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Serviço Social

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Por:   •  1/10/2013  •  Seminário  •  1.607 Palavras (7 Páginas)  •  183 Visualizações

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O serviço social surgiu no Brasil em 1934, na mesma época em que o capitalismo entrava na sua fase monopólica. Com a chegada das indústrias, os homens que ate então viviam da lavoura, já que até o momento o meio de sobrevivência era a economia agrária, sugue então um novo grupo de trabalhadores, que em sua grande maioria trabalhavam e viviam dentro e fora das fabricas em condições sub-humanas desprovidos de qualquer política de seguro e eram expostos a duras jornadas de trabalho, sem contar que as condições de moradia eram precárias, sem nenhuma assistência a saúde, apresentando então a necessidade de um estado regulador de relações sociais.

Começaram as mobilizações dos trabalhadores por melhores condições de vida dentro e fora das fabricas, e foi por muito de pressão de suas reivindicações que os trabalhadores conseguiram algumas conquistas, acabando no reconhecimento da existência da questão social.

Os capitalistas chegaram a conclusão que não era possível dominar através da repressão, já que esse tratamento gerava conflitos que acabavam prejudicando o processo de produção.

Não foi uma conquista da classe trabalhadora e sim uma estratégia da igreja católica e do estado burguês para somente amenizar os conflitos que existiam entre as classes trabalhadoras e a indústria acreditando que tais conflitos ameaçavam os valores mais sagrados, a moral, a ordem e o poder, estava então dado o motivo de ser do serviço social.

A igreja católica começou a se sentir ameaçada pelos princípios do liberalismo e comunismo, já que a mesma vinha tentando consolidar sua doutrina e filosofia pregando uma sociedade justa e bem comum baseada em São Tomáz de Aquino.

O estado precisava adotar estratégias que regulassem as relações sociais. Precisa manter a ordem e no momento o que havia era desordem. Precisava também assumir e adotar um poder de classe, de uma classe particular dos capitalistas, tornando-se o bem feitor da sociedade privada.

Nesta época, o comunismo continuava sendo ameaçado, os conflitos atrapalhavam a produção, gerando rivalidade entre a classe explorada, dando condições para que passassem a almejar uma nova sociedade.

No período de 1934 a 1937, por intermédio da criação do ministério do trabalho, os trabalhadores começaram a ter alguns direitos, como lei de férias, de menores jornadas de trabalho, repouso semana remunerados, aposentadorias e pensões, e em 1936 o departamento de assistência social do estado de São Paulo.

Tornou-se necessário um acompanhamento aos trabalhadores para evitar que as contradições entre capital e o trabalho ameaçassem a ordem vigente, assim se deu a institucionalização do serviço social.

O serviço social, inicialmente, apresentava-se envolvido ao interesse da classe dominante, mas, também sujeito a classe subalterna, servindo assim como mediador entre as duas classes.

O serviço social teve sua institucionalização em 1936, ate então, o serviço social era praticado por um pequeno seguimento da igreja católica. O inicio oficial no Brasil foi em 1932 em um curso intensivo para mulheres solteiras, promovido pelas cônegas de Santo Agostinho. A igreja católica também promoveu outros cursos ligados ao serviço social, tais como filosofia moral, legislação do trabalho, doutrina social, enfermagem.

A Igreja Católica apresentou-se de forma fundamental para a abertura das duas primeiras escolas de Serviço Social: a Escola de Serviço Social de São Paulo, no ano de 1936 e a Escola de Serviço Social do Rio de Janeiro, em 1937, sendo essas duas escolas as pioneiras do Serviço Social no Brasil.

Em 1938, foi instituída a sessão de assistência social, cujo intuito foi promover um conjunto de trabalhos necessários ao reajustamento de determinados grupos ou indivíduos as condições normais de vida. Dessa forma, organiza o serviço social dos casos individuais, a orientação técnica das obras sociais, o setor de investigação e estatística e o fichário central de obras e necessitados. O objetivo desse projeto é o atendimento de casos individuais, sendo necessária a participação ativa do necessitado nos projetos que se relacionava com o seu tratamento.

Em dezembro de 1938, após dois anos de curso, foi formada pela Escola de Serviço Social de São Paulo, a primeira turma de assistentes sociais. No mesmo ano foi criada para o período noturno uma classe masculina.

Até 1948 já somavam um total de 14 entidades, levadas por uma demanda por assistentes sociais. A princípio, o objeto do serviço social foi o homem, um homem específico, aquele pobre, morador de favela, analfabeto.

Inspirado em São Tomáz de Aquino, que tem como principio a dignidade da pessoa humana, as três dimensões que articulavam o objeto do serviço social no contexto político, econômico e cultural foram: a moral, a higiene e a ordem.

De acordo com a filosofia da igreja católica que era ajustar o homem aos princípios cristãos e moldá-lo tendo como finalidade trazer um consenso social que foi designada a função do serviço social.

Foi realizado todo um trabalho com intervenção do serviço social, no sentindo de elevar o nível econômico e cultural das famílias, evitando dessa forma a decadência e problemas sociais que viessem a prejudicar a ordem.

Que usava habitualmente o serviço social eram os órfãos, os enfermos, os sem trabalho, viciados, as mulheres abandonadas e os menores delinquentes, a situação de desigualdade dos mesmos era percebida pelos profissionais da área como resultado de sua conduta amoral.

Logo após a segunda guerra mundial, houve uma mudança significativa na regulação econômica e política mundial com a influência norte-americana no mundo ocidental, entre o regime capitalista e socialista surgindo a implantação do estado do bem estar social ou Welfare State.

Enquanto isso o Brasil tinha uma situação de dependência com relação aos países de primeiro mundo e elevado por essas políticas mundiais a desencadear uma série de investimento, levando assim ao seu desenvolvimento.

Apenas em 1951 a profissão de serviço social foi regulamentada no Brasil.

Com o decorrer das décadas de 50 e 60, o profissional de serviço social era preparado como a mão-de-obra capaz de colocar em prática os programas sociais, apresentando grande importância na realização do modelo desenvolvimentista que o país havia assumido.

Entre os anos 60 e 70 houve um movimento de renovação na profissão

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