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Síntese Biografia Cora Coralina

Por:   •  17/5/2017  •  Relatório de pesquisa  •  669 Palavras (3 Páginas)  •  2.382 Visualizações

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“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher”.

Nascida Ana Lins dos Guimarães Peixoto em 20 de agosto de 1889, na cidade de Goiás, Goiânia, filha de um desembargador - que morreu quando ainda era pequena - e de uma dona de casa fez apenas os estudos primários.

Ana decidiu, aos 14 anos, que se chamaria Cora Coralina para ter no nome a força e confiança que ainda não tinha. Aos 15, começou a escrever. Em seus versos, Cora nunca se esqueceu de Ana, aquela parte de si que se sentia o “patinho feio” da família: “Cresci filha sem pai,/ secundária na turma das irmãs./ Eu era triste, nervosa e feia./ Amarela, de rosto empalamado./ De pernas moles, caindo à toa”.

Escrevia poemas em 1903 e chegou a publicá-los no jornal de poemas femininos "A Rosa", em 1908. Em 1910, foi publicado o seu conto "Tragédia na Roça" no "Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás". Foi uma poetisa e conquistadora brasileira, responsável por belos poemas. Recebeu diversos prêmios como escritora. Em 1911 teve os primeiros contos e crônicas publicados em jornais da época.

A poeta foi embora do Goiás em 1911 para Penápolis, para seguir a vida que queria longe do conservadorismo da época, grávida de gêmeos - ela teve, ao todo, 06 filhos, mas 02s não sobreviveram - fruto de seu relacionamento com Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas, 22 anos mais velho que ela, na época, casado com outra mulher. Os dois se mudaram para São Paulo, mas só se casaram em 1925, quando Cantídio ficou viúvo, já que na época não existia ainda o divórcio. Viveram em várias cidades do interior paulista até 1934, quando Cantídio faleceu.

Depois da Semana de Arte Moderna em 1922 (em que foi convidada a participar mas foi impedida pelo seu marido), percebeu uma identificação com a versificação da literatura e com a poesia.

Colaborou no Jornal O Estado de São Paulo e trabalhou como vendedora da Livraria José Olympio. Em 1938 voltou para Penápolis e abriu uma Casa de Retalhos.

Cora vendeu linguiça, banha, livros, trabalhou na roça para criar os filhos. Trabalhou como doceira ofício que exerceu até os últimos dias de sua vida, vendia seus doces de casa em casa e recitava suas poesias, depois assumiu seu outro ofício: o de poetisa. Quando seus filhos cresceram, ela decidiu voltar para o Goiás, em 1946.

Tão difícil foi abandonar as raízes, que ela voltou 45 anos depois para sua cidade natal, para a velha casa da Ponte do Rio Vermelho, onde nasceu. Restauradora de memórias, Cora viveu a maior parte de sua vida fora do território goiano, mas foi quando retornou às origens que sua poesia encontrou lugar.

O primeiro livro da poeta só foi publicado em 1965, Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. Em vida, ela publicou mais dois livros Meu livro de cordel, em 1976, e Vintém de cobre - meias confissões de Aninha, em 1983. Sua poética ganhou notoriedade em 1980, depois que Carlos Drummond de Andrade exaltou a poesia dela em um artigo, publicado no Jornal do Brasil. Sua chegada à literatura brasileira não lhe tirou nem a simplicidade, nem a ode às raízes e nem mesmo a batalha pela emancipação feminina - tão presente quanto delicada. Outros livros com a obra da autora e mesmo seu livro de receitas foram publicados após sua morte.

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