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Série Histórica Do Serviço Social No Brasil

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Por:   •  17/4/2014  •  2.848 Palavras (12 Páginas)  •  278 Visualizações

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ANA PAULA NERI DE JESUS

SÉRIE HISTÓRICA DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL

Santo Antonio de Jesus

2013

ANA PAULA NERI DE JESUS

INTRODUÇÃO AO SERVIÇO SOCIAL

Atividade apresentada a Universidade Salvador como avaliação parcial da disciplina de Introdução ao Serviço Social do Curso de Serviço Social 2013.1

Orientadora: Professora: Izadora Ribeiro Silva Costa.

Co-orientadora: Tutor: Isadora Santos Cardoso.

INTRODUÇÃO

Em sua trajetória histórica, o Serviço Social não pode ser visto deslocado do contexto sócio-econômico em que se insere. Coerentemente com essa expectativa, levantamos algumas características essenciais do contexto, na perspectiva de que possam ajudar a explicar as configurações assumidas pelo Serviço Social no período de 1947-1961, quando a influência franco-belga cede lugar à norte-americana. O capitalismo industrial no Brasil, a partir da década de 1940 começa a tomar contornos mais definidos. Através de uma política econômica e financeira, o Estado incentiva as indústrias, visando à expansão, organização do mercado interno, capitalização e acumulação do setor. A expansão da produção industrial é acompanhada pela intensificação da taxa de exploração da força de trabalho, amplamente disponível no contingente populacional. O proletariado urbano, nesse período já se manifesta como um setor emergente, capaz de exercer pressões sobre o Estado. A necessidade de absorver e controlar esses setores, que crescem a partir de sucessivos surtos de industrialização e consolidação paulatina do pólo industrial, é um imperativo dinâmico à própria expansão e acumulação capitalista. A repressão da ditadura varguista neutraliza os componentes revolucionários dos setores populares ao mesmo tempo em que fortalece o projeto de estrutura corporativista.A política do Estado Novo se apresenta, claramente, como resposta às necessidades do processo de industrialização e de enquadramento da população urbana. O surgimento e o desenvolvimento de instituições assistenciais e previdenciárias fazem parte do projeto reformador implementado pelo Estado, e têm a característica principal de propiciar benefícios assistenciais aos trabalhadores.

O Estado passa a intervir diretamente nas relações

entre o empresariado e a classe trabalhadora,

estabelecendo não só uma regulamentação jurídica

do mercado de trabalho, através de legislação social

e trabalhista específicas, mas gerindo a organização

e prestação dos serviços sociais, como um novo tipo

de enfrentamento da questão social. Assim, as

condições de vida e de trabalho dos trabalhadores já

não podem ser desconsideradas inteiramente na

formulação de políticas sociais como garantia de

bases de sustentação do poder de classe sobre o

conjunto da sociedade. (IAMAMOTO, 1992, p. 77-78)

DESENVOLVIMENTO

Em 1930 com o processo de industrialização e urbanização surge no Brasil o Serviço Social, com o objetivo de controlar insatisfações populares e frear qualquer possibilidade de avanço no comunismo do Brasil.

A questão social foi conduzida ao centro da agenda pública com a Revolução de 1930. O Estado aumentou sua atuação na área social. Resposta ao fortalecimento das lutas sociais e trabalhistas. O governo então criou o Ministério do trabalho, industria e comércio e a Consolidação das leis do trabalho CLT. Surgiram também os Institutos de Aposentadoria e Pensões, os IAP's. Baseava-se na lógica do seguro, tinha acesso aos benefícios após condicionado o pagamento de contribuição. Essa legislação alcança os trabalhadores organizados com carteira de trabalho. Os trabalhadores do mercado informal eram deixados de lado sem qualquer proteção social.

Desde seu surgimento até a década de 1970 tinha caráter conservador e o controle da classe trabalhadora. Na Era Vargas a industria ganhou impulso porém foi um desenvolvimento que ficou restrito aos grandes centros urbanos da região sudeste. As pessoas saíam de outros estados, das zonas rurais e até de outros países rumo às principais metrópoles em busca de emprego e com isso foram aumentando a desigualdade, miséria, falta de moradia e consequentemente a violência.

No inicio dos movimentos sociais a Igreja Católica exercia forte influência sobre o Serviço Social, a assistência social nesse período ainda era marcada pelo assistencialismo, era a chamada assistência esmolada, filantrópica e a cargo de particulares e religiosos. Tinha como objetivo recuperar espaço, zelar pelos interesses defendendo a família operária da ameaça do comunismo. Por muito tempo no Brasil a assistência aos mais pobres não foi merecedora de atenção do poder público.

Surgiu assim em 1932 o CEAS (Centro de Estudos e Ação Social), que teve como objetivo a divulgação dos princípios da ordem social cristã. Essa entidade teve papel predominante na criação da primeira escola de serviço social do Brasil.

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