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Resumo Do Texto Sinais, Raízes De Um Paradigma Indiciário.

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Por:   •  8/6/2013  •  824 Palavras (4 Páginas)  •  2.882 Visualizações

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SINAIS, RAÍZES DE UM PARADIGMA INDICIÁRIO

DE CARLO GINZBURG

Ginszburg inicia o ensaio dizendo que por volta do final do século XIX, um paradigma começa a emergir no mundo das Ciências Humanas, e que o mesmo possa ajudar a diminuir as lacunas entre o “racional” e o “irracional”.

Para demonstrar este novo paradigma, Ginzburg, relata o método adotado por um italiano de nome Gionanni Morelli, para analisar a autenticidade de quadros, os museus de sua época estavam cheios de obras atribuídas de maneira incorreta, Morelli, cria um método em que se baseia não nas principais características dos pintores, inclusive citando o sorriso dos de Leonardo, e o céu de paisagens de Perugino, mas sim nos pormenores mais negligenciáveis, menos influenciados pelas características da escola a que o pintor pertencia: o lóbulo das orelhas, as unhas, as formas de dedos das mãos e dos pés.

Castelnuovo faz uma aproximação do método indiciário (relativo aos indícios) de Morelli a Sherlock Homes personagem famoso de Arthur Conan Doyle, comparando o conhecedor de arte com o detetive que descobre o autor de crimes, tendo como base indícios imperceptíveis para a maioria.

Nas páginas de Wind, “a psicologia moderna estaria certamente ao lado de Morelli. Os nossos pequenos gestos inconscientes, revelam o nosso caráter...” entendo aí “nossos pequenos gestos inconscientes”e a genérica expressão “psicologia moderna”, podem ser substituídas pelo nome Freud.

Cita uma passagem de Freud em seu ensaio O Moisés de Michelangelo (1914). Durante o seu relato demonstra conhecimento sobre a existência de Morelli e de seu método de averiguação de autenticidade de obras de arte, inclusive citando o seu codinome anterior Ivan Lermolieff, chegando em seu comentário a dizer que o método indiciário de Morelli esta estreitamente ligado à técnica de psicanálise, pois também ela tem o hábito de penetrar em coisas concretas e ocultas através elementos pouco notados ou desapercebidos, dos detritos ou “refugos” de nossa observação. Fica assim de certa forma explícita a considerável influencia intelectual que Morelli exerceu sobre ele.

Freud, Morelli e Conan Doyle tinham como formação a medicina, portanto entrevê-se nos três casos, o modelo de semiótica médica: disciplina que permite diagnosticar doenças inacessíveis a observação direta na base de sintomas artificiais, às vezes irrelevantes aos olhos do leigo. Nos três casos, pistas talvez infinitesimais permitem captar uma realidade mais profunda, de outra forma inatingível. Pistas: mais precisamente, sintomas (Freud), indícios (Sherlock Holmes), signos pictóricos (Morelli).

A década de 70-80 do século XIX é exatamente o período que começa afirmar-se nas Ciências Humanas um Paradigma Indiciário, baseado exatamente na Semiótica (semiótica médica: disciplina que permite diagnosticar as doenças inacessíveis à observação direta na base de sintomas superficiais, às vezes irrelevantes aos olhos do leigo).

A segunda parte do ensaio tratará de como essas ideias são antigas, e vai até os homens mais afastados na história, os primeiros caçadores, que aprenderam a reconstituir as formas e os movimentos das presas através de pistas infinitesimais,

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