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Serviço Social é Profissão, Assistencia Social é Politica Publica

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Por:   •  16/4/2014  •  1.105 Palavras (5 Páginas)  •  738 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Ao longo de muitas décadas o serviço social muito conquistou o seu espaço e vem ampliando o seu espaço ocupacional em todas as dimensões onde a questão social explode com repercussões em vários campos.

O serviço social tinha uma dimensão interventiva na realidade social e é nessa perspectiva que o serviço social rompe definitivamente,na dimensão teórica-metodológica e ético política, com os ranços do assistencialismo e da filantropia.

2 DESENVOLVIMENTO

No período da ditadura militar se dá o início ou a perspectiva de critica ao serviço social tradicional e neste contexto ditatorial não permite uma atuação técnica adequada: o espaço de atuação do profissional é limitado e ao assistente social compete a função de executor das políticas sociais.

Passamos a ter duas vertentes sobre o serviço social que podemos chamar de conservadora e mudancista, a primeira vai dando lugar para a segunda no campo da doutrina social da igreja passa-se ao surgimento das correntes psicológicas e sociológicas e destaca-se ao positivismo e fundamentalismo, os métodos são sistematizados e o foco passa a ser não mais o individuo mas a comunidade.

Os assistentes sociais se comprometeram com essa nova perspectiva, grande parte deles assumia o posicionamento dos cristãos de esquerda entrando para o Movimento de Educação de Base (MEB), organizando pela conferencia Nacional dos Bispos do Brasil.

O serviço social é bastante marcado com suas perspectivas e possibilidades de avanços na época da Ditadura militar. Foi neste contexto histórico que nasceu a necessidade do Movimento de Reconceituação do

Serviço Social.

No ano de 64, o presidente apresentou um projeto de reformas para garantir melhores condições de vida e promover a emancipação econômica brasileira, aborreceu os conservadores capitalistas e assim providenciaram a derrubada de João Goulart por meio de um golpe militar.

Neste período o regime político concentra suas forças na doutrina de segurança nacional e desenvolvimento, no antimarxismo e no pensamento católico conservador, vetando assim os interesses dos assistentes sociais que buscaram o interesse dos setores populares.

É imprescindível lembrar que neste mesmo período iniciou-se a articulação do Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina, exibindo fundamentalmente a longa insatisfação dos profissionais que se conscientizavam de suas limitações teóricas–instrumentais como políticos– ideológicos e institui–se uma perspectiva de mudança Social.

“ O serviço social latino-americano é sensibilizado pelos desafios da

pratica social. Sua respostas mais significativas se consubstancia na

mais ampla revisão já ocorrida na tragetória dessa profissão que tem

aproximadamente seis décadas de existência. Essa resposta é o

Movimento de reconceituação. Esse perfilou-se como um movimento

de denúncia de auto-crítica de questionamentos sociétários que

tinha como contraface um processo seletivo de busca da construção

de um Serviço Social latino-americano, saturado de historicidade,

que apostasse na criação de várias formas de sociabilidade a partir

próprio protagonistas dos sujeitos coletivos”

(Iamamoto, 2001, p.207 grifo a autora).

A intenção de

ruptura, de fato, surge a partir dos estudos da teoria crítica de Marx, realizados principalmente no meio acadêmico, sendo duramente reprimido pela ditadura militar.

“A categoria dos assistentes sociais foi sendo questionada pela

prática política dos diferentes segmentos da sociedade civil. E os

assistentes sociais não ficaram a reboque desses acontecimentos.

Ao contrário, tornaram-se um dos seus co-autores, co-participantes

desse processo de lutas democráticas na sociedade brasileira.

Encontra-se aí a base social da reorientação da profissão nos anos

de 1980.” (Iamamoto, 2000, p.51)

Nos anos 80, inaugura se o debate da Ética do Serviço Social, buscado-se romper com a ética da neutralidade e com tradicionalismo filosófico fundando na ética neotomista e no humanismo cristão.

As importantes inovações no campo da legislação social do país, como a consolidação da Constituição Federal de 1988, o ECA, a LOAS e outras, contaram com a participação de profissionais do Serviço Social na luta pela sua consolidação. A profissão também deu um saldo importante ao concretizar o seu projeto ético-político em 1993, após amplo debate da categoria profissional.

A partir dos anos 90, com o avanço das políticas neoliberais no país, os governos vão submetendo direitos sociais alcançados a interesses econômicos de forma a restringi-los.

As reações dessa hegemonia neoliberal são sentidas em todos os espaços da vida em sociedade: político, econômico, social, ético,cultural e

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