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Tópicos Em Nutrição

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Por:   •  14/3/2014  •  2.967 Palavras (12 Páginas)  •  251 Visualizações

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História da Alimentação

A história da nutrição e da alimentação ocorre paralelamente á da história do homem na face da terra. Na pré-história e história, o homem sempre procurou localizar-se onde havia suplência de alimentos, água e onde as condições climáticas eram mais favoráveis á sua sobrevivência; tem sido sempre um integrante do ecossistema, do qual não pode afastar-se.

Seu tipo de alimentação obedeceu primitivamente ao instinto. Com a civilização, foi perdendo o instinto e procurando alimentar-se segundo as normas aconselhadas ou também de acordo a oferta da natureza. Relativamente ao alimento, costuma-se dividir a história da humanidade em três importantes eras.

A primeira foi caracterizada pelo consumo de alimentos ofertados pela natureza (vegetais e animais selvagens), o que era feito através da caça, da pesca ou da coleta.

A evolução das sociedades humanas foi em três etapas:

1) caçadores; 2) pastores sem estabelecimentos fixos (nômades); e 3) sedentários

(cultivo do solo ou prática da agricultura; admite que o espirito de iniciativa possa fazer com que o homem adote o nomadismo ou se fixe á terra.).

Através dos séculos, confiando no instinto e em suas descobertas empíricas, o homem aprendeu a distinguir o que era comestível e bom para ele. Apesar de conhecer a natureza dos processos nutritivos, nossos ancestrais revelavam cuidados e sagacidade na escolha dos seus alimentos, pois em toda parte a história alimentar humana tem constituí do um dos problemas mais sérios com que o homem tem se defrontado.

Os povos primitivos experimentaram tudo que lhes pareceu valiosos no setor alimentar. Muito antes do alvorecer da história, por exemplo, os mascadores de folhas de coca, na América do Sul, os devotos de Kat, no Oriente Próximo, e os comedores de lótus do Extremo Oriente descobriram que esses produtos vegetais podem acalmar as dores e agem como estimulantes, produzindo também sonhos agradáveis.

Sem dúvida, o homem pré-histórico realizou experimentos nutricionais através dos tempos, quando começou a suplementar a sua dieta vegetariana com ovos, répteis e pequenos mamíferos.

Aproximadamente há um milhão de anos atrás, na China, o homo sapiens comia carne de animais, inclusive a medula do osso da perna, que fornece vitaminas, ferro e fosfolipídios.

Através dos séculos, o homem foi ficando mais hábil como caçador, coletor de alimentos e agricultor. O apetite deve ter estimulado os sentidos do homem primitivo, fazendo-o distinguir novos e desejáveis odores; assim, foi levado a experimentar e saborear alimentos ainda desconhecidos. Aceitava aqueles que satisfaziam seu gosto e recusava os que lhes causavam repugnância. Desse modo, o sabor e o odor devem ter desempenhado importante papel no estado nutricional do homem primitivo.

Na pré-história, ao que parece, o homem era predominantemente carnívoro porque, durante o período glacial e interglacial, não havia vegetação no solo gelado; é o que indicam os fósseis. Comer em grupo era um prazer para o homem primitivo; alimentava-se abundantemente de animais de grande porte, como o elefante, fartava-se quando aliviado, consumia mais alimentos; não pensava no amanhã.

Aproximadamente no ano 8000 a.C. o clima foi aquecendo e o período glacial foi chegando ao fim. O principal sinal dessa modificação foi o reflorestamento da Europa. Aos 5000 a.C. os europeus ainda eram caçadores e coletores, mas tinham abandonado o uso da carne pura. O aquecimento das águas, no fim do período glacial originou a abundância de peixes e provocou o aparecimento das galinhas-d'água, dos ovos, dos alimentos marinhos e terrestres (lebre, cobra, lesma) vegetais e raízes, nozes e outros. Havia gado selvagem, veado e outros animais, plantas e árvores frutíferas.

Num voo de mais de meio milhão de anos, não há homens, e sim infra-homens. O homo sapiens dos aurinhacense, o de Cro-Magnon, teve alimentação de carne assando-a, abatendo caça diária.

A presença do lume e os resíduos de alimentação carnívora afastam indiscutivelmente a fase de raízes e frutos.

No fim do período glacial, a nudez do solo levou o homem e os animais a se reunirem em torno de lagos e rios. O homem primitivo começou a observar que as sementes no solo produziam colheitas ao fim de poucos meses. Isto aconteceu no Oriente Próximo, onde o homem passou de coletor a produtor de alimentos. Foi o marco do inicio da civilização com a agricultura sendo iniciado nas praias do mar Cáspio, limite do Irã com a Rússia. A cultura de hortaliças estendeu-se, em seguida, ao Irã e vales do Nilo e do Indo. As grandes civilizações da Mesopotâmia e do Egito se desenvolveram depois que os alimentos começaram a ser cultivados. Admite-se que o homo-sapiens há aproximadamente 5.000 anos, no fim do período glacial, veio sendo inicialmente caçador e coletor tornando-se depois pastor e agricultor.

Não se sabe, com certeza, se o homem pré-histórico praticava a antropofagia, mas há indícios de que o homem de Cro-Magnon matava e consumia como alimento o homem de Neandertal. Embora não haja conhecimento detalhado sobre o estado nutricional e da saúde do homem primitivo, parece que seu modo de vida estava sujeito a deficiência alimentares periódicas e, algumas vezes, fome. Contudo caçador/coletor ele não se enquadrava na imagem popular de uma criatura miserável, em estado de semi-inanição, lutando continuamente pela sobrevivência nutricional. Em termos de variedade em sua dieta, historicamente o homem alcançou o pináculo do sucesso quando caçador/coletor. A agricultura esboçou-se pelas exigências da alimentação, tornando-se sedentários os que a ela se dedicavam. Domesticaram os animais a serem abatidos, e o homem destruidor converteu-se em criador. O caçador perseguidor das presas animais para seu apetite de carnívoro, comendo-as a princípio cru e mais tarde cozinhando-as, quando o saber fazer fogo iluminou a barbárie, converteu-se em pastor de rebanhos e comedor de laticínios e, por fim, em seguida lavrador, cultivando cereais para si e forragem para seu gado. O desenvolvimento da agricultura marcou o inicio real da civilização. Certamente, a agricultura teve suas origens no vale do Nilo e partes da Ásia Menor, onde o homem pastoril podia permanecer em um lugar o tempo suficiente para ver do plantio à frutificação. A prática do plantio e da colheita começou entre 5000 a 6000 a.C. e não parece provável que esta prática resultasse da experimentação, como algumas vezes é sugerido; também não podemos acreditar na probabilidade

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