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Sinopse do 1º Capítulo do livro “A Boa Vida”

Por:   •  1/12/2016  •  Trabalho acadêmico  •  873 Palavras (4 Páginas)  •  954 Visualizações

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Sinopse do 1º Capítulo do livro “A Boa Vida”

                        

        Quando cogitamos a ideia de cursar uma faculdade qualquer, de arquitetura, por exemplo, nos condicionamos a aceitar tudo que nos for ensinado, desde técnicas de projetos, a linguagens especializadas, enfim tudo que for transmitido numa lógica acadêmica e com fins didáticos.

        O jovem estudante, entra em sala predisposto a encontrar um manual com instruções sobre o que fazer a fim de ser um bom profissional.

        O livro, objeto deste estudo, aparece nesse contexto desconstruindo essa ideia pré-concebida de que o curso concluído, a profissionalização é o limite.  Ele, realmente nos convida a pensar, a ter fantasias suficientes ao ponto de projetar uma casa que ainda não existe, pois, conforme ressaltado na introdução: Só a partir da desprofissionalização do olhar podemos aprender a enxergar com nossos próprios olhos e a mirar aquilo que realmente desejamos ver. Deixando que a imaginação e a experiência façam seu trabalho para conquistar ao mesmo tempo uma sabedoria relativa e uma posição própria.  E nos deixa, ainda, uma recomendação de Alejandro de la Sota: “ Para desfrutar da arquitetura é preciso viajar com a imaginação, é preciso voar com a fantasia.”

        A casa de Zaratustra, do capítulo 1, nos mostra como Mies van der Rohe soube conjugar a profissão que ele amava aos seus ideais, objetivos e convicções. Um profissional que conseguiu mostrar ao mundo, com o seu trabalho todo seu conhecimento filosófico, sua formação acadêmica e principalmente, materializou na arquitetura a busca da essência, da verdade da construção na precisão dos detalhes.

        Como ele mesmo dizia: ...uma arquitetura de “pele e osso”. Em sua concepção, o vazio do espaço deveria ser preenchido pela vida. E ainda, “less is more” (menos é mais) ou “God is in details” (Deus está nos detalhes).

Pontos Chaves:

        Individualidade – Na casa com três pátios de 1934, pode-se contemplar muros altos que estão ali, não para delimitar o lote, mas para propiciar privacidade, para ocultar quem habita, para permitir que dentro da casa, transcorra uma vida profundamente livre, à margem de toda moral ou tradição. O homem que está dentro daqueles muros deseja exercer sua individualidade, quer asseverar a casa como império do eu.

        O eterno retorno de Nietzsche -  Na luta pela construção plena de sua individualidade Mies Van der Rohe criou um grande pátio ajardinado onde se comtempla a eterna sucessão do mesmo, o caráter circular do tempo natural frente a linearidade do tempo histórico. Passa o dia, vem a noite, a neve, as flores e a queda das folhas e assim sucessivamente. O céu, o jardim e a natureza aparecem como uma metáfora do tempo cíclico.

        Galerias envidraçadas -  As galerias envidraçadas, silenciosas e espaçosas são lugares onde podemos meditar e passear por nós mesmos. A casa-pátio é um mecanismo para esquecer a modernidade triunfante e penetrar no abismo do indivíduo nietzschiano, que constrói a sua vida como uma obra de arte, tomando como base a pura afirmação de seu eu.

        Sujeito Miesiano -  O sujeito que habita a casa de Mies, foge da cidade, do ruído dos carros, mas não é um sujeito do campo. Existe uma metrópole por trás dele.  É um homem urbano que se relaciona nos cafés, nos teatros e mercados, que tem vida social intensa, mas quando entra em sua casa, se isola num processo de autoconstrução. 

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