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Resumo Do Texto A Imagem Da Cidade Turística: Promoção De Paisagens E De Identidades Culturais- Maria Da Glória Lanci Da Silva

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Por:   •  26/7/2014  •  1.130 Palavras (5 Páginas)  •  737 Visualizações

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Resumo do texto A imagem da cidade turística: promoção de paisagens e de identidades culturais- Maria da Glória Lanci da Silva

Por Carla Freire-Turismo-UFPB

Representação e imagem da cidade

Para entender a cidade como representação, geralmente analisamos as imagens que ela evoca, seja através de suportes como a fotografia, a literatura ou o documento histórico. No entanto, estas são imagens subjetivas do objeto real, a cidade, quase sempre parciais e reduzidas e que podem não representar integralmente a realidade objetiva daquele lugar. Não obstante, a observação destes registros visuais ou descritivos da cidade provém de uma percepção instantânea da realidade, o que vale também para as representações artísticas. Representar a cidade é uma forma de conhecer e entender o seu funcionamento, a vida urbana e a história das suas gentes. Se, por um lado, as representações constituem um vasto e rico material de estudo, elas podem ao mesmo tempo, ser um campo bastante traiçoeiro para a sua análise concreta e verdadeira. Para Kevin Lynch, “a imagem é formada pelo conjunto de sensações experimentadas ao observar e viver em determinado ambiente e o resultado de um processo bilateral entre o observador e o ambiente. Assim, é óbvio que, a imagem de uma determinada realidade pode variar significativamente entre diferentes observadores”. Quando o lugar é turístico, a paisagem é um fator de atração e por isso a sua percepção mais aguçada. O turista é sensível ás representações e foca a sua atenção no aspecto visual e no pitoresco dos lugares, captando no olhar a beleza da paisagem, a harmonia de cores e formas e em tudo que aciona os sentidos. O mercado atua como elo entre o lugar imaginado e o lugar real, utilizando-se dessas representações.

A mercantilização da imagem da cidade

Nas cidades atuais, os lugares com significado cultural atuam como elementos no desenvolvimento econômico. Assim, os lugares com grande apelo turístico, devem manter as suas qualidades visuais. A “cultura” é um atrativo para o turismo, daí o interesse dos empreendedores privados em dar apoio ás ações de preservação do patrimônio, e em contrapartida receberem do poder público, financiamentos para novos negócios que dinamizam a atividade turística e atraem novos visitantes. Alguns exemplos no Brasil mostram que esta parceria público-privada é útil na recuperação parcial da cidade, em especial nos centros históricos das cidades. No entanto, existem criticas a estas iniciativas, argumentando uma descaracterização e maquiagem destes espaços. Por vezes, estes processos implicam em uma camuflagem e remoção de objetos ou comunidades indesejadas e inventam ou enfatizam lugares totalmente artificiais sem nenhuma relação com a história e cultura locais. A espectacularização de uma cidade tende a mascarar a sua realidade, desviando a atenção das pessoas dos problemas reais e sociais daquele lugar. Para Guy Debord, a espectacularização “é uma conseqüência natural em uma sociedade que valoriza cada vez mais as aparências em detrimento do ser”. A espectacularização das cidades pode assim ser entendida como um mero resultado de mudanças sociais e culturais, que obviamente, compactuam com interesses econômicos que sustentam a produção real das cidades idealizadas e muitas vezes com o mercado turístico.

Cenografia, autenticidade e identidade cultural

A transformação de espaços ou territórios é realizada freqüentemente, para satisfazer os desejos dos turistas, assim, o mercado categorizou os diferentes tipos de atrativos e atividades turísticas, atribuindo os lugares de acordo com essa classificação. Uma das criticas a essa cenografia dos lugares é que essa reprodução de cenários, não tem ligação com a cultura, identidade, história ou até com a paisagem original dos lugares, originando aquilo que alguns autores chamam de produção de não-lugares ou de falsos ligares, que simulam o real, tornando-os artificiais e sem identidade. A criação destes espaços é reforçada pela mídia, para satisfazer um turismo de consumo, que valoriza a ficção e a dramaturgia, o espetáculo em detrimento da autenticidade do lugar. O turista, muitas vezes, está consciente que o produto turístico é fictício, mas para ele, trata-se de uma experiência

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