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Serviço Social

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Por:   •  24/9/2013  •  2.864 Palavras (12 Páginas)  •  235 Visualizações

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ANTROPOLOGIA APLICADA AO SERVIÇO SOCIAL

Belo Horizonte

2012

SUMÁRIO:

Introdução......................................................................................................... 2

Quarto de despejo, diário de uma favelada...................................................... 3

Serviço Social e pobreza.................................................................................. 4

O Serviço Social nas ONGs no campo da saúde............................................. 6

A trajetória histórica das ONGS no Brasil: de coadjuvante a ator principal..... 7

Um museu de grandes novidades: as ONGs no campo da saúde.................. 7

A pesquisa enquanto estratégia: relatando a experiência................................ 8

A máquina e a revolta: as organizações populares e o significado da pobreza............................................................................................................ 9

Conclusão........................................................................................................12

Referências Bibliográficas...............................................................................13

INTRODUÇÃO:

Nesta ATPS vamos tratar sobre os vários problemas sociais que afetam a maioria da população brasileira, de baixa renda ou mesmo os que vivem em situações miseráveis, sobre Carolina Maria de Jesus que, mesmo vivendo em uma favela e de forma bem simples, tendo que catar material reciclável para sobreviver e criar seus três filhos, e ainda conseguiu arrumar tempo para escrever sobre sua vida, sobre sua estória, sobre a vida das pessoas que viviam nos arredores de sua "casa" e tinha o sonho de transformar seus relatos em um livro para comprar sua casa e sair do local onde vivia. O problema dessa mulher era o mesmo que afeta milhões de pessoas que vivem por esse Brasil afora nas mesmas condições em que ela vivia, e com os mesmos problemas com que ela convivia.

QUARTO DE DESPEJO – DIÁRIO DE UMA FAVELADA

A escrita marginal brasileira no cenário cultural do capitalismo tardio

A publicação de Quarto de despejo: diário de uma favelada em 1960 apresentou a problemática da legitimidade cultural do discurso literário proveniente de autores da periferia.

Aos 46 anos a papeleira, negra, mãe solteira de três filhos e portadora de precária formação escolar oferecia um produto diferenciado a um mercado de bens simbólicos, sedento por novidades.

A dinâmica propulsora da cultura de massa já era pautada pela busca do novo, o frescor da escrita de Carolina, em todos os sentidos distinta do padrão das publicações convencionais, atendia aos interesses deste mercado, sendo comercializada com muito sucesso. O mundo da cultura acolhe um autor situado “à margem” de sua dinâmica habitual.

Algo novo, principalmente para os países onde o livro foi publicado inicialmente, chamou a atenção pelo fato de estar trazendo, em seu contexto, a realidade nua e crua que a sociedade brasileira sempre procurou esconder.

Apesar do português "precário" que Carolina usou em seus escritos, ela conseguiu expressar de forma bastante clara a vida que vivia e também das pessoas que moravam aos arredores de sua "casa". De um lado, era discriminada pela sociedade, aliás, era uma desconhecida dela, era somente mais uma qualquer entre tantas outras pessoas que, por um infortúnio da vida, foram parar naquele lugar. Por outro lado sofria a discriminação por parte das pessoas, seus vizinhos, que, ignorantes acerca do que ela escrevia, pensavam que Carolina queria somente era denunciar os problemas vividos por eles naquele lugar.

Na verdade, o que Carolina ofereceu ao público na oportunidade foi um “documento sociológico importantíssimo”, que, como disse esse autor anônimo, foi "feito por alguém que consegue erguer sua cabeça da miséria para registrá-lo". Mostra a vida na favela do ponto de vista de quem mora nela. O retrato trágico da fome e da miséria.”

A forma como ela escrevia muitas vezes contrariava a gramática, mas que por isso mesmo conseguia traduzir com realismo a forma de o povo enxergar e expressar seu mundo. Ela foi a “'porta-voz' da favela”, alguém que ultrapassou os limites individuais e deu voz à coletividade miserável e anônima que habita os barracos e os vãos das pontes nas grandes cidades brasileiras.

Apesar de Carolina morar na favela, ela não se sentia como tal, uma vez que sempre se referia às pessoas que lá moravam como "os favelados". Ela tinha uma visão diferente da maioria das pessoas que lá viviam, mesmo que diante de tantas adversidades.

Serviço Social e pobreza

A pobreza é parte da experiência diária do trabalho dos assistentes sociais. Na verdade, a pobreza é a conseqüência do Sistema Capitalista desde o seu início, embora sempre tenha existido. Até na bíblia está escrito sobre ela. Apesar disso, a pobreza teve um aumento expressivo depois da industrialização, pois muitas pessoas deixavam as áreas rurais, onde viviam para se amontoarem nas redondezas das fábricas, ocasionando as favelas, onde em tempos idos, tinham condições bastante precárias de sobrevivência, ainda bem piores do que na atualidade.

A pobreza e o Serviço Social têm uma relação histórica, que, com diferentes conotações, acompanha o exercício profissional desde os anos de 1940 quando a profissão se institucionaliza na sociedade brasileira como um dos mecanismos acionados pelo Estado e pelo patronato.

Os Assistentes Sociais convivem muito de perto com a experiência trágica de pertencer às classes subalternizadas em nossa sociedade; conhecem esse universo caracterizado por trajetórias de exploração, pobreza, opressão e resistência, observam o crescimento da violência, das drogas, e de outros códigos que sinalizam a condição subalterna: o desconforto da moradia precária e insalubre,

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