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Super heróis e representatividade

Por:   •  19/8/2021  •  Artigo  •  572 Palavras (3 Páginas)  •  66 Visualizações

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Nome: Lavínia de Oliveira Xavier

Idealmente, esse seria um editorial publicado em um portal sobre cultura pop. Como referência pode ser usado o Omelete (https://www.omelete.com.br/)

É representatividade, não é mimimi

Na última semana, o personagem Robin, parceiro do Batman nos quadrinhos da DC Comics, revelou sua bissexualidade em uma revista publicada nos Estados Unidos. Como era de se esperar, vieram à tona uma série de comentários preconceituosos sobre o tema, partidos de pessoas que se dizem fãs do personagem. Queremos aqui deixar claro a importância da presença de discursos inclusivos em conteúdos que ainda são, majoritariamente, consumidos por indivíduos no topo de seu privilégio. Pessoas que, infelizmente, não entendem as mudanças positivas da cultura pop, e as questionam.

Acreditamos que a maior parte dos consumidores de histórias de super-heróis, independente se por muito ou pouco tempo, são atraídos para além da superfície do entretenimento apresentado. Super-heróis são personagens inspiradores, figuras corajosas e carismáticas, figuras para se inspirar. Suas histórias, por mais repetitivas e formulísticas que possam ser, sempre ganham pontos quando guardam ao longo da narrativa, arcos de bravura e superação, algo a ser buscado também em nossas vidas normais.

Nunca foi sobre dominação. Para você, leitor e nerd, crítico ao Robin como uma figura bissexual, ou crítico de qualquer tom de representatividade colocados nas HQ’s, filmes e séries, será que você realmente entende o propósito de criação das coisas que você consome?

        São sempre os mesmos “argumentos”. A conversa de que tudo isso é “mimimi”, que os estúdios e editoras estão estragando seus personagens preferidos, que estão estragando “sua infância”. Ficamos muito felizes em poder informar que a sua infância e suas memórias permanecem intactas. A evolução do presente não é capaz de alterar o passado. Ao invés disso, o que está acontecendo é a construção de novas infâncias, para as crianças e adolescentes de hoje, que há alguns anos não seriam retratados na grande mídia. Jovens que cresceriam sem se enxergar.

Felizmente, temos sido presenteados com diversos exemplos recentes. Tivemos o anti-herói, e excelente personagem, Loki, dizendo com todas as letras “gostar de príncipes e princesas” em sua série de título homônimo lançada recentemente na Disney+. Sam Wilson, personagem negro, dono de histórias e discursos que transparentemente são reflexões e críticas ao racismo nos Estados Unidos, antes um herói coadjuvante para o universo Marvel, agora transformado em Capitão América, um dos personagens de maior destaque para o universo.

        Em breve, será lançado Shang Chi e a Lenda dos Dez Anéis, primeira adaptação de um super-herói oriental da história. Em 2021. Da mesma maneira que apenas em 2018, com a estreia de Pantera Negra, tivemos um filme da Marvel Studios protagonizado por um super-herói negro. Agora, se todo esse investimento em representatividade feito pelas empresas é um desejo íntegro de engajar e respeitar públicos minoritários, ou se tudo está sendo feito apenas por uma busca de resultados mercadológicos? Ah, essa já é outra história.

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