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Tarja Branca

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Por:   •  10/12/2014  •  719 Palavras (3 Páginas)  •  721 Visualizações

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Aluna: Bruna Bernardelli

Questões sobre o documentário Tarja Branca (2014)

1- Qual é o tema do documentário Tarja Branca e qual é a construção/ideia principal que ele nos apresenta? Como explicar esse nome?

Entende-se como o tema do documentário, a importância da brincadeira na construção da pessoa/ do individuo. A ideia principal apresentada é como a brincadeira é fundamental no desenvolvimento da criança e que através do brincar é possível humanizar e contribuir para a formação de seres humanos melhores, mais solidários, positivos, criativos, habilidosos, cooperativos e livres. A brincadeira não só na infância, mas em toda e qualquer etapa da vida permite a totalidade do ser, por isso a importância de se estimular e criar possibilidades para exista à brincadeira. O nome Tarja Branca trás a memória o uso de remédio, e de fato a brincadeira se apresenta como um remédio eficaz, explica-se esse nome pelo fato de não ter contra-indicação, de ser de consumo livre, o que difere da tarja preta que é controlado e que se consumido sem o cuidado necessário além de fazer mal leva ao óbito. Já o remédio lúdico como é apresentado no documentário só nos leva a encontrar benefícios físicos, motores, emocionais e psíquicos para seu uso.

2- Você concorda ou discorda com os posicionamentos apresentados no filme? Por quê? Explique o seu posicionamento.

Não só concordo como em várias ocasiões me identifico vivenciando certas situações. A sociedade em que vivemos com esse sistema capitalista atropela desde a infância a possibilidade de nos constituirmos como pessoas criativas, livres, felizes que aprecia a capacidade de pensar e refletir, desde cedo tiram a oportunidade de criarmos, de inventarmos e pior roubam nossa imaginação.

Temos a sensação de cansaço, de tempo escasso, oferecemos então às crianças brinquedos prontos, fáceis de manusear, sem muito atrativo, assim vamos polindo a capacidade da criança pensar, resolver, investigar, pesquisar. E a escola contribui para isso, ao se exigir um padrão de comportamento, de pensamento de posicionamento. Não que tudo deveria ficar “ao Deus dará”, mas seria justo respeitar a individualidade das pessoas, isso não acontece para que nos conformemos com a estrutura do sistema e para que ao pararmos de pensar, de termos capacidade critico-reflexiva sobre o mundo que nos cerca, vamos servir de mão-de-obra e alienados que nos tornaremos vamos sendo à roda da máquina que não para e que precisa sempre funcionar. E estamos conformados a esse papel.

Ao negar a criança o direito de brincar comprometemos o desenvolvimento de toda uma vida, essas crianças se tornaram adultos como vemos hoje, insensíveis ao seu semelhante, incompreensíveis, egoístas, competitivos, onde tudo é normal e com isso os índices de violência são altos, os casos de doenças emocionais aumentam a cada dia, números assustadores de suicídios. Estamos perto se já não estamos imersos em uma sociedade de adultos tristes, que não sabem “levar na brincadeira’, não tem “espírito esportivo”.

Temos em mãos o privilégio de uma cultura popular alegre, como o documentário mesmo mostrou, embora muitas vezes desconhecemos ou consideramos uma cultura medíocre, inferior. Mas na verdade o resgate da alegria encontrada nessas tradições contribuiria de forma muita positiva para valorizarmos a brincadeira e o possível adulto fruto de uma geração feliz, que brincou e ainda sabe brincar, creio que assim muitos dos problemas sociais que existem hoje poderiam ser solucionados.

Não encontro palavras melhores para concluir meu posicionamento do que as palavras do compositor Milton Nascimento em sua canção Bola de meia, bola de gude: “Há um menino, há um moleque morando sempre no meu coração. Toda vez que o adulto balança ele vem pra me dar a mão. Há um passado no meu presente, um sol bem quente lá no meu quintal toda vez que a bruxa me assombra o menino me dá a mão e me fala de coisas bonitas que eu acredito que não deixarão de existir: amizade, palavra, respeito, caráter, bondade alegria e amor.

Pois não posso, não devo, não quero viver como toda essa gente insiste em viver e não posso aceitar sossegado qualquer sacanagem ser coisa normal.

Bola de meia, bola de gude. O solidário não quer solidão, toda vez que a tristeza me alcança o menino me dá a mão.

Há um menino, há um moleque morando sempre no meu coração toda vez que o adulto fraqueja ele vem pra me dar a mão”.

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