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Trabalho Penal

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Por:   •  25/8/2013  •  641 Palavras (3 Páginas)  •  330 Visualizações

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Texto de Hannah Arendt - A liberdade (Entre o passado e o futuro)

 

Pode-se considerar o contexto de Entre o passado e o futuro, uma seqüência de outros ensaios que refletem sobre a tradição, que preserva o mundo, e a liberdade, que o transforma. A educação se insere nesse meio,com potencial renovador que cada nova geração traz consigo. Na pólis, a esfera pública e a esfera privada eram bem definidas. A esfera privada era uma esfera pré-política: é a unidade da família, onde a relação do chefe com os demais membros é uma relação de autoritarismo. Na família, a relação entre seus membros é desigual. No núcleo familiar cuida-se das necessidades vitais. Na pólis - esfera pública - a relação entre seus membros era relação de iguais, relação entre homens livres, isto é, os sujeitos liberados das necessidades. A vitória sobre as necessidades da esfera privada uma condição natural para a liberdade na pólis. Para Hannah Arendt, a superação ou atenuação da necessidade não implica o surgimento ou construção da liberdade, em formas mais civilizadas de convivência. Atribui ao homem, esta característica de "estar em dois lugares" – com os outros e comigo mesmo em meus pensamentos. Em outras palavras, é por conta deste caráter duplo do homem, que a liberdade prática se vê diante do impasse da causalidade. Assim temos a questão: somos, afinal, livres ou o-nos condicionados dentro dos limites de causas que fogem à nossa capacidade de escolha e controle? As atividades parecem dizer mais sobre nossa liberdade e da ausência dela, do que motivos que estejam ocultos em uma natureza.

Introduz-se a figura do "agente dotado de livre-arbítrio", um agente que encontra na vontade seu princípio de liberdade.

O fato é que a liberdade em questão não é "uma liberdade de escolha que arbitra e

decide entre duas coisas dadas , mas "a liberdade de chamar à existência o que antes não existia, o que não foi dado nem mesmo como objeto de percepção ou de imaginação e que não poderia portanto, estritamente falando, ser conhecido.

A liberdade em questão consiste numa condição de total ausência de fatores que forcem a ação em direção a um determinado sentido previamente estabelecido.

Se a liberdade ocorre em virtude da vontade estamos diante do impasse da causação, e com um agravante: a vontade, da "razão pura" é soberana em suas escolhas,

não cabendo-lhe outra atividade que não o mando, que implica a obediência em lugar de

ações livres. A razão seccionada em duas partes - a vontade e o entendimento- implica uma superioridade da vontade, que manda e impõe sobre o entendimento.

à vontade é eficiente para superar a tensão entre uma experiência cotidiana que se dá pela

constante ação livre e o pensar que me mostrar que nada faço sem que seja causado. Mas esta retirada da liberdade do campo do entendimento para o campo da vontade apenas deslocou a liberdade da constatação da causação para a entrega incondicional à causação, uma vez que a vontade passa a ser a

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