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Resumo texto socilogia

Por:   •  30/3/2015  •  Relatório de pesquisa  •  699 Palavras (3 Páginas)  •  781 Visualizações

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  • Resumo Texto 4

Na década de 90, a Toyota já possuía uma montadora na região de Campinas – SP e planejou a instalação da sua segunda montadora em Indaiatuba, também no estado Paulista.  Para essa implantação, a gigante japonesa desenvolveu uma estratégia de ação na comunidade, contando com o apoio da mídia, do Estado e do Programa de Seleção e Integração do Coletivo de trabalho, criando uma imagem de que a fábrica seria um sonho e uma grande oportunidade de realizações na vida de milhares de trabalhadores, haja vista que naquela época a força de trabalho passava por momento delicado.

Para a contratação dos funcionários, a empresa exigia um perfil de trabalhador “pau mandado”, ou seja, que seja jovem, sem experiência e sem conhecimento dos seus benefícios e direitos, sem envolvimento sindicais, que possuíssem muito vigor físico pra aguentar longas jornadas de trabalho cansativas mas com vontade de seguir carreira numa empresa multinacional.

A Toyota reprimia ao máximo qualquer tipo de posição favorável ao sindicato, entretanto, não contavam com a revolta dos seus funcionários devido aos salários menores em relação as demais montadoras do grupo para os mesmo trabalhadores mas de outra filial, além da participação no plano de lucros e resultados (PLR) ter valores diferentes para os funcionários de São Bernardo e os de Indaiatuba. Essa atitude da empresa diante dos salários e das bonificações provoca um desencantamento nos trabalhadores.

Apesar da empresa defender que todo mundo é igual, os trabalhadores perceberam que não era bem assim, existindo muita diferenciação como dois restaurantes, um para colaboradores e outro para a direção, uns trabalhavam fardados e outros não e isso ajudou a culminar em um clima proprício à greve e fazer ruir a imagem da Toyota como um sonho a ser alcançado.

Em outubro de 1999, liderados pelo sindicato, os operários da realizam a primeira paralisação das atividades produtivas por um dia e em novembro acabam por iniciar primeira greve na Toyota após a sua instalação no Brasil. Mais de 280 funcionários entraram em greve e pararam a linha de produção, deixando de montar mais de 38 veículos e provocando um prejuízo de 280 mil reais por mês.

Os trabalhadores fizeram uma pauta de reivindicações que constava além do reajuste salarial, a diminuição da jornada de trabalho, maior participação nos lucros (PLR), melhorias, vale transporte, e outras coisas mais. Porém, a Toyota fez uma proposta que atendia apenas a uma das reivindicações, oferecendo um ajuste salarial que foi prontamente negado, mas depois de uma semana o sindicato escolhe por dar uma trégua na greve e voltar ao trabalho.

Após 18 meses de funcionamento, os trabalhos físico e intelectual deixaram todos esgotados e a empresa pedia sugestões mas nada melhorava. Pra piorar, o ritmo de produção no começo era dia 18 carros e a empresa resolve aumentar o ritmo chegando a marca de 42 carros por dia, o que fazia com que os funcionários vivessem em função do trabalho, passando a consumi-lo de forma intensa, passando a fábrica a assumir o centro da vida dele, deslocando a família, o lazer, os amigos e as perspectivas do futuro.

Tudo isso refletiu numa maior aproximação dos trabalhadores com o sindicato, onde voltaram a acontecer novas paralisações e a Toyota agia diversas formas pra evitar a propagação dessa ideia, tentando coibir o movimento, chegando ao ponto de repremir as famílias dos grevistas. Por sua vez, a empresa japonesa aproveitou para detectar “gargalos” no seu sistema de produção e acaba por demitir ou remanejar vários funcionários rebeldes de setores que podiam parar a fábrica.

A greve não obteve o sucesso desejado mas conseguiu a redução da jornada de trabalho em duas horas, passando para 42 horas semanais. Além disso, deu visibilidade a esse outro perfil da Toyota, revelada nas discussões com o sindicato sobre questões concretas enfrentadas no cotidiano do trabalho.

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