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Serviço Social Na Educação

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Por:   •  3/4/2014  •  1.894 Palavras (8 Páginas)  •  422 Visualizações

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1 – INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a contribuição do serviço social na área da Educação, principalmente, através de projetos que potencializem o aprendizado político da comunidade e a iniciativa da participação popular na gestão da política pública.

Nessa perspectiva, o trabalho do Assistente Social surge como mediador para a formação política e social dos representantes da comunidade afim de que, a realização de um trabalho de mobilização social e o acompanhamento dos processos de participação popular nas escolas públicas pudesse desenvolver a autonomia e o empoderamento da comunidade a partir da política de educação.

A escola hoje, principalmente as públicas, contam com um público fragilizado, vivendo em péssimas condições de vida, sendo fruto da estrutura social vigente, dentro de um mundo globalizado e desigual refletido nas escolas públicas.

Há muitos casos de drogas, violência doméstica, violência sexual identificada a partir do comportamento da criança e do adolescente na escola. Isso reflete diretamente no rendimento escolar do aluno, causando altos índices de evasão.

Assim sendo, a ação profissional do Assistente social, na operacionalização deste objetivo, terá grande valia, pois poderá colaborar junto aos professores e demais educadores para pensar a escola como espaço privilegiado de acolhimento e incentivo a reflexões e ações sobre a dimensão social.

2 – DESENVOLVIMENTO

2.1 – O SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO

O trabalho do assistente social na área da educação é, em primeira instância, garantir o direito já preconizado nos marcos legais, identificando e intervindo nas expressões das questões sociais que fazem parte desse campo de atuação. Situações vivenciadas pelos estudantes no âmbito sócio educacional e sócio familiar, onde podem ser destacados aspectos relacionados ao fracasso escolar, indisciplina, atitudes e comportamentos agressivos e violentos, evasão escolar, pluralidade e respeito à diversidade, a relação escola-comunidade, crianças e adolescentes vítimas de violência, a questão dos atos infracionais, a questão étnico-racial na escola, diversidade de orientação sexual, enfim, situações interligadas à vida cotidiana dos estudantes e de suas famílias que podem comprometer o bom desempenho escolar dos mesmos.

Assim, tendo como referência as reflexões aqui apresentadas, compreendemos que a inserção do profissional de Serviço Social, na Política social da Educação, se constituirá em uma parceria importante e que somará esforços na busca de soluções que venham atenuar alguns problemas reconhecidamente instalados na Educação Pública, no tocante ao direito e acesso e permanência do aluno na Instituição escolar. Sabemos, ainda, que outras dificuldades devidamente detectadas, poderão ser mais bem enfrentadas, com a participação do Serviço Social.

É importante ressaltar que o profissional de Serviço Social, inserido na escola, não desenvolve ações que substituem aquelas desempenhadas por profissionais tradicionais da área de Educação. Sua contribuição se concretiza no sentido de subsidiar, auxiliar a escola, e seus demais profissionais, no enfrentamento de questões que integram a pauta da formação e do fazer profissional do Assistente Social, sobre as quais, muitas vezes a escola não sabe como intervir.

Pode-se afirmar que o papel fundamental da Educação é o acesso ao conhecimento para que as pessoas tenham possibilidade de participar das políticas e lutar pela igualdade de direitos. No campo da Educação o Serviço Social trabalha com as expressões da Questão Social, na luta pela igualdade e ampliação da defesa dos direitos sociais.

É no bojo dessa necessidade social que o Serviço Social na Educação considera que as competências e atribuições do Serviço Social são amplamente dialogáveis com o espaço Escolar, uma vez que, a Constituição Federal do Brasil de 1988 promulgou o Estado Democrático de Direito, consagrou em seu artigo 6º a educação como um direito social, pautada na formação cidadã. Portanto, o acesso do cidadão à educação e sua permanência se constitui um grande desafio para educação pública no país, seja no âmbito da educação básica ou em Universidades, cursos técnicos, profissionalizantes e tecnológicos, assim como também em escolas da rede privada de ensino.

2.2 – A INSERÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS

No que tange à presença do Serviço Social nas escolas públicas, podemos situar que esta inserção vem acontecendo de uma forma bem diferente da realidade de escola privada e/ou filantrópica.

Partiu-se do entendimento de profundas mudanças na conjuntura do grupo familiar, como o papel da família na sociedade contemporânea, a função da escola na pós-modernidade, as transformações culturais, sociais, políticas e econômicas e as novas demandas inerentes ao cotidiano escolar. Todas essas transformações acabam interferindo diretamente no contexto educacional, que se vê encurralado ao sistema capitalista, o qual lhe impõe novas atribuições, porém a escola ainda encontra-se entrelaçada a uma estrutura antiquada, em que não dispõe de condições para atender a essas novas demandas.

Exemplo disso é a falta de profissionais, que não suprem mais as necessidades da realidade contemporânea educacional, e aqui ressaltamos a necessidade de inserção do Assistente Social neste contexto, como profissional de apoio à escola e de referência às questões relacionadas à família que permeiam o cotidiano do aluno.

Sendo assim, conclui-se que a inserção do Assistente Social na educação pública constitui-se em uma das formas de garantir o exercício da cidadania ao aluno, refletido em sua família, por meio da disponibilidade de atendimento e acompanhamento individualizado, como também buscando a promoção da democracia através da abertura de espaços de participação e envolvimento na realidade escolar. Da mesma forma, pode-se abordar a significação que a inserção do Assistente Social na Educação representa para o fortalecimento da Gestão Escolar. Porém encontramos várias limitações para a inserção desse profissional na escola pública, como mais custos para os cofres públicos, a diferenciação salarial desse profissional em relação aos professores, e o próprio entendimento dos profissionais tradicionais da educação sobre as contribuições do Serviço Social para a realidade educacional

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