualmente de seus filhos durante o horário de suas aulas. De acordo com relatos pouco esclarecedores das crianças, as mães tiraram conclusões de que elas eram encaminhadas a casa de Ronaldo, um coleguinha da escola e da mesma idade, que é filho de Saulo e Mara. Concluíram ainda que Mauricio os levava em uma Kombi.

As duas crianças foram levadas ao IML para que fizessem exames e houvesse esclarecimento, enquanto o delegado Antonino Primante após conseguir um mandato de busca e apreensão revistou a casa de Ronaldo. Porém, nada de relevante foi encontrado. A escola foi revistada e também não encontraram nada que servisse como prova. A imprensa rapidamente ficou sabendo do caso e para piorar a situação a mãe de Carla, Cléa, procurou a rede globo. Logo o Jornal Nacional noticiou o caso. O caso não era comprovado, mas como o Jornal Nacional (que é um jornal de peso) já havia noticiado o acontecido os outros meios de comunicação acabaram por também divulgar a denuncia. As pessoas se revoltaram com as denuncias e depredaram a escola Base. Os dias foram passando e ainda mais denuncias foram aparecendo. Os jornais começaram a noticias que as crianças poderiam ter sido drogadas, que poderiam ter contraído HIV e todo tipo de absurdos. A revolta da população foi aumentando e dessa vez não só a escola como também a casa de Mauricio e Paula foram saqueadas.

Apesar da complicada situação, Icushiro, Paula e Cida optaram por dar seus depoimentos a imprensa. Apesar disso, já era tarde quando notaram o erro pois o delegado já tinha ganhado bastante credibilidade e tomavam como certo qualquer coisa que ele falasse. Com isso ele decretou a prisão preventiva de todos os suspeitos, mesmo não tendo autorização para tal. A advogada do casal Saulo e Mara teve acesso ao resultado do IML, que constava como inconclusivo. Primante terminou por ser afastado do caso que então foi liderado por Jorge Carrasco e Gérson de Carvalho. As investigações voltaram e a partir do surgimento de uma denuncia anônima a casa de um homem americano chamado Richard Pecini foi invadida e ele foi preso por pedofilia mesmo sem provas conclusivas. Supuseram que Richard seria o “gringo” que cedia sua mansão para fazer os vídeos com as crianças da escola Base e também outras de várias idades. Sem apurar direito as informações a imprensa foi logo acusando Pecini e o colocando como o vilão da história. Apesar disso nada foi provado e o americano foi solto, tendo absolvição. Consequentemente os outros seus acusados foram inocentados também e o caso da escola base foi arquivado. Os acusados apesar de ter sido legalmente absolvidos nunca mais tiveram paz em suas vidas.

O caso da escola base mostra com clareza as grandes falhas que haviam no jornalismo daquela época. Não foram poucos os jornalistas que cometeram grandes erros, chegando até a ser antiético. Foi possível notar como é importante a boa apuração das informações recebidas antes de serem divulgadas pois podem acabar com a vida de pessoas inocentes, como foi o ocorrido. A maioria dos jornais não

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