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Por:   •  11/10/2013  •  2.110 Palavras (9 Páginas)  •  487 Visualizações

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A sociedade medieval

A sociedade medieval era hierarquizada; a mobilidade social era praticamente inexistente. Alguns historiadores costumam dividir essa sociedade em três ordens: a do clero; a dos guerreiros e a dos camponeses.

Ao clero cabia cuidar da salvação espiritual de todos; aos guerreiros, zelar pela segurança; e aos servos, executar o trabalho nos feudos.

No mundo medieval, a posição social dos indivíduos era definida pela posse ou propriedade da terra, principal expressão de riqueza daquele período.

O Senhor feudal tinha a posse legal da terra, o poder político, militar, jurídico e até mesmo religioso, se fosse um padre, bispo ou abade. Os servos não tinham a propriedade da terra e estavam presos a ela por uma série de obrigações devidas ao senhor e à igreja. Embora não pudessem ser vendidos, como se fazia com os escravos no Mundo Antigo, não podiam abandonar a terra sem a permissão do senhor.

Havia também os vilões. Eram geralmente descendentes de pequenos proprietários romanos que, não podendo defender suas propriedades, entregavam-nas a um senhor em troca de proteção.

Por essa origem, eles recebiam um tratamento diferenciado, com maiores privilégios e menos deveres que os servos. Havia, finalmente, os ministeriais, funcionários do senhor feudal, encarregados de arrecadar os impostos.

Servos – Os trabalhadores da terra

O servo era obrigado a trabalhar nas terras do senhor durante três dias por semana. Além disso, tinha de entregar ao senhor parte do que produzia para o próprio sustento.

O trabalho nas terras do senhor era prioritário: ela tinha de ser preparada, semeada e ceifada em primeiro lugar. Apenas depois de cuidar das terras do senhor, o servo poderia se dedicar às suas plantações.

Servos trabalhando em um feudo medieval

O limite de todas essas regras entre o senhor feudal e o servo era muito bem definido. Dentre as obrigações dos servos, estavam:

a talha, imposto pago sobre a produção no manso servil;

a corvéia, trabalho compulsório nas reservas senhoriais;

as banalidades, imposto pago pelo uso de instalações pertencentes ao senhor, como forno e moinho.

Os cavaleiros

Os cavaleiros eram nobres que se dedicavam à guerra. A lealdade a seu senhor e a coragem representavam as principais virtudes de um cavaleiro.

Por muito tempo, para ser cavaleiro, bastava possuir um cavalo e uma espada. Em troca de serviço militar a um senhor, o cavaleiro recebia seu feudo, onde erguia uma fortaleza. Pouco a pouco, porém, as exigências para se tornar um cavaleiro foram se tornando mais rigorosas: além de defender o seu feudo e o de seu senhor, ele deveria professar a fé católica e honrar as mulheres.

O jovem nobre iniciava a aprendizagem aos 7 anos, servindo como pajem na casa de um senhor, onde aprendia equitação e o manejo das armas. Aos 14 anos, tornava-se escudeiro de um cavaleiro, passando, pelo menos, a seu serviço, tratando de seu cavalo e de suas armas, ao mesmo tempo que aprendia com ele as artes do combate.

Tomava parte em corridas, em lutas livres e praticava esgrima. Para se preparar para torneios e combates, aprendia a correr a quintana:tratava-se de galopar em grande velocidade em direção a um boneco de madeira e cravar-lhe a lança entre os olhos. O boneco era munido de um braço e montado sobre um pino de ferro. Quem não acertava o alvo com a lança, fazia o boneco girar; ao girar, o braço do boneco batia nas costas do cavaleiro.

Depois do tempo de aprendizagem, se o jovem fosse considerado preparado e digno, estava pronto para ser armado cavaleiro. (link para os dez mandamentos do cavaleiro PRONTO)O cotidiano, mentalidades e aspectos culturais no período medieval

Como o Período Medieval foi bastante longo (aproximadamente mil anos), todos os aspectos da vida cotidiana – moradia, vestuário, alimentação, etc. – passaram por mudanças importantes e variaram muito de um lugar para o outro.

De modo geral, a população estava concentrada no campo (cerca de 80% das pessoas viviam na zona rural) e, apesar de alguns períodos de maior crescimento demográfico, o número de habitantes era pequeno. Estima-se que em paris, a maior cidade européia da época, tinha uma população de 160 mil habitantes, em 1250. E, em 1399, o número total de habitantes do continente europeu não passava de 74 milhões.

O baixo crescimento da população resultava do elevado número de mortes, pois a média de vida, na época, não ultrapassava os 40 anos de idade. Os historiadores calculam que, de cada 100 crianças nascidas vivas, 45 morriam ainda na infância. Era comum a morte de mulheres durante o parto e os homens jovens morriam nas guerras ou vítimas de doenças para as quais ainda não se conhecia uma cura.

Na sociedade medieval, profundamente dominada pela religiosidade e misticismo, era senso comum interpretar o surgimento de doenças e epidemias como sendo resultados da ira divina pelos pecados humanos.

A falta de higiene, de água tratada e de um sistema de esgoto, provocou surtos de epidemias que mataram milhares de pessoas. A Peste Negra (link para anexo Peste Negra PRONTO), por exemplo, que se espalhou pela Europa, somente no período de 1348 a 1350, matou cerca de 20 milhões de pessoas.

Além das pestes, nesta época, outras doenças provocavam altos índices de mortalidade: tuberculose, sífilis e infecções generalizadas provocadas pela falta de assepsia no tratamento das feridas. Bastante limitada, a medicina não tinha ainda desenvolvido tratamento adequado para muitas doenças. Além disso, as distancias, as dificuldades de locomoção e o número reduzido de médicos tornavam ainda mais crítica a situação dos doentes que na maioria das vezes eram atendidos em boticários ou curandeiras e se medicavam com ervas e rezas. Aliás, essas mulheres curandeiras, que a Igreja tratava como feiticeiras, também foram duramente perseguidas e mortas pela Inquisição, a partir do século XII.

Mais dramática ainda era a situação das crianças, muitas vezes abandonadas em estradas, bosques ou mosteiros pelos pais, que não tinham como sustentá-las. Além

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