Sistema Penitenciário Feminino

O sistema prisional feminino nos dias atuas chegar até um descrédito com a prevenção e reabilitação da condenada, são comuns denúncias de mulheres presas em celas com homens, celas superlotadas, com condições precárias, sem ventilação ou higiene, além de estupros e outras violências cometidas inclusive por agentes da polícia. Assim, a sociedade como todo encontra se em um total paradoxo sobre como funciona o sistema carcerário feminino brasileiro, pois de um lado temos um acentuado avanço da violência e uma imigração cada vez maior de mulheres no crime, principalmente no trafico de drogas que hoje cerca de 60% das presas são acusadas de tráfico de drogas e o clamor pelo agravamento de pena e do outro lado a superpopulação prisional, onde de um total de 326 penitenciárias existentes no país, apenas 15 são específicas para as mulheres, e nem todas contam com atendimento adequado, creches e berçários, ou instalações próprias para que as mães amamentem seus filhos. Vários fatores nos levaram a chegar nesse ponto de precariedade do sistema prisional feminino brasileiro, entre eles a falta de investimento e o descaso do poder público com e relatado e confirmado em coisas que parecem simples: “um exemplo muito triste é que, em muitos casos, elas não têm acesso a um simples absorvente quando estão menstruadas. São obrigadas a improvisar usando miolo de pão”, declarou a socióloga Julita Lembruger durante o Encontro Nacional do Encarceramento Feminino no início do ano. O fato é que não existem políticas públicas nem investimento para lhes dar o mínimo de dignidade, como, por exemplo, unidades prisionais femininas.

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