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Resumo De Maturana

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Por:   •  8/12/2013  •  1.212 Palavras (5 Páginas)  •  493 Visualizações

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Pra que serve a educação?

Não se pode refletir sobre a educação sem antes, ou simultaneamente, refletir sobre essa coisa tão fundamental no viver cotidiano que é o projeto de país no qual estão inseridas nossas reflexões sobre a educação. Talvez nossa grande tragédia anual é que não temos um projeto de país.

Hoje, os estudantes se encontram no dilema de escolher entre o que deles se pede, que é preparar-se para competir no mercado profissional, e o ímpeto de sua empatia social, que os leva a desejar mudar uma ordem político-cultural geradora de excessivas desigualdades, que trazem pobreza e sofrimento material e espiritual.

A diferença que existe entre prepara-se para devolver ao país o que se recebeu dele, trabalhando para acabar com a pobreza, e prepara-se para competir no mercado de trabalho é enorme. No momento em que uma pessoa se torna estudante para entrar na competição profissional, ela faz de sua vida estudantil um processo de preparação para participar num âmbito de interações que se define pela negação do outro, sob o eufemismo: mercado da livre e sadia competição. A competição não é nem pode ser sadia, porque se constitui na negação do outro.

Racionalidade e emoção

As emoções não são o que correntemente chamamos de sentimento. Do ponto de vista biológico, o que conotamos quando falamos de emoções são disposições corporais dinâmicas que definem os diferentes domínios de ação em que nos movemos.

Todo sistema racional se constitui no operar com premissas previamente aceitas, a partir de uma certa emoção.

Biologicamente, as emoções são disposições corporais que determinam ou especificam domínios de ações.

O humano se constitui no entrelaçamento do emocional com o racional.

A origem do humano: a linguagem

O peculiar do humano não esta na manipulação, mas na linguagem e no seu entrelaçamento com o emocionar. Dizemos que a linguagem é um sistema simbólico de comunicação.

A linguagem está relacionada com coordenações de ação, mas não com qualquer coordenação de ação, apenas com coordenação de ações consensuais. Mais ainda, a linguagem é um operar em coordenações consensuais de coordenações consensuais de ações.

Evolução e Competição

A evolução é um processo conservador. Quando falamos dos seres vivos, da sua diversidade, e pensamos na explicação evolutiva, para a biologia moderna, a espécie aparece definida como uma configuração genética, que se conserva através da historia reprodutiva de uma população ou de um sistema de populações, e a evolução como a mudança na configuração genética conservada em tal população ou sistema de populações.

O fenômeno de competição que se da no âmbito cultural humano, e que implica a contradição e a negação do outro, não se dá no âmbito biológico.

A história evolutiva dos seres vivos não envolve competição. Por isso, a competição não tem participação na evolução do humano. O que participa na evolução do humano é a conservação de um fenótipo ontogênico ou modo de vida, no qual o linguajar pode surgir como uma variação circunstancial à sua realização cotidiana, que não requer nada especial.

As emoções

Quando falamos de emoções, fazemos referencia ao domínio de ações em que um animal se move. Não é a razão o que nos leva a ação, mas a emoção.

O fundamento emocional do social

A emoção fundamental que torna possível a historia da hominização é o amor. O amor é constitutivo da vida humana, mas não é nada especial. O amor é o fundamento do social, mas nem toda convivência é social. O amor é a emoção que constitui o domínio de condutas em que se dá a operacionalidade da aceitação do outro como legítimo, outro na convivência, e é esse modo de convivência que conotamos quando falamos do social.

O amor é a emoção central na história evolutiva humana desde o início, e toda ela se dá como uma história em que a conservação de um modo de vida no qual o amor, a aceitação do outro como um legítimo outro na convivência, é uma condição necessária para o desenvolvimento físico, comportamental, psíquico, social e espiritual normal da criança, assim como para a conservação da saúde física, comportamental, psíquica, social e espiritual do adulto.

A biologia da educação

A linguagem como fenômeno, como um operar do observador, não ocorre

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