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Serviço Social

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Por:   •  5/11/2013  •  4.343 Palavras (18 Páginas)  •  295 Visualizações

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“A intervenção do assistente social na acessibilidade e inclusão social das pessoas com deficiência física no mercado de trabalho referenciada no

CRAS Bom Jardim de Itaituba – PA”

Marcela Pedroso Braga

Professor Virtual: Lourenco Brito Felin

Professor Virtual: Daniela de Almeida Ortácio

Professor Presencial: Luziane Maria Pereira Mota

RESUMO: O objetivo deste artigo é refletir sobre a inclusão social e questões de acessibilidade, relacionando-as às políticas públicas e às pessoas com deficiência física, incluindo nesse prisma a imobilidade na prática de tarefas diárias. A inclusão social mobiliza a participação de pessoas com deficiência nas diferentes situações do cotidiano. A habilitação ou reabilitação da mobilidade segue através da acessibilidade, e isso tem sido objeto de discussões nos tempos recentes, devido a uma série de inovações jurídicas implementadas no ordenamento jurídico brasileiro. A construção de conhecimentos, a acessibilidade dos ambientes, e a aquisição de ajudas técnicas facilitam a prática das tarefas diárias e maximizam a independência e autonomia no cotidiano. Contudo, ainda há muitas barreiras para atingir o ideário da inclusão social.

Palavras-chave: inclusão social; acessibilidade; políticas públicas.

Introdução

A sociedade atual caminha rumo à obtenção de níveis cada vez melhores de qualidade e eficiência em todos os setores da vida, do particular ao coletivo, de grupos majoritários e minoritários que constituem a população. Melhorias continuadas são recomendadas e desenvolvidas, e é nessa perspectiva que demandam ações de gerenciamento e produção, modificando comportamentos e atitudes, regulamentadas, ou não, por legislações que delineiam o perfil da sociedade, indicando proposições e considerações a respeito do modo de relacionamento entre as pessoas, ou seja, a inclusão ou exclusão social.

Na atual conjuntura social, os problemas econômicos e sociais ainda significam que uma parcela da sociedade ficará “a margem” da sociedade sem seus direitos garantidos, contudo, a presente temática “A Intervenção do Assistente Social na acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência física no mercado de trabalho referenciadas no CRAS Bom Jardim de Itaituba – Pá”. O Centro de Referências Bom Jardim, conhecido como CRAS Bom Jardim, localiza-se na rua das flores 325 bairro Bom Jardim no município de Itaituba-Pará.

Essa temática surgiu das intervenções e experiências vividas nos estágios, onde as pessoas com necessidade especial seja ela passageira ou permanente encontram dificuldade em sua vida diária, limitações estas que estão ligadas a acessibilidade, ou seja, o exercício autônomo e social do individuo esta sendo interrompido coletivamente, causando a sua exclusão social. A prática de tarefas diárias reflete características do perfil e do proceder de cada indivíduo, contribui para a independência de suas ações e a sua participação social.

O Serviço Social contribui para a reabilitação, inserção e mobilidade do deficiente físico, pois ele tem o deficiente como sujeito total, portador de direitos e deveres, intervindo nas questões sociais dentro de princípios de humanização e inclusão, sua postura é mediadora entre usuários e instituição e facilita a acessibilidade do usuário nos serviços oferecidos no Centro Integrado de Reabilitação.

Este artigo será composto por três partes, o primeiro abordará as dificuldades de inclusão dos deficientes no mercado de trabalho; o segundo explanará quanto a intervenção do assistente social e as políticas sociais na inclusão social e o terceiro é quanto ao processo de trabalho para a inclusão e as experiências vividas nas intervenções e práticas de estágio.

1. A influencia da acessibilidade na inclusão social de pessoas com deficiência

A acessibilidade é vista como elemento essencial para a inclusão social, pois há de se atender que existe um grupo significativo de pessoas que, por diversas razões, necessitam de condições adequadas para o manuseio, comunicação, deslocamento, permanência, utilização e compreensão de informações. Deve-se considerar que, além das pessoas com deficiência, que são 24,6 milhões no Brasil, as mulheres gestantes, pessoas obesas, pessoas com lesões transitórias são exemplos de pessoas que também necessitam de boas condições de acessibilidade em seu dia-a-dia, e esses números se ampliam muito (PINHEIRO, 2005).

Com a vinda da inclusão, a acessibilidade é entendida, hoje em dia, de uma forma mais aberta não apenas pela perspectiva da arquitetura, mas também pela viabilização da comunicação e pela eliminação de barreiras atitudinais, pedagógicas, entre tantas outras. Entende-se que a inclusão prevê que os ambientes devem ser acessíveis a todos, ou seja, qualquer pessoa com deficiência ou não, deve ter a liberdade de ir e vir garantida, usufruindo de todos os espaços. Segundo Martins (2008) se os ambientes fossem pensados corretamente, as pessoas não teriam necessidades especiais.

A Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência alerta para o início de um novo momento no que diz respeito aos direitos das pessoas com deficiência. Referindo-se à acessibilidade como ferramenta para que essas pessoas atinjam sua autonomia em todos os aspectos da vida, o que demonstra uma visão atualizada das especificidades destas pessoas (RESENDE; VITAL, 2008).

Os profissionais da área de engenharia, arquitetura, administradores públicos e privados têm se mobilizado em busca de soluções para a adaptação do meio físico referindo-se à acessibilidade arquitetônica. As normas de acessibilidade são definidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), pela NBR 9050/94. A acessibilidade permite o uso das adaptações, com segurança e autonomia, de edificações, espaço, mobiliário e equipamento urbano.

O termo Acessibilidade atualmente é visto com o conceito de Desenho Universal ou Inclusivo, pois os produtos e ambientes feitos com desenho universal podem ser utilizados por qualquer pessoa, não somente por pessoas com deficiência (SASSAKI, 2006).

Diante do enunciado, percebe-se que todas as pessoas com as mais variadas características podem transitar com autonomia, e que a deficiência é um conceito em evolução resultando da interação entre estas pessoas e as barreiras que as impedem na sua plena

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