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Situação De Transportes De Carga No Brasil

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Por:   •  13/11/2014  •  1.184 Palavras (5 Páginas)  •  308 Visualizações

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Nosso sistema de transportes continua a nos tirar o sono. E nem é bom mesmo dormir no ponto, pois com os problemas que temos em nossa infraestrutura carente de modernizações e, pior que isso, precisando de reparos para ofertar o básico em serviços às atividades operacionais, podemos ser surpreendidos num piscar de olhos. Presos a um sistema que nos rouba a energia com a qual desenvolveríamos novas estratégias, gastamos com paliativos e, assim, nos é tirado o tempo para vivermos os novos tempos. Até duvidamos de algumas inovações devido a tantos problemas enfrentados que separam nossa realidade entre o que temos, o que queremos e o que é possível que tenhamos em soluções verdadeiramente práticas.

O Brasil: este gigante de proporções continentais, com uma costa marítima pouco ou quase nada explorada para a atividade de transporte, com uma bacia hidrográfica imensa e praticamente nula em transporte, onde mais de 60% das cargas são efetuadas por meio do transporte rodoviário, onde a frota de caminhões é uma das maiores do mundo, onde a manutenção das rodovias é feita de modo precário, onde em muitos locais essa manutenção inexiste, locais onde o asfalto existia e há anos desapareceu, onde a manutenção quer dos governos municipal, estadual ou federal é nula.

Em pesquisa realizada pela ABCR – Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, em 2008, na comparação do Brasil com os demais Países da Améria Latina, o levantamento revelou que o país que tem melhor oferta de rodovias pavimentadas é, surpreendentemente, a Costa Rica, 12ª economia da América Latina. Outro dado interessante é que a infra-estrutura ferroviária disponível em Cuba é a melhor da América Latina, proporcionalmente ao tamanho do país e a sua população. Já a Colômbia, sexta economia da América Latina, tem a quantidade de hidrovias mais adequada para tamanho do seu país e sua população, e o Brasil com quase 8.000 km de costa marítima praticamente inexplorado.

Por causa destas distorções que o frete pago pelo brasileiro é caro, o que encarece todos os artigos transportados pelas rodovias, a começar pelo mais básico que é a alimentação. Como conseqüência destas distorções é que por causa da precariedade das estradas brasileiras, da pequena malha viária asfaltada, que nosso caminhoneiro já prevendo a demora no trajeto normalmente longo devido a distância entre o norte e o sul do País, e com a falta de fiscalização de controle de pesos das cargas transportadas, faz com que nossas estradas não resistam ao grande volume de tráfego e buracos comecem a aparecer, sem a conseqüente manutenção por parte das autoridades responsáveis, e quando o fazem, o material utilizado é incompatível com a carga que será exercida sobre o mesmo.

O transporte rodoviário de cargas no Brasil apesar do custo e das deficiência das estradas, é o principal meio de transporte do País. Com a transferência das rodovias para o setor privado, cresce o número de pedágios, e o conseqüente aumento no valor das tarifas. Mas por outro lado, as condições de segurança, sinalização e estado do piso de rodagem são superiores à média nacional e de outras rodovias que não dispõem do sistema de pedágios.

Pelo baixo número de estradas federais, as mesmas deveriam servir de exemplo para estados e municípios, mas o que se vê, é o contrário, onde as estradas estaduais e municipais, mesmo as de chão batido, em muitos lugares são melhores e bem mais cuidadas que as federais que cortam os estados e os municípios.

Um dos principais temas econômicos em discussão no Brasil atualmente, a fragilizada infraestrutura tem na modernização dos modais de transporte um grande desafio a superar. Como os gargalos existentes nos diversos sistemas viários têm sido uma das barreiras para deslanchar o crescimento da economia nacional, as modalidades de transporte tornaram-se foco de investimentos do governo nos últimos anos.

O modal rodoviário é predominante na matriz de transporte brasileira e as estradas estão em um estado precário, o que imprime o Custo Brasil às mercadorias, o que prejudica a competitividade. Os entraves logísticos no fluxo de produtos do interior do país até as fábricas, ao varejo dos centros urbanos e de remotas regiões, aos portos marítimos, entre outros destinos, inflam os preços das mercadorias.

Com o aquecimento da economia nacional entre 2009 e 2011, e o consequente aumento de transporte pelo país, a utilização de rodovias foi intensificada, descortinando ainda mais a necessidade de uma infraestrutura adequada para suportar uma demanda crescente.

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