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TRABALHO PENAL

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Por:   •  27/8/2014  •  498 Palavras (2 Páginas)  •  289 Visualizações

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PLANO COLLOR - A inflação em um ano, de março de 1989 a março de 1990 chegou a 4.853%, e no governo anterior teve vários planos fracassados de conter a inflação. Depois de sua posse, Collor anuncia um pacote econômico no dia 15 de março de 1990, o Plano Brasil Novo. Esse plano tinha como objetivo por fim a crise, ajustar a economia e elevar o país do terceiro para o Primeiro Mundo.

Uma tentativa sem sucesso de conter a hiperinflação resultou numa das intervenções mais radicais na economia do país. Um dia depois de tomar posse, o então presidente Fernando Collor de Mello e a ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, anunciaram o confisco de parte das contas correntes e da poupança dos brasileiros. A medida passou para a história como a principal novidade do Plano Collor. Oficialmente chamado de Plano Brasil Novo, o pacote econômico acabou reduzido, na memória brasileira, ao bloqueio do dinheiro da população. Com o Plano Collor, 80% de todos os depósitos das contas correntes, das

cadernetas de poupança e do overnight acima de 50 mil cruzados novos foram congelados por 18 meses. O governo prometeu corrigir o dinheiro pela inflação da época, mas na prática apenas metade dos recursos foi devolvida. Convertidos aos valores atuais, os 50 mil cruzados novos depois de mudar de nome e cortar 3 zeros corresponderiam a R$ 5.588 cruzeiro, corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em muitos casos, economias ao longo de uma vida ficaram congeladas no Banco Central. Nesta época muitas pessoas que haviam vendido imóveis para aproveitar os altos juros da poupança, e posteriormente retirar e comprar um imóvel melhor ficaram com seus recursos retidos, e quando conseguiram liberação do dinheiro não dava para comprar nem o mesmo imóvel de volta o que levou muita gente a loucura e até ao suicídio.

Quando Zélia pegou “emprestado” o dinheiro das poupanças, ela tinha em mente duas coisas. Primeiramente, o governo estaria com dinheiro em caixa, não precisando emitir

papel-moeda para cobrir seus gastos. Depois, as pessoas, sem o dinheiro da poupança, deixariam de comprar. Como as vendas cairiam, a tendência seria a queda dos preços. As duas coisas ajudariam a abaixar a inflação. Acontece que deu tudo errado. Caindo as vendas, claro, os empresários trataram de diminuir a produção. Com isso, as pessoas eram despedidas. Veio a recessão e desemprego.

19. Então, valia o velho esquema brasileiro para lucrar, na base do aumento frenético dos preços. O Brasil mergulhava em uma das piores crises econômicas de sua história. A inflação ultrapassou os 20% mensais e a recessão (diminuição das atividades econômicas) fez o país regredir. A Associação Brasileira de Supermercados constatou a diminuição de 15% no consumo de arroz e feijão: trocando em miúdos, o povo comia menos. Nas grandes cidades, milhares de maltrapilhos, vítimas do desemprego, passaram a morar nas ruas. No Brasil de Collor, com o salário mínimo mais baixo do que o do Paraguai, morar em barraco passou a ser sonho de consumo.

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