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Subjetividade

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Por:   •  9/10/2013  •  Seminário  •  483 Palavras (2 Páginas)  •  163 Visualizações

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o observarmos um quadro, admirarmos a beleza de uma pessoa ou no momento da escolha do curso para o qual prestaremos o vestibular, ao devanearmos à beira-mar, lembrando-nos de nossos amores passados, ou ao sonharmos com nosso futuro, às vezes incerto, às vezes promissor, ao ouvirmos aquela música que nos leva para longe, à nossa terra natal, ou que nos remete a um olhar, a um pôr do sol, a uma brisa suave soprando nos cabelos, poucos de nós então teriam dificuldades em classificar essas cenas como “subjetivas”, como fazendo parte da “subjetividade” de um indivíduo. Mas afinal, quando falamos de nossos sonhos, desejos, fantasias, esperanças, percepções, medos, anseios, pensamentos e lembranças, do que estamos tratando? O que está em jogo quando dissertamos acerca da subjetividade?

Não é raro escutarmos em nossas conversas com amigos, ou professores, ou ainda nos programas de televisão, a utilização do termo “subjetividade”, empregado ora para qualificar - “é preciso levar em conta a subjetividade do paciente para um tratamento mais humanizado” - ora para desqualificar uma escolha ou ponto de vista- “os critérios subjetivos não nos conferem uma segurança científica”. Espécie de pressuposto ontológico oculto das psicologias, muitas vezes tratamos do tema “subjetividade” cotidianamente nos bancos das universidades sem nos lançarmos à análise cuidadosa do conceito.

O presente trabalho pretende trazer a discussão sobre as implicações teórico-práticas ao considerar a subjetividade sob o prisma da produção, tendo como referência a obra de Félix Guattari. Antes, porém, cabe recorrer à pergunta fundamental, ponto de partida para todas as análises posteriores: o que entendemos aqui, afinal, por subjetividade?

Como se trata aqui de uma pesquisa eminentemente teórica, a metodologia utilizada fundamentou-se nos textos que consideramos fundamentais para delimitação conceitual do tema. Cabe ressaltar, entretanto, que não nos deteremos numa “leitura-comentário” das obras, mas, antes, encaramos a leitura como gesto, obra, prática, “assalto”. O que faremos aqui é uma leitura multidimensional, crítico-interpretaviva e intertextual (PAIVA, 2000). É no entrecruzamento e, por vezes, afrontamento de percursos teóricos diversos que ensejamos a construção de diálogos criativos capazes de trazer novos elementos às discussões sobre o conceito de subjetividade nas ciências psicológicas.

Seguiremos tão somente uma linha argumentativa que visa tornar mais claro o conceito de “produção de subjetividade” proposto por Félix Guattari (1988, 1990, 1992, 1993), assim como de que forma a melhor compreensão desta concepção se torna fundamental quando se quer entender de que maneiras são engendradas as mais diversas formas de ver, sentir e estar no mundo.

Para tal empreendimento será preciso introduzir, em um primeiro momento, aportes diferentes quanto à noção de subjetividade, a partir tanto da perspectiva de subjetividade substancial quanto da subjetividade produzida. O segundo ponto explorará a subjetividade como processo, através dos conceitos de máquina e de agenciamentos coletivos de enunciação. No terceiro e último momento, serão apresentadas as características de uma produção de subjetividade(s) que engendram assujeitamentos e singularizações no contexto de um Capitalismo

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