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Transformações Societárias E Serviço Social

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Por:   •  5/5/2013  •  765 Palavras (4 Páginas)  •  2.573 Visualizações

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A presente resenha aborda o assunto tema referente às transformações sofridas pela sociedade e os reflexos nas profissões, principalmente no Serviço Social.

O autor faz uma brilhante exposição do reflexo histórico que vivemos, trazendo reflexões desde a década de 70 e como as transformações decorrentes dessas mudanças afetam diretamente a vida social e incidem sobre as profissões.

Segundo ele, as interações entre as transformações societárias e o complexo teórico, prático e político que inclui cada profissão encaminham à uma reflexão, especialmente no Serviço Social com o cuidado de se precaver em relação a dois aspectos:

- “fuga para o futuro”, ou seja, há uma preocupação em examinar possibilidades de desenvolvimento futuras como uma ausência de atenção para as realidades atuais, o que parece encobrir as dificuldades presentes;

- “análise projetiva e especulativa”: uma consideração abstrata de dados emergentes da vida social com tendência a um cenário futuro, o que normalmente acaba virando especulação e falácia.

Por isso, Netto (2006) tem todo o cuidado de explicar muito bem seu entendimento sobre capitalismo tardio e as transformações societárias, a globalização e o padrão de competitividade e superlucros e as suas consequências nos processos produtivos de trabalho.

Após expor muito bem a crise dos anos 70, a transição de um regime rígido para um mais “flexível” em que a economia sofreu o processo de financeirização e uma produção difusa, no nível social, o autor coloca o desaparecimento das antigas classes sociais como o campesionato (conjunto de camponeses ). No plano político, na sociedade civil, há uma crise das representações tradicionais da classe trabalhadora, uma emergência de novos movimentos sociais. O Estado sobre uma desqualificação, com a “cultura anti-Estado” e o neoliberalismo. As responsabilidades atribuídas ao Estado passam a ser responsabilidade da sociedade civil. Neste contexto, toda essa reestruturação do capitalismo tardio processa-se também no Brasil justamente pela sua inserção subalterna no sistema capitalista mundial e pela sua formação econômico-social.

Aqui no nosso país, a derrota da ditadura na metade dos anos 80 traz a falência do “modelo econômico”, mas não a quebra da dominação burguesa. A burguesia parecia estar sujeita à direção da sociedade brasileira, porém, sua própria natureza associada e servil ao capital estrangeiro e a tendência da mesquinhez da classe não se submetiam. Os setores populares também cresceram após vinte anos de opressão e repressão e se sentiam dignos de cobrar essa “dívida social”. As particulares brasileiras dizem que não há um welfare state para ser destruído, a efetividade dos direitos sociais é relativamente baixa, não há “gorduras” nos gastos sociais, pois nossos indicadores sociais são assimétricos à capacidade industrial instalada.

Em suma, as transformações societárias no capitalismo tardio aqui no Brasil, marcam a “modernização conservadora” operada pelo grande capital e a “dívida social” o que significa que enfrentaremos em curto e médio prazo um cenário econômico e sociopolítico nada favorável, mas com uma certa tendência à inserção sob a hegemonia burguesa no mundo “globalizado” pelo capital.

Assim, nos anos 90, o Serviço Social se apresenta

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