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Seviço Social

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Por:   •  28/10/2013  •  4.504 Palavras (19 Páginas)  •  262 Visualizações

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Livro: Renovação e Conservadorismo no Serviço Social

Capitulo II: Divisão Do Trabalho e Serviço Social

- A divisão de Trabalho em Marx.

A proposta deste capitulo e apresentar uma reconstituição da analise da divisão do trabalho em Marx a partir de algumas de suas obras fundamentais.

- Fundamentos da divisão do Trabalho.

Ao produzirem s meios de vida, os homens produzem sua vida material. O modo de produzir os meios de vida refere-se não só a reprodução física dos indivíduos, mas a reprodução de determinado modo de vida.

- A divisão manufatureira do Trabalho.

O trabalho se torna social por excelência, adquirindo a qualidade de um trabalho social médio executado pelos trabalhadores agrupados, e instrumentos de produção adquirem concomitantemente um caráter social.

A cooperação de muitos trabalhadores exigia pela produção manufatureira permite não apenas potencializar a força de trabalho individual, mas cria uma força produtiva nova, resultante da jornada de trabalho combinada: a força produtiva social do trabalho.

A produção manufatureira do trabalho é um meio de produzir mais mercadorias com a mesma quantidade de trabalho, conferindo maior rapidez ao processo de acumulação de capital.

A plena realização dessa forma do regime capitalista de produção não se da sem barreiras: O capital tem de lutar permanentemente contra a insubordinação dos operários, de cuja pericia manual depende a produção manufatureira. Ora, a razão determinante do processo de produção é a obtenção da maior valorização possível do capital, ou em outros termos, a apropriação do trabalho não-pago do trabalhador livre pela classe capitalista, sob a forma de mais valia.

Ao aumentar o numero de trabalhadores empregados simultaneamente pelo mesmo capital, aumenta também sua força de resistência e, em contrapartida a pressão do capital para vence-lá. A luta de resistência do trabalhador a mutilação de sua vida no trabalho alienado, o capital responde com a imposição da ordem.

A divisão manufatureira do trabalho exige, como pré-condição, um certo desenvolvimento da divisão do trabalho na sociedade voltada para a produção de mercadorias; mas, ao mesmo tempo, a produção manufatureira impulsiona a divisão social do trabalho. Produz uma diferenciação dos ramos da produção ao diversificar os instrumentos de produção e, conseqüentemente, às indústrias que os produzem.

As transformações operadas na produção agrícola e industrial, a ampliação do mercado mundial, afetam os meios de comunicação e transporte, os estilos de vida, as atividades cientificas e artística.

Cada trabalho parcial não chega a produzir uma mercadoria, dedicando-se apenas a uma operação que é parte do seu processo de produção. O produto final é um produto comum, fruto da combinação dos trabalhos fragmentados de muitos trabalhadores.

- A divisão do trabalho na grande indústria.

A manufatura oferece a base elementar da divisão de trabalho e do processo de produção da grande indústria. Logo emerge, no entanto, uma diferença essencial: desaparece o principio subjetivo da divisão do trabalho, isso e´, a necessidade de adaptar o processo de produção ao trabalhador parcial que executava cada etapa com sua ferramenta, dependendo de suas capacidades e habilidades pessoais. No modo de produzir peculiar a este estagio avançado da produção capitalista, o papel do trabalhador modifica-se substancialmente: a eficácia no manejo dos instrumentos de trabalho passa a trabalhar para a maquina, na qual é incorporada.

Os homens passam a seguir os movimentos da maquina, que se sobrepõe a eles como um mecanismo morto ao qual são incorporados como apêndices vivos, acessórios conscientes. A maquina não livra o trabalhador do trabalho, mas priva-o de seu conteúdo.

Esse trabalho mecanizado e automatizado, de mera vigilância, esgota ainda mais o trabalhador: afeta-se o sistema nervoso, depaupera sua atividade muscular, confisca-lhe toda atividade física e intelectual.

A maquina concentra em sai habilidade, força e destreza do trabalho socialmente acumuladas, substituindo o trabalhador graças a aplicação de conhecimentos científicos na sua construção.

Já não existe no cérebro dos trabalhadores mas; apropriada pelo capital e objetivada no maquinismo atua sobre eles como uma força da própria máquina.

O capital apropria-se gratuitamente desse progresso geral do trabalho social, cujos resultado fixam-se no capital e não no trabalho, e são utilização em função de seus próprios fins de valorização e dominação.

Essa tendência do desenvolvimento das forças produtivas encontra-se em contradição com a forma limitada que a impulsiona. A limitação do capital está em que todo seu desenvolvimento efetua-se de maneira antagônica: o desenvolvimento da riqueza social, das condições de trabalho, da ciência etc., aparecem como algo alienado do trabalhador, que passa a ver essas condições por ele conduzidas como riqueza alheia, causa de sua pobreza.

Em síntese, o capital tende a ampliar as forças produtivas e a reproduzir ao máximo o tempo de trabalho socialmente necessário a reprodução do trabalhador e de sua família, expandindo assim o sobre-trabalho gratuitamente apropriado. Essa tendência se realiza na grande indústria com a transformação dos instrumentos de trabalho em maquinas articuladas. È este o sentido fundamental dessa revolução operada no modo de produzir. A finalidade do emprego das máquinas não é facilitar os esforços do homem, mas reproduzir o trabalho necessário e, em contrapartida, ampliar a parcela de jornada de trabalho entregue sem equivalente ao capitalista. É um meio peculiar de produção de mais-valia relativa, de exploração do trabalho de modo cada vez mais intensivo.

O crescimento da população trabalhadora é uma das condições da introdução das maquinas para substituir o trabalho. Elas não surgem como alternativa á falta de mão-de-obra, mas para restringir o uso de forma de trabalho e proporções adequadas ás necessidades de reprodução do capital. Isto porque a produção capitalista apresenta, como condição necessária, um maior conjunto absoluto de trabalho necessário e uma maior massa possível de sobretrabalho em relação ao trabalho pago. Sua condição essencial é, pois, um crescimento que as máximo da população, devendo a força de trabalho ser massiva para que as maquinas se desenvolvam. Para que o capitalista possa se apropriar de sobretrabalho da população ativa, é necessário que haja

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