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Serviço Social

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Por:   •  4/7/2013  •  761 Palavras (4 Páginas)  •  241 Visualizações

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Desde minha afirmação como feminista e graduanda de serviço social eu me questiono sobre os impactos que as conquistas do movimento feminista influenciaram a construção do serviço social. Uma profissão historicamente formada majoritariamente por mulheres teve em seu primeiro momento o embasamento teórico fundamentado nas correntes filosóficas positivistas e funcionalistas, somente a partir das décadas de 60/70 se inicia o Movimento de Reconceituação onde a categoria se aproxima da ideologia marxista, construindo um arcabouço teórico e político progressista que culmina na ruptura do conservadorismo no III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais, realizado no ano de 1979, em São Paulo.

As primeiras conquistas do movimento feminista como direito a educação, direito a profissionalização, direito ao trabalho assalariado no mundo já demonstram explicitamente os impactos para a construção do Serviço Social enquanto profissão. No início do século XIX, apenas as mulheres ricas tinham acesso a educação que as profissionalizavam, as mulheres pobres trabalharam nas fábricas nos centros urbanos ou na agricultura no campo. Evidentemente que na década de 20 e 30 no Brasil, quando mulheres vão trabalhar fora do âmbito doméstico, elas assumem as profissões destinadas as mulheres dentro da lógica da divisão sexual do trabalho. O serviço social segue o mesmo fluxo lógico que a enfermagem e a licenciatura primária.

O serviço social quando se consolida como categoria profissional em 1946 no Brasil o movimento feminista já se fazia politicamente conhecido, já havia conquistado o direito ao voto feminino desde 1932 e diversos movimento de mulheres já se organizavam e se articulavam pelo país. A inconsonância do movimento feminista com o serviço social neste primeiro momento acontece por razões obvias. Uma profissão oriunda da Igreja Católica designada a atuar interventivamente a favor do Estado conservador para regular a vida social da população não está de acordo com lógica transformadora e libertária que visa conquistar direitos para as mulheres proposta pelo feminismo. Logo, esse afastamento ocorre de forma natural.

O feminismo na Europa e nos Estados Unidos na primeira parte do século XIX já discutiam as relações desiguais de gênero, levando para o debate político questionamento do papel da mulher na sociedade. No Brasil neste mesmo período as pautas de reivindicações das feministas e dos movimentos de mulheres ainda eram os direitos “básicos” das mulheres. Essa discrepância de reivindicações demonstra como as lutas históricas por direitos no Brasil se travam epicamente devido a nossa construção histórica colonizada.

O mundo inteiro na segunda metade do século XIX estava em ebulição. A America Latina pipocava com as revoluções socialistas e com as ditaduras militares. No Brasil retrocedemos com o Golpe de 1964 pelo militares e dentro dessa repressão política e social o Serviço Social e o Movimento Feminista começaram a se aproximar timidamente. Na década de 60 os estudos de gênero ganham espaço dentro das universidades. As ideias libertárias da filosofa francesa, Simone de Beauvoir dão fôlego para o debate das desigualdades de gênero e a opressão da mulher. O serviço social começa a se questionar enquanto construção teórica conservadora e começa a se movimentar ainda de forma acanhada com as teorias marxistas. Era o

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