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Trabalho De Criminologia

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Por:   •  16/9/2013  •  451 Palavras (2 Páginas)  •  465 Visualizações

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“Temos todos duas vidas: uma, a que sonhamos; outra, a que vivemos”

A narrativa do filme fragmenta-se em blocos temporais em que se contam os fatos, fazendo digressões a determinadas épocas, revivendo situações e conflitos. Desse modelo de narrar, conta-se o envolvimento de duas famílias: a de Miguel cujo pai, jornalista rico e morador da zona sul do Rio, se enveredava no gueto carioca em busca de samba; e a de Jorge, família pobre, pai sambista e mãe empregada doméstica.

A relação amistosa entre Miguel e Jorge tem início exatamente neste período em que seus respectivos pais se encontravam para uma boa roda de samba. As visitas à favela eram cada vez mais constantes e demoradas e, por isso, consolidava-se não só a amizade dos pais, mas, sobretudo, a dos filhos.

O filme conta, a princípio, a história de um grupo jovens da política de Esquerda no Brasil. Era um grupo que fazia oposição ao modelo ditatorial dos militares. O cenário do embate político ideológico era a cidade do Rio de Janeiro com seus contrastes geográficos, sociais, políticos e econômicos.

Os que faziam oposição ao Regime eram jovens de famílias de classe média, universitários, advogados, médicos, moradores de área nobre da cidade, com familiares de influências; pessoas que faziam parte da elite sócio-cultural da época.

Não demora muito para se perceber que esse grupo começa a ser vigiado mais de perto pelo Sistema vigente, uma vez que os jovens que o integram começam a praticar assaltos, seqüestros e, por vezes, até homicídios em razão da ideologia de Esquerda comunista.

Surge no seio da sociedade brasileira um movimento de oposição cada vez mais eminente, uma esquerda comunista declarada, ostensiva e ofensiva, o que fez com que a liderança militar reagisse de forma veemente, metendo no cárcere todos os que coadunassem com aqueles princípios reacionários. Declarados subversivos e uma ameaça ao país, muitos foram mortos, outros se asilaram e outros ainda encarcerados como presos políticos.

Ao passar do tempo, a Ditadura mantém viva no país a repressão, a censura, o cerceamento da liberdade e o controle de seus presos políticos, que muitas vezes eram torturados ou mortos. Por alguma razão, porém, nos anos finais da Ditadura, o governo militar começa a misturar os presos políticos com os presos comuns, talvez por desdém a condição política presos ou mesmo para dissimular a existência de presos políticos no Brasil.

Nesse ínterim, os dois amigos de infância, Miguel e Jorge, se reencontram na prisão em Ilha Grande, outrora, local para onde eram enviados os presos políticos. Nesse ambiente hostil e inóspito, presos comuns e presos políticos passam a conviver em um mesmo espaço onde diferenças históricas, sócio-culturais e econômicas gestam conflitos de opiniões e objetivos, constituindo em cada grupo Formação discursiva com ideologias distintas.

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